As reflexões de meu amigo HAFIF
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As reflexões de meu amigo HAFIF
Aos poucos vamos descobrindo as pessoas que convivem conosco por muito tempo e não tínhamos sequer comentado sobre nossa adoração por Michael.
Um grande amigo meu Hamilton, postou estes textos em seu blog e estou compartilhando com vocês para reflexão
.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Michael Jackson
Assim foi comigo em relação a muitas ideologias que eu tive na juventude e a alguns ídolos que fui renegando com o passar do tempo, em nome desta coisa que é ficar adulto e perseguir posicionar-se socialmente.
Muitas vezes e em incontáveis momentos, eu fui mais feliz pelo o que o dinheiro não pode me dar. As melhores aquisições para minha vida pessoal não vieram na minha ascensão social. São marcas de um tempo onde eu era menos estressado, menos solicitado, mais tolerante e que cria e entendia melhor as pessoas.
Não estou fazendo apologia à pobreza. Sei o valor do dinheiro. Sei quanto custa ganhá-lo e sei, sobretudo, quanto minha força de trabalho gera de riqueza para uma casta que secularmente vive de explorar a mão de obra, de forma imoral, respaldada por um regime que esmaga a maioria da humanidade. Mas esta é outra discussão.
Falava de ídolos. E porque fiz este preâmbulo? Porque ontem quando Michael Jackson completava um ano de passagem deste plano, me pus a refletir sobre sua importância, sua genialidade, sua brevidade e quanto ele fez parte de minha vida e de toda uma geração numa época da qual não podemos esquecer.
Em tempos de jornalismo sem ética, a grande maioria dos jornais, pelo menos na Internet, não o noticiou e se o fizeram, foi de forma simplória. Manchetes acerca da sua polêmica morte não faltaram, mas poucos lembraram da sua contribuição em vida. Esqueceram do quanto este Michael era genial. enquanto ser iluminado com uma criatividade singular que compunha, cantava, dança, produzia, dirigia. Não fora tão laureado ao acaso. Tem um retrospecto inquestionável. Tem registros dignos de torná-lo imortal. Números para quem gosta de estatística que levaram todas as mídias se curvarem diante da sua grandeza artística. Se quiser reverenciaram a figura generosa e disponível quando se tratava de solidariedade.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Mitos de uma adolescência
A semana passada foi marcada pelo trágico desaparecimento, deste plano, de dois ícones da minha adolescência. O pop star Michael Jackson e a belíssima, no ponto de vista do menino, atriz Farrah Fawcett. O primeiro dispensa apresentações e continua, passada uma semana, sendo o grande mote da mídia mundial e ainda será por algum tempo. Como todo adolescente dos 70’s, eu não era diferente, amava-o num misto de admiração e inveja. Todos os meninos da minha geração, negros ou não, nem que seja pelo um menos uma vez, nutriram este sentimento. Meu fascínio pelo artista perdura agora e perdurará por todo o tempo. Poucos encarnaram a figura de um astro como ele. Talentoso, inteligente, criativo, completo.
Coincidência, ou coisa do destino, ela ter partido no mesmo dia que Michael. Farrah, apesar de já desenganada, fez a passagem quase que despercebida, foi vitimada de uma das mais atrozes doenças, de todas que a humanidade experimenta, e ao mesmo tempo a mais democrática e justa. Uma doença que não elege idade, cor da pele, posição social, menos ainda aparência física, antes, e em geral, esta particularmente definha junto com o paciente. Pra ser sincero, já não lembrava dela, foi a trágica notícia que me trouxe à memória, já não tão eficiente, a lembrança desta fantasia. Cabível na cabeça de um menino, ficou aonde deveria ter ficado, no passado de alguém que não precisou pular etapas, foi encontrando gradativamente seu lugar e seus reais valores. Arrisco o palpite de que Michael não teve esta mesma sorte. Morreu subitamente. Viveu num mundo de fantasia, embora só lhe fosse permitido fantasiar no palco, onde, sem sombra de dúvida, foi genial e único. Na vida, não deixaram-no ser criança, logo também não conseguiu ser adulto, percebe-se que entre uma fase e outra constituiu-se o abismo. Tão ilhado no seu universo não observou se quer as mudanças do mundo. Assim como o câncer que consegue atingir a qualquer pessoa, Michael não se deu conta de que todos alcançamos também o direito à liberdade, à prosperidade, ao estrelato e a sermos nós mesmos. Alcançamos o direito cidadão de ir e vir, sem curvar a cabeça ou se transmutar. Descobrimos nossa própria beleza, reforçamos nossa identidade racial e tornamo-nos reconhecidamente agentes de mudança social.
Sim, nós podemos, Michael. Podemos muito mais.Só não poderemos preencher a lacuna que se criou com a precoce extinção do seu inigualável talento em fazer a Terra balançar, cantar e dançar.
Um grande amigo meu Hamilton, postou estes textos em seu blog e estou compartilhando com vocês para reflexão
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
Michael Jackson
Há um tempo na vida da gente que nossos ícones são deixados de lado. Nós vamos para vida prática, na ilusão que as coisas se realizam no mundo da materialização de bens, quando na verdade a gente só está se aprimorando na arte de consumir, e nossos sonhos, nossas fantasias, nossos símbolos ficam meio esquecidos.
Assim foi comigo em relação a muitas ideologias que eu tive na juventude e a alguns ídolos que fui renegando com o passar do tempo, em nome desta coisa que é ficar adulto e perseguir posicionar-se socialmente.
Muitas vezes e em incontáveis momentos, eu fui mais feliz pelo o que o dinheiro não pode me dar. As melhores aquisições para minha vida pessoal não vieram na minha ascensão social. São marcas de um tempo onde eu era menos estressado, menos solicitado, mais tolerante e que cria e entendia melhor as pessoas.
Não estou fazendo apologia à pobreza. Sei o valor do dinheiro. Sei quanto custa ganhá-lo e sei, sobretudo, quanto minha força de trabalho gera de riqueza para uma casta que secularmente vive de explorar a mão de obra, de forma imoral, respaldada por um regime que esmaga a maioria da humanidade. Mas esta é outra discussão.
Falava de ídolos. E porque fiz este preâmbulo? Porque ontem quando Michael Jackson completava um ano de passagem deste plano, me pus a refletir sobre sua importância, sua genialidade, sua brevidade e quanto ele fez parte de minha vida e de toda uma geração numa época da qual não podemos esquecer.
Em tempos de jornalismo sem ética, a grande maioria dos jornais, pelo menos na Internet, não o noticiou e se o fizeram, foi de forma simplória. Manchetes acerca da sua polêmica morte não faltaram, mas poucos lembraram da sua contribuição em vida. Esqueceram do quanto este Michael era genial. enquanto ser iluminado com uma criatividade singular que compunha, cantava, dança, produzia, dirigia. Não fora tão laureado ao acaso. Tem um retrospecto inquestionável. Tem registros dignos de torná-lo imortal. Números para quem gosta de estatística que levaram todas as mídias se curvarem diante da sua grandeza artística. Se quiser reverenciaram a figura generosa e disponível quando se tratava de solidariedade.
Michael foi. Michael é e sempre será magnífico.
Durante boa parte da minha adolescência e juventude ele embalou minha vida. Era um dos poucos a quem meu nacinalismo verde-amarelo se curvava. Mas não gratuitamente. Ele era maravilhoso, uma multidão de pessoas ganhava voz através da dele. Cada grupo empresarial que se curvava a seu talento, estava reconhecendo nele o potencial único que ele trouxe para esta existência.
Michael talvez tenha tido uma breve passagem, mas cumpriu sua missão. Mesmo levando uma vida conturbada, o que é natural a todo gênio que necessita se adaptar a esta falsa organização social e moral quando já se está num outro plano. Deu mais que recebeu. Ofertou muito ao mundo e recebeu pouco dele em compreensão, em gratidão e em reconhecimento. Deram-lhe dinheiro. Mas nem mesmo o dinheiro lhe valeu. Tanto que partiu financeiramente endividado. Mas, ainda assim, deixou tanta riqueza para os nossos olhos e ouvidos que ainda ficamos lhe devendo e muito.
Do meu turno, espio minha culpa. Michael nos últimos anos andava no meu rol dos esquecidos. Ele que foi trilha de muitos bons e felizes momentos da minha juventude. Que eu admirava pela luz que trazia. Pela revolução que causou no show business, mesmo sendo “negro” e dentro de um mundo apodrecido... Por tudo que ofertou a minha geração. Ele não andava na ordem do dia da minha vida atribulada. Foi sua passagem que o trouxe para perto de mim outra vez. Que me fez refletir sobre sua dimensão e importância...
Quando assisti THIS IS IT eu pude crer: agora não é mais a imagem daquele homem que faz a diferença, sim seu espírito criativo/criador। É o símbolo. O ícone. Ídolo majestoso, generoso e dócil rei... Cujo reinado está para ontem, hoje e sempre.
Durante boa parte da minha adolescência e juventude ele embalou minha vida. Era um dos poucos a quem meu nacinalismo verde-amarelo se curvava. Mas não gratuitamente. Ele era maravilhoso, uma multidão de pessoas ganhava voz através da dele. Cada grupo empresarial que se curvava a seu talento, estava reconhecendo nele o potencial único que ele trouxe para esta existência.
Michael talvez tenha tido uma breve passagem, mas cumpriu sua missão. Mesmo levando uma vida conturbada, o que é natural a todo gênio que necessita se adaptar a esta falsa organização social e moral quando já se está num outro plano. Deu mais que recebeu. Ofertou muito ao mundo e recebeu pouco dele em compreensão, em gratidão e em reconhecimento. Deram-lhe dinheiro. Mas nem mesmo o dinheiro lhe valeu. Tanto que partiu financeiramente endividado. Mas, ainda assim, deixou tanta riqueza para os nossos olhos e ouvidos que ainda ficamos lhe devendo e muito.
Do meu turno, espio minha culpa. Michael nos últimos anos andava no meu rol dos esquecidos. Ele que foi trilha de muitos bons e felizes momentos da minha juventude. Que eu admirava pela luz que trazia. Pela revolução que causou no show business, mesmo sendo “negro” e dentro de um mundo apodrecido... Por tudo que ofertou a minha geração. Ele não andava na ordem do dia da minha vida atribulada. Foi sua passagem que o trouxe para perto de mim outra vez. Que me fez refletir sobre sua dimensão e importância...
Quando assisti THIS IS IT eu pude crer: agora não é mais a imagem daquele homem que faz a diferença, sim seu espírito criativo/criador। É o símbolo. O ícone. Ídolo majestoso, generoso e dócil rei... Cujo reinado está para ontem, hoje e sempre.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Mitos de uma adolescência
A semana passada foi marcada pelo trágico desaparecimento, deste plano, de dois ícones da minha adolescência. O pop star Michael Jackson e a belíssima, no ponto de vista do menino, atriz Farrah Fawcett. O primeiro dispensa apresentações e continua, passada uma semana, sendo o grande mote da mídia mundial e ainda será por algum tempo. Como todo adolescente dos 70’s, eu não era diferente, amava-o num misto de admiração e inveja. Todos os meninos da minha geração, negros ou não, nem que seja pelo um menos uma vez, nutriram este sentimento. Meu fascínio pelo artista perdura agora e perdurará por todo o tempo. Poucos encarnaram a figura de um astro como ele. Talentoso, inteligente, criativo, completo.
Coincidência, ou coisa do destino, ela ter partido no mesmo dia que Michael. Farrah, apesar de já desenganada, fez a passagem quase que despercebida, foi vitimada de uma das mais atrozes doenças, de todas que a humanidade experimenta, e ao mesmo tempo a mais democrática e justa. Uma doença que não elege idade, cor da pele, posição social, menos ainda aparência física, antes, e em geral, esta particularmente definha junto com o paciente. Pra ser sincero, já não lembrava dela, foi a trágica notícia que me trouxe à memória, já não tão eficiente, a lembrança desta fantasia. Cabível na cabeça de um menino, ficou aonde deveria ter ficado, no passado de alguém que não precisou pular etapas, foi encontrando gradativamente seu lugar e seus reais valores. Arrisco o palpite de que Michael não teve esta mesma sorte. Morreu subitamente. Viveu num mundo de fantasia, embora só lhe fosse permitido fantasiar no palco, onde, sem sombra de dúvida, foi genial e único. Na vida, não deixaram-no ser criança, logo também não conseguiu ser adulto, percebe-se que entre uma fase e outra constituiu-se o abismo. Tão ilhado no seu universo não observou se quer as mudanças do mundo. Assim como o câncer que consegue atingir a qualquer pessoa, Michael não se deu conta de que todos alcançamos também o direito à liberdade, à prosperidade, ao estrelato e a sermos nós mesmos. Alcançamos o direito cidadão de ir e vir, sem curvar a cabeça ou se transmutar. Descobrimos nossa própria beleza, reforçamos nossa identidade racial e tornamo-nos reconhecidamente agentes de mudança social.
Sim, nós podemos, Michael. Podemos muito mais.Só não poderemos preencher a lacuna que se criou com a precoce extinção do seu inigualável talento em fazer a Terra balançar, cantar e dançar.
ana rosa jackson- Mensagens : 168
Reputação : 2
Data de inscrição : 29/04/2010
Idade : 65
Localização : Salvador BA
Re: As reflexões de meu amigo HAFIF
q lindo texto ...
gostei muito.
gostei muito.
Mila- Mensagens : 5790
Reputação : 317
Data de inscrição : 14/09/2010
Re: As reflexões de meu amigo HAFIF
Simplesmente lindo...Parabéns ana...
Wênia Jackson- Mensagens : 1855
Reputação : 38
Data de inscrição : 07/02/2010
Idade : 43
Localização : Neverland
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