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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

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Mensagem por sissi Ter 29 maio 2012 - 19:46

Gente, nas minhas andanças pela net em busca de algo sobre Michael, encontrei esse livro traduzido no blog falando de Michael Jackson
Eu adorei ler e acredito que muitos de vocês tambem vao gostar, ja que ele revela muitas coisas que até entao eu nao sabia, revela tambem como a mída retratou o caso e o que realmente acontecia dentro do tribaunal.


*Ele é um pouco extenso, por isso vou postando como uma fic*


Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Conspiracycover




TÍTULO ORIGINAL: MICHAEL JACKSON CONSPIRACY

AUTORA: APHRODITE JONES

ANO DE PUBLICAÇÃO: 1 DE JUNHO DE 2007

“Para qualquer um que queira saber o que aconteceu no julgamento de Michael Jackson, esse é o livro para ler” Thomas Mesereau Jr.,( principal advogado de Michael Jackson.)






NOTA DA AUTORA


No dia em que Michael Jackson foi absolvido, a estrela da Fox, Bill O‟Reilly, me questionou o veredicto. Por meses, eu havia comentado o processo no canal, falava-se muita coisa contra Jackson, principalmente dando-se a acreditar que o pop star era culpado. Quando O‟Reilly me informou o veredicto de “Inocente”, eu comecei a gaguejar. O‟Reilly precisava de uma resposta direta e eu finalmente dei a minha opinião: o júri fizera a coisa certa. Mas parte de mim ainda estava em choque.

Fiz o meu último comentário público sobre o caso percebendo que tinha me tornado alguém da mídia que predeterminou o resultado de uma injusta experiência. Muitas pessoas à minha volta estavam tão confiantes da culpa de Jackson! Certos repórteres tinham inclinado TVs e rádios a cobrirem a execução da sentença e eu fui a única a seguir numa outra perigosa direção. De qualquer forma, eu conhecia a verdade. Quando li a manchete do veredicto de “Inocente” em todos os jornais, me senti envergonhada por ter feito parte da indústria da mídia que parecia motivada em destruir Jackson.

Poucas horas depois, contatei o primeiro jurado do caso, Paul Rodriguez, que me afirmou que Michael tinha sido um alvo. O primeiro jurado ainda disse que Jackson se mostrou sincero e que não era culpado em nenhuma das acusações. Ele sentiu que Michael fora uma vítima da mídia. Escrever um livro sobre a inocência de Michael Jackson nunca passou pela minha mente, não durante a experiência em Santa Maria. Respeito muito o advogado Tom Mesereau, e constatei o porquê de o júri ter sentenciado “Inocente” em todas as acusações, mas eu não tinha a intenção de divulgar a minha própria fonte de informações. Certamente não queria ser injusta e expor à mídia o meu “amigo” unilateral.

Façamos uma limpa: estavam lá 22 mil pessoas, entre repórteres credenciados e menos maravilhosos admiradores que tentavam forjar a imagem de um Jackson culpado; algumas dessas pessoas faziam parte do meu círculo de amigos. Não há nome de nenhuma delas neste livro, mas uma que deve saborear a péssima experiência de ser o verdadeiro culpado é Martin Bashir. Admito que estive lá durante todo o julgamento. Quando vi Jackson triste, senti que toda a imprensa estava contra ele. Eu precisava saber que os fãs estavam insatisfeitos com a cobertura da mídia e decidi ir à frente dos portões de Neverland para fazer as pazes com eles.

Fui com a intenção de mostrar que eu não fazia parte daquela injustiça cometida à Michael, disse a eles que sempre mostrei os fatos. Tentei convencê-los de que não tinha um programa. Mas eles não acreditaram em mim, já que tinham me visto no noticiário e muitos achavam que eu estava mentindo. Fiquei bastante tempo falando para as pessoas que eu estava fora da daquela sujeira em torno de Jackson, mas muitos não se interessaram nas minhas desculpas. Escutei o que seus fãs tinham a dizer, eles vinham de vários lugares: Espanha, Irlanda e até do Irã, e também relatavam o seu lado da história. Os ouvi insistir que a mídia americana era corrupta, que os americanos odiavam Jackson por todos os motivos errados. Algumas pessoas traziam cartas e cartazes, outros falavam de Michael e sua amizade com as crianças que são aceitáveis em algumas partes do mundo – outras da América. Seus fãs me impressionaram. Sim, estavam lá alguns fanáticos – uma mulher me chamou de prostituta em espanhol; mas ao mesmo tempo, vários deles me pareceram ter um bom coração. Alguns me deram o beneficio da dúvida. Apreciei isso.

Eu tirei várias fotos dos fãs nos portões de Neverland cobertos de corações feitos pelos admiradores de Michael. Depois de um tempo, um pequeno grupo começou a caçoar da família Arvizo e de suas malucas contradições. Eles estavam imitando Janet Arvizo – o que foi gravado e assistido apenas por Michael Jackson e seus parentes. Nas contradições mostradas, Janet Subitamente, muitas pessoas se mostraram preocupadas e cautelosas com aquele grupo. Apenas a família de Michael os apoiou. Em coro repetíamos o que ela dizia: “Onde estavam eles quando eu não podia alimentar meus filhos, mesmo com uma caixa de cereal?” “Onde estavam eles quando meus filhos e eu chorávamos?” “Onde estavam eles quando meus filhos e eu ficávamos sozinhos?” “Onde estavam eles quando eu não tinha dinheiro suficiente para pagar a passagem do ônibus?” “Onde estavam…?”, nós nos perguntávamos repetidamente e ríamos do melodrama de Janet. Devido a essa visita à Neverland, minha reportagem foi imediatamente retirada do programa, já que eu lançava mais uma idéia sobre Michael Jackson não ser culpado, e tentava ficar longe dos comentários negativos. Tive que começar a editar grande parte das noticias. Como se não bastasse me preocupar com aquelas exageradas manchetes, eu também era obrigada a contribuir para o programa de rádio de Michael Reagan (o filho adotivo de Ronald Reagan), onde passava semanas tendo que massacrar a imagem de Michael Jackson. Se era uma conspiração da mídia, eu era culpada. Algumas semanas depois, todas as emissoras retiraram seus últimos equipamentos de Santa Maria, e eu me encontrei sozinha, perdida sem a presença de Michael, sem a comodidade de ter meus amigos da mídia me ajudando.

Me senti destruída. Santa Maria é um bom lugar, mas tornou-se vazio para mim. O caso Jackson estava encerrado e aquela cidadezinha se tornou estranha. Imaginava que tinha amigos no meu trabalho, mas percebi que muitos não eram sinceros. Eles usaram as minhas informações e partiram para a próxima estória. Alguns foram para Aruba cobrir o caso de uma adolescente desaparecida. Felizmente, eu não estava preocupada com as aquelas notícias mirradas, eu tinha em mente uma grande quantidade de informações e precisava descrevê-las, esperava escrever um livro sobre Jackson porque, depois de tudo, sabia que não era uma simples experiência. Queria mostrar os fatos, fundamentando como uma autora. Desde que estive no tribunal como repórter freelance de TV, eu tinha a autorização para entrar e sair da Corte em segredo e ter tudo enviado para a minha casa. Sentada com meus pensamentos ainda em Santa Maria, tentei determinar o que fazer com toda aquela documentação anotada no meu bloco de notas enquanto eu assistia às sessões no tribunal. Decidi juntar as coisas e guardar tudo, caso a ideia do livro se materializasse. Enquanto fazia a minha jornada de volta à costa leste do país, comecei a analisar o desperdício de dinheiro submetido aos contribuintes, especialmente os da Califórnia. Era impossível calcular a quantia exata de dólares desperdiçados, mas os números se aproximavam dos milhões. O julgamento de Jackson foi um dos maiores eventos da história dos Estados Unidos. A quantia de dinheiro gasto apenas na segurança foi simplesmente ultrajante. Considerei a cara “taxa de impacto” que me pediram para pagar à Santa Maria como algo que nunca vi em nenhum julgamento que participei durante toda a minha carreira. Eu queria entender por que me pediram pra pagar tanto dinheiro para participar de um processo público que deveria ser aberto à qualquer contribuinte dos Estados Unidos.

E finalmente, fiquei me perguntando por que algumas pessoas da mídia pareciam me ver como “menos do que” uma repórter, especialmente quando havia pessoas como Marcia Clark – que, sem sucesso, tinha sido uma das promotoras do caso de O.J. Simpson – do lado de fora da Corte de Santa Maria como repórter do Entertaiment Tonight. Foi surpreendente pra mim que este talento da rede me visse como incapaz de fazer uma reportagem de TV. Apesar de eu ter sido repórter e comentarista de TV por muitos anos, durante todo o julgamento de 5 Jackson, eu sabia que estava sendo destruída pelas costas. Às vezes, era atacada verbalmente por repórteres, bem na minha frente. Fiquei me perguntando por que eu tinha sido submetida a tanto drama, a tanta despesa e agonia – tudo por nada. Quando viajei para Nova York, descobri que nenhum editor americano queria tocar em qualquer livro de Michael Jackson – especialmente num que contasse a versão de Jackson da história. Fiquei devastada! Mas, então, lembrei de Michael. Imagine como ele se sentia, estando realmente sozinho naquele inferno pelo qual passava. Sendo o único e principal assunto de uma mídia que só queria destruí-lo. Ele era a única pessoa prejudicada com isso tudo. Menos de um mês após a sua absolvição, percebi que Jackson, seus três filhos e a babá tinham se mudado para o reino do Bahrein, no Golfo Pérsico, à convite da Família Real do Sheik Abdullah.

Michael, então, tinha sua privacidade de volta, ele poderia encontrar um caminho para sua recuperação, relaxar e refletir. Supostamente, o pop star recebeu propostas para abrir um vinhedo ou um parque de diversões, mas não se interessou. Michael Jackson tinha grandes planos, mas naquele momento, ele queria apenas esquecer seu pesadelo. Meses depois, entrei em contato com o juiz Rodney Melville, que escreveu, a meu pedido, um mandado que me permitia revisar todas as fotografias e evidências criminais do caso. Gastei muito tempo com viagens à Santa Maria, já que falava-se torrencialmente em documentos e fotos pessoais de Michael em Neverland. Gravei as evidências que eu tinha visto durante o julgamento, requisitei cópias das transcrições e li todas aquelas notas de citações das testemunhas. Neste livro estão exatamente as transcrições do tribunal. Tenho um manifesto de quando estive na Suprema Corte de Santa Maria, um baseamento complexo revisado por horas que nunca foi publicado. Na Corte, um escrivão monitorava as minhas notas. Fiz uma pausa momentânea no momento do interrogatório em que policiais alegaram não estarem totalmente certos sobre algumas questões em particular. Eu revi os interrogatórios com as acusações da polícia e questionei a Corte sobre as conclusões empregadas.

Queria saber se tinham filhos, se eles já tinham 13 anos e conheciam a sexualidade das crianças. A Corte observou muitas conclusões inquietantes em suas mentes. Claro que sabiam que, certamente, eles fizeram 13 anos. Com isso, eu tinha minha resposta. Decidi entrar em contato com os advogados de Jackson e o jornalista Pearl Jr. – que também cobriu o caso – e marcamos um almoço em Los Angeles. Pearl Jr. me encorajou a escrever um livro sobre o caso Jackson, mas eu ainda sentia que estava lutando numa árdua batalha. Poucas semanas depois, passei alguns dias com Tom Mesereau, não uma vez, mas duas vezes e peguei sua autorização. Senti que, independentemente do que a mídia, os céticos e todos os meus amigos e familiares estavam dizendo, eu precisava me encontrar com Michael Jackson e começar a escrever. Notei que as pessoas se divertiam com isso quando eu as contava a minha ideia.

Um livro sobre a inocência de Michael Jackson? Impossível! Quanto mais as pessoas apresentavam seus comentários negativos, mais eu ganhava ânimo para lutar em meio a milhares de páginas de transcrições do julgamento e com gente que discordava da minha opinião. Comecei a achar que o livro nunca ficaria pronto. Para mim, boa parte do tempo tornou-se um trabalho árduo, sempre senti como se estivesse carregando o mundo nos meus ombros. Adoraria saber se Michael sentiu-se assim em sua vida. Mantive a minha opinião e o meu espírito na época em que Jackson me disse “Oi” durante o julgamento. Estava no corredor durante um intervalo e passei despercebida por ele, como se fosse uma estátua de cera. De repente, ele se virou pra mim e disse: “Oi”. Quando ele falou, me assustei. Ele estava engraçado, e eu amei!
As pessoas sempre me perguntam se eu conheci Michael Jackson e eu respondo que sim, mas nunca me apresentei de verdade a Michael e ele certamente não sabe muita coisa sobre mim.

Apenas uma vez me dirigi diretamente a ele, para uma nota à imprensa. Eu estava começando no ramo e Jackson participava de uma coletiva, quando o perguntei se falava com seus fãs nos portões de Neverland. Michael já estava saindo daquela multidão de repórteres, mas voltou, olhou pra mim e respondeu: “Eu amo os meus fãs, eu amo os meus fãs! E estarei lá mesmo que tenha apenas uma pessoa que se importe.”.

Eu esperava fazer um livro que fosse além do objetivo de apoiar Jackson e que contradissesse o que diversas pessoas haviam relatado à imprensa tabloidiana. Se a verdade prevalecesse, de uma forma ou de outra, o povo abriria seu coração.

Afrodite Jones
1ª de Março de 2007

fonte: www.falandodemichaeljackson.com
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Mensagem por sissi Qua 30 maio 2012 - 10:45

PREFÁCIO

Quando vi a jornalista Afrodite Jones na Corte de Santa Maria no caso Michael Jackson, me virei para outra direção. Eu nada queria com a Srta. Jones. De relance, meus olhos a avistaram; olhei secamente, a encarando de forma fria. Se olhares frios matassem, ela estaria morta.

Associava Afrodite Jones à mídia internacional que investigava pesadamente com o intuito de destruir Michael Jackson. Nunca em minha vida ou carreira eu tinha encontrado em meu meio semelhante maluca, desonesta e manipuladora alimentando e causando frenesi. Despeito a presença de muitos honrosos jornalistas a fantasmas de aproveitadores que pareciam ofuscar mais do que estavam sendo honestos, exatos e cuidadosos.

Aproximadamente um ano após Michael Jackson ser inocentado, eu inesperadamente encontrei a Srta. Jones em uma galeria de arte em Bevely Hills para celebridades que publicavam uma série de anotações pessoais de arquivos do tribunal. Inicialmente, tive uma leve discussão com a senhorita Jones. Eu disse-lhe que tinha a assistido pela televisão durante o caso Scott Peterson e observei sua agressividade ao colocar seu chefe de defesa, aconselhando Mark Geragos a se afastar, que aparentemente nivelava as noticias sobre o que estava acontecendo comigo.

A Senhorita Jones disse que me entendia completamente e respeitava muito o meu jeito e abordagem na defesa de Michael Jackson. Ela afirmou que tinha outro pensamento sob a forma como a mídia lidava e mostrava o julgamento de Michael Jackson. Ela se sentia culpada pela forma que parte da imprensa divulgava freneticamente as notícias. A Senhorita Jones pensava em escrever um livro sobre a realidade de Michael Jackson no tribunal e a distorção que mídia havia feito.

Quando Afrodite Jones perguntou se podia me entrevistar, eu estava cético. Minha colega e conselheira na defesa de Jackson, Susan Yu, foi inflexível, a Senhorita Jones não teve apoio nenhum no livro. Contudo, algumas coisas me diziam que a Senhorita Jones estava sendo bem sincera, corajosa e profissional em seu desejo de reunir informações corretas sobre a defesa de Michael Jackson.

Em entrevistas com a senhorita Jones e revendo alguns dos rascunhos iniciais do proposto livro, me surpreendi com sua sinceridade e seus esforços de ir contra a fluente mídia circulante e dizer a verdade sobre Michael Jackson. Concordei e a ajudei; muitos esforços vinham dos lugares certos. Mas me recusei a falar O QUE ou COMO escrever, sem nenhum interesse ou lucro financeiro no livro.

Alguém acreditava fortemente no poder e valor das idéias que eu concordava, apreciei ver os meus diferentes pontos de vista enquanto se tinha integridade, inteligência e informações precisas. No caso Michael Jackson, a maioria das conclusões da mídia era leviana, mal informada e precipitadamente julgada. Eu sabia em meu coração que Michael Jackson não era culpado daquelas acusações. Meu propósito ao escrever este prefácio é sublinhar como é importante um retrato verdadeiro sobre o trabalho do Sistema Judicial. Pelos últimos quinze anos, a sociedade americana foi pega pela interferência da mídia na Suprema Corte, alcançada pela televisão, documentários, séries de TV, filmes e livros (ambos fictícios ou não), onde tenho encontrado uma audiência massiva sob a subjetividade do Sistema Judiciário. A importância dos lucros – bilhões de dólares, pra tentar ser exato – foi o que produziu esse mundo cambaleante. Isso foi criticado por profissionais do jornalismo que mantinham os seus valores éticos no meio dessa explosiva exploração. Acredito que fiz acontecer, em muitos momentos do que acontecia no julgamento de Michael Jackson.

Quando setenta xerifes de Santa Barbara invadiram a casa de Michael Jackson, no Rancho Neverland, em novembro de 2003, eu estava retornando de um período de férias à Los Angeles, estava nos preparativos finais da defesa do ator Robert Blake, que era acusado de ser o assassino da esposa. Poucos minutos depois de eu ter ligado meu celular – que havia sido desligado por nove dias -, ele começou a tocar. Eram chamadas de longa distância dos advogados de Michael Jackson. Ele queria que eu pegasse imediatamente um vôo para Las Vegas e que fosse o conselheiro deles.

Eu recusei a oferta porque sentia que não estava sendo ético com os dois casos Blake e Jackson. Blake foi acusado pelo tribunal em fevereiro de 2004 e consumiu todo o meu tempo. Eu tinha conseguido que Robert Blake respondesse inicialmente ao processo em liberdade, durante o qual a Justiça esperava dizer que obter a fiança era impossível.

Eu tive sucesso em casos de conspirações, fazendo com que eles mudassem e desmentissem novamente na subsequência o que se via sendo capas de subterfúgios de opiniões em que o benefício foi à revisão do público, prosseguindo a insensatas notícias na televisão; sendo eu honesto, ele foi absolvido.

Três meses depois, às vésperas do julgamento de Robert Blake, fui abordado pelos advogados de Michael Jackson e, como tínhamos umas sérias decaídas externas que o juiz não podia resolver, me retirei da sua equipe de defesa.

Aproximadamente cinco semanas depois, Randy Jackson, irmão de Michael, me ligou e perguntou se eu poderia reconsiderar, eu precisava saber quanto tempo tinha e se poderíamos nos encontrar socialmente de tempos em tempos. Disse a Randy que estava livre e que poderia conhecer Michael Jackson. Randy arrumou um vôo para que eu fosse à Florida com esse propósito e o resto é historia. Toda minha vida foi radicalmente mudada à pedido de Randy.

Mas, antes, eu precisava conhecer o caso Michael Jackson. Eu estava chocado com o teatro armado em torno da defesa de Jackson. Seus advogados estavam viajando para Santa Maria num jato particular e, aparentemente, tínhamos uma boa equipe. Michael estava atrasado para sua primeira audiência; manifestações de fãs em torno de seu carro e uma multidão de jornalistas o atrasavam ainda mais. O encontro legal e financeiro adverso de Jackson. O local no qual os jornalistas se referiam à equipe de Michael como “time dos sonhos”, em um elegante hotel em Bevely Hills. A entrevista de Michael ao programa 60 Minutes – no qual ele comentou o resultado desastroso de sua prisão – e rumores de uma visita de um grupo islâmico a Jackson tiveram uma péssima repercussão na conservadora comunidade de Santa Maria. Eu não gostei disso de modo algum.

Escolhi suavizar tudo. Na sala do tribunal, me opus a câmeras e pedi ao juiz que mandasse fechar e silenciar a sala. Eu revidei as provocações individuais sobre a defesa e uma ou outra provocação imediata e gratuita. Certas pessoas não tinham confiança em mim, eram frias e por fora se encontravam fechadas ou negavam acesso a informações importantes. Meu foco era as treze pessoas: o juiz e os doze jurados. Eu gostava da comunidade de Santa Maria, meus instintos me diziam que seriam justos com Michael.

A defesa de Michael Jackson tinha que enfrentar três desafios: o processo, a imprensa e uma legião de medíocres conselheiros em volta do inocente e vulnerável Michael Jackson. Estou feliz em dizer que tivemos sucesso nesses três obstáculos.

O processo gastou mais dinheiro e tempo tentando condenar Michael Jackson do que qualquer outro na história. Na década de 1990, o advogado regional, Tom Sneddon, começou a investigar e reunir dois Grandes Júris – Santa Barbara e Los Angeles – para indiciar Michael Jackson e juntos reforçarem as chances de algum crime. Em meados de 1990, o Sr. Sneddon viajou para dois pequenos países, alegando procurar vítimas de Michael. Ele não encontrou nada. O Sr. Sneddon montou um web site com o departamento do xerife de Santa Barbara para obter informações sobre Michael Jackson e contratou a firma PR. Isso foi um absurdo.

Em 2004, um terceiro júri estava reunido nesse caso e Michael foi indiciado. O processo, que teve nove acusações instauradas – mais do que eu jamais tinha visto em qualquer outro caso de pena de morte ou outra forma qualquer de acusações inscritas. Eles imprudentemente contrataram peritos em diversas áreas para uma reconstrução acidental: computação gráfica, segurança de sistema, DNA, contabilidade forense, agências financeiras, criminalistas,telefônicas, de molestação infantil, psicólogos, patologistas e consultoria jurídica. Fizeram todos os esforços para bombardear e passar ao júri algum fato concebível que pudesse ajudar a condenar Michael. Isso incluía contratar um júri para consulta obtendo sucesso convencendo Timothy Mcviegh, Martha Stewart e Scott Peterson a ajudar no processo.

De imediato, nunca saberemos o quanto de tempo e dinheiro foi realmente gasto no processo, quanto foram os advogados oficiais da região. Os números estavam ridicularizando o julgamento e os advogados, de certo modo. As agências coagiam ao redor do mundo nos contatos. É claro que todo esse dinheiro era do contribuinte de Santa Barbara, Califórnia.
Mas acredito que a impressa global cobriu esse julgamento com um número maior de repórteres do que os julgamentos de O.J Simpson e Scott Peterson juntos. Pois nunca se teve uma cobertura de um caso dessa grandeza e nunca mais haverá essa probabilidade novamente. Infortunadamente, acreditavam na possibilidade de arrecadar uma enorme quantia de dinheiro em cima de filmes, shows, remontagens e livros sobre a ascensão e queda de Michael Jackson; de qualquer modo, era necessária uma condenação para que alguns desses projetos tivessem sucesso. Se Michael Jackson tivesse ido pra a prisão, teria a maior cobertura mundial da impressa na história. Bilhões de dólares envolviam a conta.

Isso tudo porque ele é a maior e mais afamada celebridade, Michael Jackson atrai enormes gamas de personalidades de peso, “socialites”, incluído advogados e anônimos igualmente. Ele era assunto constante dos mais medíocres e imprudentes conselhos pra ele especialmente sobre a sua própria defesa. Pessoas diziam a ele tudo sobre os acontecimentos e as coisas que faziam, esse mar de tolos era uma perigosa distração.
Um esclarecimento: considerando o papel da mãe acusadora no tribunal, dediquei-me muitos dias para provar que ela estava esgotando o alvo de seus ataques. Durante a minha declaração de abertura, comuniquei ao júri que provaria que a mãe estava orquestrando falsas acusações. Eu tinha a examinado durante três horas seguidas de audições, sabia que ela era um desastre para a acusação no cruzamento das informações. Eu estava informado sobre os acontecimentos da defesa de Jackson, quem não estava se esforçando para derrubar a acusação. Proibi cada pessoa da equipe de comentar o caso em Los Angeles. Quando soube que ela tinha cometido uma fraude contra a previdência social pelos os advogados distritais, soube que, segundo a lei da Califórnia, ela não podia depor.
Apesar da minha limpeza administrativa, alguns dos nove advogados estavam examinando um único testemunho no tribunal e comunicando as autoridades de Los Angeles, eu esperava que ela recusasse a depor e que retirasse as acusações para assegurar o que falava e a postura deles no caso. Ela tinha que se manter firme, tinha que se recusar a qualquer testemunho dentro da constituição da Califórnia ou dos Estados unidos. Ela tinha um acordo e isso foi um sério golpe em sua defesa.

Eu não acreditava que os advogados que informavam pretendiam ajudar Michael Jackson. Na minha opinião, simplesmente lhe faltavam visão e discernimento. Eles queriam ser parte do evento e do julgamento forte e de cliente vulnerável. Na realidade, eles não pertenciam a lugar nenhum desse caso.

Afortunadamente, eu tive dois excelentes advogados no meu time: Susan Yu e Robert Sanger. Embora todos nós tivéssemos diferentes antecedentes, estilos e perspectivas, fizemos um grande time. A Senhorita Yu e o Sr. Sanger estavam sempre focados e determinados na absolvição de Michael Jackson; eles sabiam que o grupo era esforçado e exigente. A questão era que tínhamos nossas diferenças, mas sempre a resolvíamos de modo que focássemos na vitória do caso. Eu também me consultava com a minha querida amiga Jennifer Keller, uma brilhante advogada de defesa criminal do sul da Califórnia. Ela é também uma do time de advogados que ganhou o caso comigo.

Nós também tínhamos um pessoal de assistentes profissionais. Os investigadores Jesus Castilho e Scott Ross estavam sempre nos mantendo longe da impressa e nunca permitiam que atraíssemos o estrelato que interrompesse o nosso foco da defesa. O potencial de distração desse caso estava em qualquer lugar. Eu tinha observado advogados em outros casos, tínhamos que manter as câmeras longe e, na minha opinião, eles procuravam um cliente interessante. Afortunadamente, isso nunca aconteceu nem com a senhorita Yu, nem com o Sr. Sanger ou comigo.

Eu tinha que revisar o livro da Srta. Jones e comentar seus esforços. Se alguém quiser saber o que realmente aconteceu com Michael Jackson naquela sala de tribunal, leia este livro. Explicações limpas e detalhes do porquê ele era inocente, o compassivo gênio da musico foi absolvido: isso foi um feito para o júri conservador de Santa Maria, Califórnia. A justiça foi feita e eu me sinto orgulhoso por ter estado à frente do caso Michael Jackson.

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Mensagem por Mila Qua 30 maio 2012 - 15:34

hei Sis, valeu por postar o livro flor...
to amando aqui ♥
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Mensagem por Nai Jackson Qua 30 maio 2012 - 19:18

Esse eu nunca li. Orbigada por postar Sissi Razz Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO 883997
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Mensagem por sissi Qui 31 maio 2012 - 9:26

ÍNDICE
“ABC it‟s Easy”cap 1
“Music and Me” cap 2
“Shake it, Shake it, Baby” cap 3
“I Wanna Be Where You Are” cap 4
“Wanna Be Startin‟ Somethin‟ cap 5
“Rock With You” cap 6
“Stop! The Love You Save” cap 7
“Do You Remember The Time?” cap 8
“Askin‟ Him to Change His Ways” cap 9
“If You Wanna Make the World a Better Place, Take a Look at Yourself and Make a Change” cap -10
“Who‟s Bad?” cap -11
“Got To Be There” cap-12
“Livin‟ Off The Wall” cap- 13
“Little Bitty Pretty One” cap -14
“We Are Here To Change The World” cap- 15
“Don‟t Stop „Til You Get Enough” cap -16
“Be Careful Who You Love” cap-17
“Black And White” cap -18
“People Make The World Go Round” cap-19
“With A Child‟s Heart” cap -20
“She‟s Out Of My Life” cap- 21
“Never Can Say Good-Bye”
“One Day In Your Life”162
“Beat It”
“History”179
“Ebony and Ivory”183
“It‟s a Thriller”187
“The Love You Save”190
“Ask Me How I Know”193
“Will You Be There”205
“I Want You Back”209
“Leave Me Alone”212
“Moonwalk” 217
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones – cap -2

Mensagem por sissi Qui 31 maio 2012 - 9:30

“ABC… IT‟S EASY”

“ABC É FÁCIL”

Era o último dia do julgamento. Um dos maiores veredictos da história mundial estava preste a ser dado e milhares de pessoas inundavam as ruas em volta da Corte. A chegada de Michael Jackson era iminente, o xerife e o vice-prefeito tratavam a multidão como se estivessem num campo nazista, exigindo que todos ficassem atrás da linha, estabelecendo ordem em meio ao caos. O número de jornalistas estrangeiros e nacionais que esperavam se posicionar dentro das barricadas estava dando lugar à pessoas que se sentiam esgotadas emocionalmente.

Após cinco meses de cobertura do caso abaixo de sol, gente da impressa não combinava com gentileza, era para servir as pessoas sobre a justiça no caso “Estado da Califórnia VS. Michael Jackson”. Durante toda a semana em que o júri deliberou, as redes de TV à cabo estavam pondo fogo no público, noticiando a potencial imagem de Michael Jackson sendo encarcerado. Algumas pessoas esperavam mostrar o superstar saindo da Corte para a cadeia, esperando que Michael Jackson tentasse fugir desse destino.

Era meio-dia da segunda-feira, 13 de junho de 2005, quando finalmente deu-se a notícia de que o júri já tinha um veredicto. A impressa mundial estava agitada. TVs a cabo, pessoas filmando, chegando com novas exigências e novos ângulos de câmera para filmar. Um grupo de admiradores de Jackson tinha feito um acampamento em várias partes ao redor da Corte, fãs com filmadoras, celulares com câmera, com todo tipo de aparelho tecnológico digital disponível. Pessoas competiam pelo melhor lugar para ver Michael, para obter a melhor foto, ter a melhor camiseta, o melhor pôster. Era uma loucura!

As pessoas que acompanhavam do lado de fora de Santa Maria estavam correndo, analisando, formando, colorindo e envelhecendo. Esperando por notícias, lá estava um frenesi de meia dúzia de fãs de Jackson completamente personificados e com um punhado de mulheres que desejavam ser Billie Jean. Representantes de vários lugares estavam lá, talvez de metade do país e do redor do mundo, eles se mostravam inflexíveis sobre a inocência de Jackson.

Para os fãs de Michael que permaneceram lá o dia inteiro, o tribunal providenciou uma oportunidade rara por partes diferentes. Pessoas de todas as esquinas do planeta vieram se unir para lutar por justiça. Eles acreditavam que Michael era um peão da impressa e tinha que mostrar vigor para suportá-la. Aquela gente amava Michael como um irmão, um ícone do entretenimento. Mas, para a impressa, os fãs de Jackson pareciam excessivamente excêntricos. Eram facilmente desacreditados.

Todo mundo esperava ouvir o veredicto. Cada hora que passava parecia ser uma eternidade. Crescia a ansiedade dos fãs. Quando os portões da Corte foram abertos ao público, a multidão veio fechar o cerco rapidamente. Aos poucos escolhidos por meio de um sorteio, foram permitidos a entrada na sala do tribunal. Embora em silêncio e enfileirados, os trinta e cinco membros do público estavam atônitos e eufóricos, eram dadas advertências sobre explosões. Os sorteados eram acompanhados ao interior sendo organizados pelo adjunto. Eles falavam onde iriam ficar sentados numa área destinada ao público e que era pra fazer apenas um som.

Pra cada pessoa lá, a antecipação do veredicto crescia em quantidade proporcional. Das vinte três mil pessoas credenciadas da impressa que cobriam o caso, apenas três dúzias tinham cadeiras lá dentro. As poucas dúzias de produtores à espera do veredicto permaneceram na sala do tribunal, já do lado de fora, o cordão de isolamento transbordava de fãs, mas pelo tamanho da impressa optou-se apenas por ficar em frente à porta da Corte. Guardada individualmente, eles tentavam brilhantemente transmitir noticias internas de Jackson.

A impressa se mantinha fortemente interessada em qualquer coisa, tudo o que pudesse excitá-los na audiência, mas todos estavam em silêncio. E o mundo, na expectativa do veredicto, ficando ainda mais ansioso. Os produtores dos noticiários estavam começando a ser bombardeados pelos fãs que, eufóricos, gritavam cada vez mais alto, “Michael é inocente”.

E então, pontual como um relógio, a família Jackson chegou completa à Corte: Katherine e Joe, Janet, LaToya, Rebbie, Michael e outros irmãos famosos. Seus assessores, seus guarda-costas e sua glamorosa família estavam se dirigindo ao time da defesa de Michael, coisa de uma distinta posição, todas as pessoas que estavam juntas eram completamente esclarecidas por Michael.

Michael estava escondido por trás de sua marca registrada: seus óculos de sol espelhados e um guarda-sol. Emergindo a superestrela de todas as superestrelas. Michael aproximou-se da Corte na pequena distância de seu veículo preto. Em meio à gritaria e lágrimas por toda parte – parecendo até que vinha de toda parte do planeta.

Era tempo de qualquer condição de saúde, qualquer número no tribunal pudesse vir dele. Michael não mostrou nada. Correu para perto de seu advogado, Tom Mereseau, e antes ele havia caminhado atrás das portas fechadas da Corte, a alta posição de Michael era um sinal pros seus fãs, que viam sua alegria de longe, do lado de fora. Eles forçavam os portões e um ciclone de pessoas gritava alegremente. Lá, eles pareciam estar em comunhão. Alguns gestos de Michael faziam seus corações baterem forte. Pareciam sentir a presença dele por toda música, eles podiam senti-lo dançar.

Aconteceu que às últimas pessoas da impressa foi permitida a entrada na pequena sala do tribunal. Estavam esperando apenas serem feitas as revistas, junto ao detector de metal e Michael surgiu dobrando a esquina, e, pela primeira vez o superstar aparentou nervosismo no tribunal, seu rosto estava tenso. Ele não tinha aquele sorriso, não parecia aquele homem invencível. Naquele momento, as pessoas podiam ver a vulnerabilidade que o tribunal tinha causado em Michael depois de tantos meses de julgamento. Era óbvio que esperavam acabar com ele.

Seus advogados lhe confidenciavam que seria absolvido de todas as acusações, insistindo inúmeras vezes nesse assunto da acusação. Tom Mereseau era inabalável em sua opinião de que Jackson havia sido processado por crimes que não cometera; amigos e familiares de Michael certamente acreditavam nele. Jackson ainda estava de pé próximo à sala da Corte, sendo aguardado por seus parentes atrás do detector de metais – mas o Rei do Pop estava assustado.

Do lado de fora da Corte, havia as oito mulheres e os quarto homens do júri que participaram das 600 audiências, que tinham testemunhado o que parecia ser uma campanha ofensiva com o lançamento do documentário de Martin Bashir, que escutaram 22 anos de histórias pessoais de Jackson. Todos descobriram e derrubaram o que fizeram por eles e o advogado do distrito de Santa Barbara, Tom Sneddon. Sneddon e seu time haviam assistido às 80 testemunhas que tentavam retratar Jackson como um sério criminoso, permitindo que a depressão voltasse à vida do cantor, tentando mostrá-lo para o júri como um molde de criminoso comportado.

As pessoas dentro da sala do tribunal esperavam um veredicto do júri, o mundo aparentava uma pequena incredulidade, todos estavam tensos. Todos os olhos estavam focados naquela Corte. A família de Jackson ocupara apenas seis assentos; Janet, que estava muito elegante naquele dia, optou por esperar do lado de fora, permitindo aos irmãos, Randy e Tito, e as irmãs, La Toya e Rebbie, que se sentassem diretamente atrás de Michael.

Passaram onze policiais armados do lado de fora da sala, atentos para que ninguém tirasse a atenção, contendo as explosões. E às 14:10, o juiz Rodney Melville finalmente começou a abrir os envelopes dos veredictos. Deslizando cada um deles, Melville fazia uma cara, nenhuma palavra era dita na Corte, mas uma jovem moça da equipe dos jurados tinha lágrimas em seus olhos. O tempo demorava a passar, como se fosse eterno e, então, inesperadamente, na Suprema Corte, Clerk Lorna leu as palavras:
Caso 1: Conspiração – Inocente.

Caso 2: Sobre a acusação de corromper uma criança – Inocente.
Caso 3: Inocente.
“Inocente” foi a palavra que acabara de ser lida e 14 horas acabadas pra todos. Os veredictos vinham saindo, Katherine, que nunca perdia um dia de tribunal, tinha seus olhos repletos de lágrimas, Tito chegou até a beijar sua mãe. O resto da família abraçou-se, apertando-se uns aos outros. As notícias começavam a sair, os fãs de Michael soluçavam, havia barulho por toda parte, repórteres vindos de cada canto do mundo estavam atônitos, sentados em suas barracas. Eles realmente pareciam estar surpresos por Jackson não ter sido condenado em nenhuma das acusações, dava para notar isso em seus olhares e expressões. Alguns desses membros da impressa realmente tinham negócios a realizar caso o superstar tivesse ido pra trás das grades.

O juiz Rodney Melville, que tinha tratado o caso com certa dignidade, mantendo tudo em segurança e sem tolerava nenhum tipo de interrupção, agora lia uma declaração da Corte:
“Nós, o júri, sob os olhos do mundo, sentimos a obrigação, após o estudo completo e meticuloso de todas as evidências, testemunhos e regras do processo presente nessa Corte desde 31 de janeiro de 2005, seguindo as instruções, chegamos a um veredicto confiável. Nós esperamos que esse caso seja um testemunho da veracidade, integridade e confiabilidade do nosso sistema judicial.”.

Com essas palavras, Michael, por trás da mesa da defesa, resumia sua enorme serenidade. De um modo estranho, parecia ser o aspecto de um rei envelhecido, havia lá algumas coisas reais sobre ele, sem dúvida, sobre o conhecimento de sua presença. Michael escutou com um silencio intencional a declaração que o juiz lia. Com a cabeça meio baixa, aqueles movimentos limitados pouco lembravam um pop star. Apenas aqueles que tiveram a chance de vê-lo de perto, puderam perceber uma delicada lágrima escorrer em seu rosto.
“Sr. Jackson, sua fiança foi anulada e você está liberado”, disse o juiz Melville.

E, com isso, Michael percebeu que os 12 jurados tinham rejeitado todas as alegações criminais contra ele no caso. O Rei do Pop enxugou sua face com um lenço, abraçou e agradeceu seus advogados de defesa e tentou deixar a sala. Ele andava para fora da Corte junto com Katharine, Joe e seus irmãos, mostrando um pouco de emoção. Michael flutuava para fora do tribunal, saindo no ar, indo logo como um sopro de fumaça.

Aparentemente, os fãs de Michael que ouviram o veredicto pela televisão, aumentaram o número aos que estavam em frente à Corte, acabando de fechar todas as imediações, dançavam e gritavam nas ruas e foi algo bárbaro. Uma mulher soltou pombos brancos, outros soltaram balões, alguns jogavam confetes, milhares de pessoas gritavam e choravam lágrimas de alegria. A família de Jackson, agora unida, caminhava em meio a centenas de repórteres que esperavam por uma entrevista. Com uma das mãos juntas ao peito, Jackson mandava beijo para os fãs. Então, desapareceu dentro de um Yunkon preto SUV * [SUV = carro utilitário esportivo, do inglês Sport Utility Vehicule. N.T.] como um homem livre.

As pessoas se espalhavam, certamente gente da impressa combinava de falar que, depois de tudo terminado, o tribunal tinha se tornado uma barreira para a estrela pop. Uma parte da mídia continuava a agredir sua carreira. Pessoas da impressa fofocavam sobre as novas alegações de Jackson, focalizando o ódio e os rumores – rumores e insinuações que tinham milhões de pessoas falando besteiras sobre o ícone.

Seus fãs repudiaram o tribunal que contrariava Jackson, sempre não fazendo parecer justo. Mas, para a maioria da imprensa, o julgamento de Michael Jackson tinha grandes possibilidades de uma condenação, sua imagem era manipulada com uma nova distorção a cada dia, sendo noticiadas nojeiras sobre Jackson, especialmente sobre seu relacionamento com crianças.

Na opinião da Corte Pública, em parte a mesma atitude de muitos jornalistas. Alguns estavam certos de que Jackson violentava crianças. Ocorrendo umas observações da impressa –mesmo depois de ele ter sido julgado como inocente – o super star teria que defender a sua vida particular para sempre.

Muitas pessoas pensavam que ele tinha se sacrificado além da reparação. A imprensa se preparava para as suas últimas transmissões do caso, muitos se espantaram com a recuperação de Jackson, que estava buscando o que era de seu direito. Além de todos que o julgavam como culpado, alguns deviam admitir que tinham se tomado parte do projeto do Advogado do Destrito, Tom Sneddon, focalizado em reduzir a vida pública de Jackson a um circo. Um tanto deles se sentiam culpados por terem feito parte do grupo que então se preocupava em arruinar a estrela pop, entretanto, muitos outros repórteres pareciam basicamente dispostos a pôr Michael para baixo.

Pessoas amavam odiá-lo e vários repórteres gostavam de perpetuar a imagem de Jackson como um esquisito, fortificando deslealmente aquelas alegações, até mesmo depois de o julgamento ter sido encerrado. Eram poucos os jornalistas que admitiram intimamente que os fãs de Jackson riram por último. Durante todo o julgamento, os fãs berravam para a impressa: “Vocês não estão mostrando toda a verdade”.
Talvez eles estivessem certos.

Seletas pessoas da imprensa começaram a reconsiderar os cinco meses de julgamento, reexaminando alguns detalhes divulgados na Corte sobre a vida pessoal de Jackson, aceitaram que o cantor tinha sido capaz de resistir à um exame minucioso do qual muitas pessoas poderiam não ter sobrevivido. Embora Jackson tenha enfrentado um inferno e tudo sobre sua vida (com exceção de fotos de suas partes íntimas) ter sido espalhado pela Corte e pela imprensa mundial, ele resistiu.

Ao longo de tudo, seus fãs insistiam que ele fora uma presa da cobiça da família acusadora e de um zangado promotor, mas estes comentários eram completamente ignorados pela mídia. Em vez disso, a impressa parecia feliz por divulgar as alegações dos promotores, que só se preocupavam em arrastar a imagem de Michael para a lama. No final, a faminta impressa foi incapaz de ver o que 12 comuns cidadãos tinham visto ao longo dos meses. Lá estava a prova de que Michael Jackson não tinha cometido crime algum.

Durante todo o julgamento criminal, a mídia retratava os detalhes mais sórdidos, espalhando a indecência das acusações que eram feitas novamente a Michael Jackson, muitas, que eram vendidas aos tablóides, foram reveladas na Corte um pouco antes. Mas não foram mantidas até o veredicto de “Inocente” ser lido em voz alta na sala do tribunal. As pessoas que perceberam que o ícone estava diante deles – era uma pessoa que estava mudando com uma ação criminal, sem qualquer prova real.

Repentinamente, parecia que o caso contra Jackson era todo de fumaça e espelhos. A imprensa compreendeu que os acusadores de Michael Jackson não se importavam com nada mais do que um pagamento de escândalos, mas claro, nunca relatavam isso em seus noticiários.

Ver Michael Jackson nos últimos dias do julgamento era como observar duas pessoas ao mesmo tempo. Michael, o homem real, da vida real, tendo sua imagem distorcida pela mídia, que adorava vender a versão pervertida de Jackson, como os reflexos do famoso brinquedo de espelhos de parques de diversão. A imprensa estava vendendo uma coisa e utilizava ângulos e iluminações específicas para acentuar seu nariz, rosto e tom de pele. E então, estava lá o Michael real, que era um homem bem vestido, altamente equilibrado, aparentando ser um espírito humilhado em pessoa; era um modesto e quieto senhor que não tinha nenhuma relação com que aquilo que os tablóides personificavam.

No dia do veredicto, observava-se que sua face, sua linguagem corporal e sua aura eram puras, o homem que sabia que era o Rei do Pop – era um dom que havia o tornado vítima de sua própria fama. Ele não era nada arrogante. Suas expressões faciais não eram misteriosas. Não era tão louco com suas roupas, braceletes e outros acessórios. Loucas eram as mentalidades da imprensa que estavam vendendo um bolo de dados sobre Jackson por toda a parte possível. Essas pessoas pegaram pesado com Michael. Eles não viam problemas em cortá-lo em pedaços.

Michael tinha se tornado um jogo de ilusões feito pela máquina da imprensa. Era uma máquina que vendia milhões fazendo uma perspectiva de Jackson como um ser anormal. Era uma máquina perigosa que, ultimamente, só tentava empurrar o ícone para baixo e, depois de tudo, num esforço da mídia tabloidiana, o documentário de Bashir, que, na casa de Jackson e na Corte de Santa Maria em primeiro lugar, tentava fazer fama à custa da boa vontade de Jackson. De alguma maneira, Michael tinha sido trazido uma carga de rosto criminoso, pra que disso.

Com a surra à Michael Jackson, Martin Bashir ganharia a atenção das pessoas e iniciaria sua carreira na ABC News. Bashir tinha prometido falar a verdade sobre Jackson. Bashir quis “prestigiar” sua imagem, dizendo que tinha sido o homem que entrevistara a princesa Diana – certamente para conseguir a completa cooperação de Michael. O documentário de Bashir – que foi apresentado na Corte no início do julgamento – era um esforço aparentemente cruel e manipulador de um auto-engrandecido jornalista britânico que fora oficialmente reprimido na Inglaterra por práticas jornalísticas “injustas”.

Entretanto, uma vez que o documentário de Bashir foi visto pelo mundo inteiro, irreversivelmente o estrago já tinha sido feito. A exoneração de Jackson não fez parecer causal, certamente não para as tendências atuais da imprensa pra encerrar uma década. A mídia tinha uma estrutura industrial ao redor da “estranha vida” de Michael Jackson e o documentário do Bashir afirmou todas as “dúvidas”, caíra à tona uma pequena questão à objetividade por parte de Bashir. A imprensa parecia ter um vasto interesse em responder bobagens sobre o ícone. Ganhando milhões em cima de besteiras desesperadas para conseguir audiência.

Com Jackson indo embora triunfante, a imprensa tinha sido derrotada. Depois do veredicto eram relatos, a vantagem da imprensa eram barracas e arames, satélites e acampamentos, cabelos e composições de times. A cidade de Santa Maria parecia deserta. A imprensa tabloidiana observava a sujeira. Foram feitas algumas tentativas de seguir Jackson ao hospital para tentar obter fotos dele deprimido e doente. Mas não tiveram sorte.

Deram alguns relatos superficiais dos portões de Neverland, mostrando o júbilo dos fãs, mas somente no final da análise. A imprensa toda não gostou do veredicto. Com nada mais lascivo aos relatos, a mídia possuía um imenso veículo, as notícias sobre o julgamento se reduziam ao mínimo de ruídos falsos.

Os dias de sofrimento do Rei do Pop foram explorados até o final. As pessoas do escritório do promotor pareciam desapontadas com a decisão da Corte, por não traduzir o interior da convicção, possuindo em seus relatos conferindo, Tom Sneddon, culpando Jackson, isentando sua “forte estrela” e insistindo em sua fervente perseguição a Jackson no tribunal de Santa Maria – nada tinha pra fazer com o seu relativo histórico passado – Michael Jackson.

Tom Sneddon estava insinuando que Michael Jackson tinha sido inocentado porque era uma superestrela – estava falando por desrespeito. A idéia que o caso criminal não tinha mérito era algo que o advogado e seu time nunca conseguiram aceitar. Quando Michael Jackson chegou, Tom Sneddon tinha uma agenda específica. Acreditava, por engano, que o processo o ajudaria a pôr o Michael Jackson atrás das grades.
Mas isso não aconteceu.


Última edição por Sissi em Sex 1 Jun 2012 - 8:09, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Danisinha Qui 31 maio 2012 - 13:10

Nossa, eu nunca tinha visto isso... estou amando e ansiosa pelos proximos capitulos, assim como fico pelas suas fic's mas eu sei que agora é uma história real e muito triste na vida de nosso anjo!
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Mensagem por sissi Sex 1 Jun 2012 - 8:08

“MUSIC AND ME”

“A MÚSICA E EU”

Mesmo antes de haver um julgamento em Santa Maria, a imprensa parecia ter tomado um partido, tendo condenado Jackson por atos indescritíveis baseados em acusações infundadas soltas pela rede e por tabloides mundiais. Boa parte da mídia parecia se divertir com os relatos negativos que envolviam o pop star e poucos Jacksons estavam lá podendo ajudá-lo.

A fim de vender jornais e conseguir informações, noticiando relatos desumanos de todas as formas possíveis, jornalistas aproveitavam todas as oportunidades para relatar a mais nova “imundice” de Michael, sem preocupação em obter detalhes dos FATOS. Durante o julgamento, várias pessoas se dispuseram a depor sobre as boas ações de Michael, lado este que nunca foi relatado pela tendenciosa imprensa.

Sem perceber, muitas pessoas da mídia haviam se tornado parte da conspiração para arruinar Michael. Repórteres cobriam o tribunal parecendo focalizar as acusações, contando parcialmente a estória. E os produtores os encorajavam. A máquina de notícia estava interessada em valorizar a produção de TV e parecia procurar falar de qualquer coisa que fosse “anti-Jackson”. O maior comentário pessimista conseguiu a maior atenção na história, era um ciclo vicioso no qual quase toda imprensa pareceu ter entrado.

Mas, vendo o Rei do Pop interagir com os fãs, sua família, seus advogados, o gabinete de justiça e toda a imprensa – uma coisa era inegável – a aura de Michael, a estrela pop parecia ter uma luz branca que transcendia tudo à sua volta. Michael não expressava a menor preocupação com as alegações sensacionalistas que eram feitas dentro da sala da Corte. Em fatos, a expressão facial de Michael no julgamento fez com que as pessoas que o processavam se desesperassem. O DA parecia estar se agarrando a tudo e a reação da acusação deixou isso evidente ao tribunal.

Já os fãs de Michael – que promoveram vigílias nos arredores de Neverland e da Corte – estavam irritados e sentiam que Jackson havia se tornado um objeto incômodo para a mentalidade de uma multidão. Fora dos portões de Neverland, alguns comparavam Michael com a princesa Diana, outro ícone que comovia a todos com os esforços voltados contra ela, vítima de matérias sensacionalistas. Os fãs sentiam que a imprensa estava procurando usar Michael Jackson como uma experiência científica. Para eles, Jackson tinha se tornado um inseto capturado num pote de vidro, que poderia ser empurrado e provocado sem nunca ter uma vida livre.

Diferentemente de Diana, que teve sua vida finalizada tragicamente enquanto os paparazzi a perseguiam, com Michael a imprensa procura deixá-lo vivo e mantê-lo sob vigília para sempre.

Seus fãs insistiam que ele tinha se tornado uma vítima da máquina da imprensa que se recusava em ver a verdade mesmo quando esta era mostrada na Suprema Corte da Califórnia. Os fãs falavam sobre o apetite da mídia que já tinha tudo decido sobre Michael, era “jogo livre” pra todos os rumores insinuações e as difamações por todo o mundo.

Tudo o que Sneddon e seu time apresentaram na Corte havia sido desacreditado por Tom Mereseau – uma figura imponente que não queria a atenção da imprensa ou uma auto-promoção de forma alguma. Mereseau tinha se tornado um sábio advogado defensor de cabelos brancos que negociava com medíocres. Ele mesmo não se fazia de foco da cobertura da imprensa no tribunal. Diferente de outras personalidades da advocacia de defesa, Tom Mereseau não estava interessado em câmeras e holofotes; ele estava interessado em justiça e acreditava de coração que Jackson era inocente.

No dia em que Michael foi inocentado, Tom Sneddon tornou-se um imperador sem credibilidade alguma e foi Tom Mereseau quem saiu da sala do tribunal com humildade e glória.

Na verdade, tudo começou a afundar para a acusação, terminando num “milagre” para os fãs de Jackson, já que grande parte do público nada sabia realmente sobre o caso. Eles se surpreenderam porque a maioria dos testemunhos significativos tinha sido em vão, a imprensa simplesmente os ignorava. Os tablóides só estavam obcecados em envolver Jackson num manto de vulgaridades. Eles fizeram algo quase diabólico, acusando-o do pior crime conhecido pelo homem, mas não havia uma única prova na Corte. Ao invés dos repórteres darem detalhes sobre a inocência de Jackson ou ressaltar os testemunhos dos meninos que vinham dizer que nada de sexual havia acontecido no período que ficaram com Jackson, a imprensa estava fixada em trivialidades, saíam grandes manchetes que mostravam Jackson indo à Corte de pijamas. Houve zombaria sobre a estreita relação de Michael com seu chimpanzé de estimação, Bubbles. Infindáveis exibições na TV mostravam Jackson e seu bebê na sacada de um hotel em Berlim.

Os fãs se irritavam porque a imprensa nunca observava por completo os testemunhos das 100 pessoas na sala da Corte, fazendo com que mostrassem uns testemunhos sem nenhuma prova ameaçadora sobre a vida de pessoal de Jackson. Fãs acreditavam que os testemunhos, fotos e evidências iriam provar que Michael era mais infantil e afetuoso do que qualquer pessoa poderia imaginar.

Mas a imprensa procurava ignorar isso.
Após o término do julgamento, Tom Mereseau confidenciou que lhe disseram que a inocência de Jackson custou bilhões de dólares à imprensa. Aparentemente, com Michael Jackson atrás das grades, os tablóides lucrariam muito mais, começando no negócio de uma indústria de reportagens sobre a vida do cantor na prisão: a espera de seu suicídio, seus companheiros de cela… O sentimento de frenesi teria continuado. Mereseau disse que algumas pessoas da imprensa poderiam fazer uma cobertura contínua, seguindo Jackson, catalogando seu dia a dia, investigando quem teria ido visitá-lo na cadeia, – iriam criar uma história por dia! Haveria rumores à parte, pessoas venderiam ideias de que Jackson estaria mais maluco do que nunca – alimentando a perpetuação da super máquina de tablóides.

Dias após o veredicto, a revista Star publicou falsamente a notícia de que Jackson havia planejado uma festa no hotel Bellagio em Las Vegas, fazendo parecer que ele tinha a intenção de comemorar a vitória com seus fãs. Era ridículo. As reportagens publicadas estavam baseadas em nada.
Outro tablóide, o Diário de Correios de Londres, surgiu com a manchete de que Jackson estava escondido no deserto do Oriente Médio, agora relatando ainda que em face de suas exigências sexuais. Retomando as alegações, um homem de Nova Orleans estava sendo completamente desacreditado. O tal homem alegou que Jackson o havia agredido fisicamente com uma lâmina de barbear, que o cantor o tinha drogado, entre outras coisas, a Corte de Louisiana queria Michael Jackson ou um representante seu para comparecer nas audiências públicas em 17 de agosto de 2005, embora o acusador tivesse antecedentes criminais por assédio e ter admitido ser bígamo. Algum tempo depois, o caso foi arquivado.

Esse outro caso teria sido um exemplo de frivolidade contra Michael Jackson, que significaria mais humilhações, mais prejuízos para sua imagem pública e mais problemas na Corte americana. Por causa de sua estranha conduta, sua enorme fortuna e sua naturalidade nos negócios, Michael Jackson tinha se tornado o grande alvo do mundo e podia-se encontrar a estrela pop cada vez mais na Corte.

Quanto ao processo penal, o caso que tinha sido levado à Corte, era o resultado da tentativa de Michael Jackson em ajudar um adolescente com câncer. Jackson começou a se envolver com o garoto, Gavin Arvizo, depois de o garoto ter sido diagnosticado com câncer em estágio 4, uma sentença de morte dada pela equipe médica de Los Angeles. Desde então, Gavin agonizava e desejava falar com o cantor. Michael teve que ligar para o garoto, que estava na cama do hospital, e teve longas conversas sobre videogames, brinquedos e a beleza de Neverland.

Foi Jackson quem teve que dar ao garoto uma razão para viver e o resto da sua família tinha que visitá-lo em Neverland. Foi Jackson quem o ajudou a encontrar forças para continuar,embora o câncer tivesse consumido uma serie de órgãos do garoto, inclusive o baço e um de seus rins.

Até o ponto em que o garoto e o resto de sua família foram visitar Neverland enquanto ele ainda sofria com o tratamento da quimioterapia. A primeira visita de Gavin Arvizo foi numa cadeira de rodas, padecendo de perda de peso e de cabelo, entre outras coisas, assim como sofria com a falta de auto-estima, mas Michael Jackson o ajudou a mudar tudo isso.
E Gavin deixara uma anotação no roda-pé do livro de convidados de Neverland, após sua primeira visita ao rancho:
“Querido Michael obrigado por me encorajar a ir tão longe em meio às pessoas. Eu amo você. Com amor, Gavin.”.

Foi Michael quem deu à Gavin e sua família o senso de esperança do qual precisavam. Foi Michael quem encorajou Gavin a encontrar energia para deixar a enjoada cama. Foi Michael quem ofereceu à Gavin a emoção de ter uma limousine para trazê-los do bairro do leste de Los Angeles ao esplendoroso rancho Neverland. Sim, tudo isso foi graças à boa ação de Michael, que, mais tarde, seria distorcida pela imprensa, sendo usada contra ele por uma família com fome de dinheiro.

Tom Mereseau estava irritado com a imprensa, que gastava horas transmitindo as acusações, nunca, nenhuma vez relatava alguma coisa sobre Michael e todo o seu esforço, dedicação e caridade para com as crianças. Durante o julgamento, Mereseau continuava dizendo que Jackson era um humanitário, que tinha ajudado centenas de milhares de crianças pelo mundo, que nunca tinha feito um show sem antes visitar um hospital infantil, mas ninguém da mídia mostrava isso. Quando o julgamento estava acabando, Mereseau tornou-se a voz da injusta cobertura. Pra ele, a inclinação da cobertura da imprensa era sim outro aspecto do áspero caminho que Jackson estava sendo mal interpretado.
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Mensagem por Mila Dom 3 Jun 2012 - 10:43

Nossa Sis, muito parabéns para sua boa
vontade de postar este book aqui flor, brigadão...

bjins! Cnt
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Mensagem por Mila Dom 3 Jun 2012 - 10:45

Danisinha escreveu:Nossa, eu nunca tinha visto isso... estou amando e ansiosa pelos proximos capitulos, assim como fico pelas suas fic's mas eu sei que agora é uma história real e muito triste na vida de nosso anjo!

Não é flor??? Tbm to amando
esse trabalho da Sis aqui, muito
mara... Bjos!
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Mensagem por sissi Ter 12 Jun 2012 - 21:26

Uma vez encerrado o julgamento, Tom Mereseau falou sobre os aproximados 20 milhões de dólares do acordo que Michael fez com Jordie Chandler e sua família, e sobre os efeitos que esse acordo teve nas pessoas que queriam dinheiro fácil da parte de Jackson. No caso dos Chandlers, Mereseau estava convencido de que Michael havia escutado seus conselheiros que apenas estavam interessados em fazer mais dinheiro com a imagem do Rei do Pop. Voltando à 1993, seus acordos comerciais não estavam escritos em cheques, lucros que Jackson tinha na época. A quantia de dólares do acordo não parecia ser um problema para sustentar a imensa quantia lucrada em negócios futuros.
Naquela época, todos sempre tinham um esquema em cima de Jackson para a produção de novos produtos, novas músicas, vídeos – eles queriam que ele continuasse com seus negócios usuais. Os conselheiros do cantor pareciam não ter consciência do tipo de efeito que um acordo desse tamanho feito no tribunal criaria na opinião pública.
Do outro lado da moeda, vários fãs de Jackson há muito tempo estavam convencidos de que tinha uma corporação conspirando para destruir Michael. Os fãs estavam certos de que uma pessoa poderosa da Sony tinha ajudado a expandir os rumores com ordens de arruinar a carreira de Jackson. Alguns fãs acreditavam que os executivos da Sony queriam forçá-lo a vender a sua participação no catálogo da Sony/ATV. Muitos admiradores sustentavam esta versão do lado de fora da sala da Corte, abraçados para cantar sobre a Sony, gritando: “Lute, Michael, lute!”.
Os fãs acreditavam que a companhia queria destruir a imagem pública do pop star, resultado da ganância corporativa – não só alimentou o tribunal de Santa Maria – mas também estavam por trás de outros jovens e suas famílias que o acusavam.
Para registro, transcrições secretas de fitas gravadas – algumas estavam datadas de 1987 – insinuações de condutas duvidosas feitas por várias pessoas que fizeram denúncias contra Michael no passado. Muitas das fitas correspondiam à transcrições que agora ajudavam o Governo Federal dos Estados Unidos a exigir um caso federal contra Antony Pellicano, o investigador particular das estrelas, a quem o time de Michael Jackson uma vez contratou para descobrir a verdade sobre a família Chandler.
Quanto a Michael, a estrela pop tinha sido alvo das alegações e das exigências de seus conspiradores, sendo parte de uma tentativa de recuperação do controle do vasto catálogo de musicas da Sony/ATV – que incluía as canções de Elvis Presley e dos Beatles. Jackson aparentemente fez uma referência de uma conspiração que a Vanish Fair relatou apenas dias antes do veredicto em Santa Maria. A revista zombou da crença que Michael Jackson tinha de que seus acusadores e suas famílias estavam sendo pagos por seus “inimigos” que queriam dominar o catálogo de músicas da Sony/ATV. O artigo caçoava de Jackson, que acreditava que o presidente da gravadora Sony, Tommy Mottola e o promotor Tom Sneddon eram seus “principais conspiradores”.
Com tudo isso, o advogado de Michael, Tom Mereseau, tinha que se manter neutro em alguns momentos. Ao término, Mereseau não tinha evidências suficientes para provar que Jackson havia sido vitima de uma conspiração. Os advogados de defesa concordaram a possibilidade de uma conspiração subconsciente entre a Sony e Tom Sneddon.
O que Michael dizia sobre uma conspiração fazia total sentido, mas eu tinha evidências disso. Mereseau confidenciou que, se Michael tivesse ido parar atrás das grades, como ele se defenderia de todos esses processos e o catálogo de propriedade de toda essa banalidade? A Sony tinha muito a ganhar se houvesse uma condenação e Sneddon ganharia um status de celebridade. As pessoas não divulgavam a verdade dos fatos sobre a conspiração. Eles poderiam se ajudar mutuamente, já que tinham um interesse em comum.
Ironicamente, se existia uma conspiração contra Jackson, talvez ela estivesse sendo liderada por seus ex-empregados e agentes pessoais, alimentados por hóspedes incomuns que possuíam reações egoístas e à quem pouco significavam as lágrimas de Jackson.
Como Michael Jackson era, talvez, a pessoa mais famosa de todas em face de um delito grave. Várias autoridades necessitavam abrir a excêntrica vida de Jackson para investigação pública. O DA de Santa Barbara teve prazer de envergonhá-lo.
Por razões óbvias, o Rei do Pop fez pouquíssimas declarações e entrevistas sobre seu julgamento. No início, Michael transmitiu via internet uma declaração sobre sua inocência. Convidou Geraldo Rivera para ir à Neverland para que fosse gravado um depoimento seu e depois a entrevistá-lo para a transmissão pela Fox News. Geraldo ainda insinuou que Jackson estava sendo usado como parte de um jogo pelo DA de Santa Barbara – não foi bem recebido pela imprensa. Durante o julgamento, Jackson falou com seus fãs através de rádios em poucas ocasiões, mas para a maioria, a estrela pop deixou de falar à imprensa, fazendo uma singela exceção ao seu amigo e conselheiro espiritual, o reverendo, Jesse Jackson.
Certa vez, numa transmissão de um programa de rádio, que foi ao ar num domingo de Páscoa em 2005, Michael disse ao reverendo Jackson: “Eu sou totalmente inocente, isso é completamente injusto”.
Jackson deu a entender que fora vítima de racismo, afirmou que era um de muitos astros negros que se tornaram vítimas. Michael disse que encontrou forças nos exemplos de Nelson Mandela e Muhammad Ali. O cantor ainda falou que se sentia discriminado por ser uma pessoa de cor. Quando Jesse Jackson perguntou sobre a possibilidade de a Sony estar conspirando, que tinha mascarado muita coisa nas alegações no tribunal, Michael teve muito pouco a dizer. O reverendo Jackson lhe perguntou detalhes exatos do que estava no catálogo Sony/ATV, mas Michael preferiu não se aprofundar nesse assunto.
Então, Jesse tentou obter informações sobre os problemas adjacentes entre a Sony e o ícone do pop, mas Michael estava visivelmente receoso pra discutir o assunto. Quando perguntado sobre os esforços de guerra para terminar o catálogo da Sony, Michael foi cuidadoso e disse apenas duas frases sobre assunto: “É muito valioso, vale muito dinheiro, e uma grande batalha se inicia por ele. Não posso comentar muito, é uma grande conspiração e eu sei muito sobre ela”.
Mas alguém da Sony conspirava ou não para arruinar a vida de Michael Jackson (e não havendo evidência alguma nesse sentido), realmente não era esse o interesse de Tom Mereseau no caso do tribunal. Mereseau tinha certeza sobre todo o andamento do julgamento que estava lidando, aquele grupo de pessoas que atuavam num plano em comum, uma conspiração pra destruir a imagem de Michel Jackson.
Era a essas pessoas que Mereseau provaria que estavam longe de conseguir ganhar alguma espécie de fama ou fortuna com Michael sendo seu brinquedo. Tendo tomado a decisão de lutar, de uma vez por todas, contra Tom Sneddon e seu escritório. Mereseau foi a primeira pessoa que viu o jogo por trás das máscaras. Ele veio a considerar todo o caso contra Jackson por realmente ser uma conspiração.
Segundo Mereseau, as acusações da família foram feitas em conjunto a Tom Sneddon e sob o incentivo de alguns membros da imprensa que se empenhavam num ambicioso plano de trazer Michael Jackson aos seus pés. O advogado Mereseau, que tem um longo histórico na justiça civil da comunidade afro-americana, confidenciou que, quando conheceu as provas, quando se sentou e estudou as milhares de páginas de descobertas, esteve apto a tirar sua conclusões.
A imprensa estava basicamente dizendo: “Você não pode vencer o caso, não há esperança”. “Para ser honesto, eu realmente não me importava com o que eles diziam”, confidenciou Mereseau. Ele estudou as evidências, como sempre faz, e tomou conhecimento de seu cliente. “Vi que era um caso viável e também decidi que nós conseguiríamos um julgamento justo em Santa Maria”.
Os funcionários públicos nunca consideraram a possibilidade de muitos cidadãos de Santa Maria terem uma visão positiva de Michael Jackson. Alguns moradores confidenciaram a Mereseau que sentiam que Tom Sneddon fazia uma séria vingança contra a estrela pop, ainda que o promotor persistisse em negar isso. Os residentes de Santa Maria sentiam que Jackson era um grande e ativo membro da comunidade, expressando positivamente o caso, ainda sem a permissão das câmeras no interior da Corte, com tendências de mostrar apenas um caminho ao público estando longe do alcance um senso sobre o tribunal – a possibilidade de difamação era inevitável.
Num sensacional julgamento, 135 testemunhas depuseram. Elas variavam de amigos e crianças-astros próximas de Jackson a especialistas do CSI contratados. A quantidade de pessoas que testemunharam foi o suficiente pra confundir mentes. Muito dinheiro estava sendo gasto nos esforços pra tirar detalhes microscópicos sobre a vida de Jackson. Tudo o que ele possuía era questionado – todos os livros, todas as peças de arte, todos os itens do seu guarda roupa. Tudo era objeto de investigação pública.
Até o momento, todas as provas foram apresentadas, as pessoas tinham evidências de que Michael era diferente – que ele conduzia sua vida de maneira que ninguém poderia imaginaria ser possível. Mais do que nunca, o povo viu que Jackson vivia em um mundo de sonhos criado por ele mesmo. O júri soube também que o cantor confiava demais nas pessoas. Entre os detalhes, os jurados se chocaram ao descobrir que Jackson tinha assinado uma procuração para consultores alemães aparentemente sem entender as possíveis consequências de suas ações infantis.
Para o mundo lá fora, notícias divulgavam pessoas que acreditavam que Neverland de Michael Jackson era uma armadilha feita para atrair crianças através de jogos sinistros. De qualquer forma, dentro da sala do júri, onde os fatos realmente contavam, eles viram nosso ícone pop em suas próprias declarações gravadas em particular, o que convenceu os jurados de que Jackson era um inocente peão.


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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones – cap 3

Mensagem por sissi Qua 13 Jun 2012 - 10:37

“SHAKE IT, SHAKE IT, BABY”

“MEXA-SE, MEXA-SE, GAROTA”

Quando o julgamento começou, Michael, vestindo um terno branco com uma braceleira dourada, acenava e fazia o sinal da vitória para a multidão que o aplaudia calorosamente do lado de fora da Corte. Jackson possuía uma lista de celebridades que seriam potenciais testemunhas: Elizabeth Taylor, Macaulay Culkin, Stevie Wonder, Larry King, entre outros. A imprensa – com todas as suas redes de TV, revistas e jornais como New York Time e USA Today, se espremendo para conseguir os melhores ângulos e lutando por uma palavra de Jackson -, queria um comentário sobre como a estrela pop se sentia.

Todos queriam algum relato novo sobre Jackson, e, embora a mídia ansiasse pelo desfile de celebridades que ocorreria nos próximos meses, o maior foco estava em Michael. A imprensa esperava que ele agisse escandalosamente, dançasse em cima de seu SUV preto, dissesse algo louco que gerasse mais fofocas tabloidianas.

A NBC Network e seus canais de TV a cabo tinham construído uma plataforma de 146 metros para manter sua gigante equipe de repórteres, produtores e câmeras-men. Já a CNN contava com uma elaborada plataforma de mais de 2 metros na Rua Miller – localizada do outro lado da Corte -, dando-lhes uma ótima visão aérea do espetáculo de Jackson. O resto dos 2.200 credenciados da imprensa – incluindo repórteres das redes Fox, ABC e CBS – fazia suas transmissões de barracas improvisadas que ficavam nos arredores da Suprema Corte de Santa Maria, devidamente contidos por um cordão de isolamento. Em torno da imprensa havia um esquadrão anti-bombas e um verdadeiro arsenal escondido em carros da polícia – embora ninguém falasse muito sobre isso.

Os membros da mídia estavam se especializando em observar cada movimento de Michael, mas sabiam que ele estava especialmente calmo sentado à mesa da defesa. Pela expressão de certas pessoas, no geral, a imprensa pareceu desapontada ao ver um educado e relaxado Rei do Pop naquela ocasião. E completamente preparado para a primeira avaliação dos jurados.

Pela manhã, 170 pessoas tiveram sua atenção focada em Jackson e em seus quatro representantes legais. Michael sorriu para o grupo de professores, treinadores de futebol e estudantes – gente representando o “todo americano”, olhando com um grande interesse para o Rei do Pop. Ali estavam cidadãos comuns com suas famílias, que se encontravam na estranha posição de analisar Jackson não como uma estrela Pop, e sim como um possível criminoso. Ninguém esperava ver um dos clipes de Michael naquele tribunal, muito menos vislumbrar por um momento sua dança robótica; eles não estavam ali para isso.

Com a escolha do júri em andamento, muitos cidadãos apresentaram as mais variadas desculpas ao alegarem não dispor de tempo suficiente para a participação num caso que duraria 5 meses. Isto deixou o Juiz Melville irritado e o obrigou a fazer o seguinte pronunciamento: “A liberdade não é gratuita. O dever do júri é uma parte do custo da liberdade”.

No tribunal, Michael, o artista, não tinha nada a fazer senão se sentar calmamente e acompanhar com um olhar firme o decorrer do processo. As pessoas que tentavam se isentar do dever jurídico olhavam para o pop star ao se aproximarem da tribuna, estudando curiosamente o rosto de Jackson, como se estivessem tentando descobrir se ele era real. Conforme os selecionados iam narrando suas razões pessoais que os impediam de participar de um júri naquele momento, o tribunal se tornou um lugar monótono – o brilho de Jackson tinha ido embora.

Mas já que o resultado do caso é pensado desde a escolha dos jurados, os dois lados – acusação e defesa – estavam lutando e cada um tinha seu respectivo consultor de júri pronto para “atacar” certos tipos de jurados. Tanto a defesa quanto a acusação consideravam: o potencial de discrição do júri e se as pessoas estavam dispostas a participar do caso por razões tendenciosas ou financeiras.

Nos últimos dias de escolha do júri, os cidadãos que restaram pareciam intolerantes, já que, como a quantidade de possíveis jurados fora reduzida, cada pessoa era individual e minuciosamente entrevistada, sendo indicada a divulgar informações sobre sua vida e a responder se achava que poderia ser justa no julgamento e na aplicação da lei; também foram questionadas suas experiências pessoais com acusações criminais.

Enquanto isso, a imprensa debochava de Jackson ao fazer piada dos esforços que sua equipe de defesa deveria ter para selecionar um júri que favorecesse o cantor. Diziam que Michael e seus advogados teriam que encontrar 12 pessoas que vivessem em parques de diversões, que gastassem milhões de dólares em compras, e que mudassem sua aparência frequentemente – algo impossível de se conseguir. Embora estivessem lá diferentes repórteres e comentaristas, todos concordavam em um ponto: o júri não poderia ser composto de fãs de Michael Jackson. Para tornar o julgamento justo, a acusação se esforçava para eliminar fãs de Jackson do júri.
Sendo os jurados selecionados, a acusação parecia ter as cartas à seu favor. Não apenas os fãs de Michael haviam sido eliminados como também, por causa da demografia da cidade de Santa Maria – que era composta principalmente por caucasianos e latinos -, era mínima a probabilidade de sequer um afro-americano fazer parte do júri. A pequena Santa Maria, com seus 82 mil habitantes, era uma comunidade homogeneizada, um lugar que poderia ser “qualquer outro lugar dos Estados Unidos”. Com sua variedade de lojas, desde a “Toys R” e Applebee à Home Depot, parecia ser uma típica e isolada cidade suburbana.

Como foi considerado um grande desafio encontrar um júri adequado para o caso, Tom Mesereau teve que passar um tempo em Santa Maria antes do julgamento. Vestido com calça jeans e uma camisa casual, Mesereau sentava-se sozinho em alguns dos poços de água da cidade e conversava naturalmente com os moradores, lhes perguntando o que achavam do caso.

Mesereau tinha se tornado uma atração para o povo daquela cidade.
Enquanto batia papo com cidadãos, o advogado de defesa tinha a nítida impressão de que o povo de Santa Maria gostava de ter Michael Jackson como vizinho. Muitas pessoas o disseram que o cantor era considerado uma boa e agradável pessoa, e que quando ele foi morar naquela comunidade, foi algo bom para todos, especialmente para os mais criativos. Os moradores de Santa Maria pareciam ver Michael como um cara muito decente e honesto.

“Eles eram sempre brancos, caucasianos ou latinos. Acho que não vi um só negro em algum restaurante ou bar”, lembrou Mesereau. “Embora as pessoas de lá fossem muito conservadoras, conheciam bastante a lei. Pensavam que a mídia não iria relatar corretamente a sua independência. Eram pessoas que pareciam liberais, de certa forma”.

No final de tudo, Mesereau não se importava em ter um júri “pró-Jackson”, ele só queria jurados que tivessem uma mente aberta e justa. Quando foi à Santa Martinha ia, muito antes da seleção do júri começar, o advogado soube que Tom Sneddon “não era necessariamente confiável” para os habitantes da cidade.

“Parecia haver um forte sentimento de que Tom Sneddon estava se vingando de Michael Jackson, que poderia obscurecer o seu julgamento e imagem”, confidenciou Mesereau, “A palavra vingança foi muito usada. Eu senti que, quando a verdade viesse à tona, o júri saberia que Michael tem feito muito para promover causas de crianças de todo o mundo. Senti que quando soubessem sobre o sincero desejo de Michael de ajudar crianças necessitadas, as pessoas seriam muito receptivas.”.

Dias passaram-se e o júri estava quase completo, o julgamento prestes a começar. Ambos os lados estudaram as expressões faciais dos potenciais jurados e avaliaram cuidadosamente suas experiências pessoais. Mesereau, por exemplo, perguntou-lhes se acreditavam que crianças pudessem ser manipuladas por seus pais a mentir.

Potenciais jurados foram dispensados pela defesa, incluindo uma professora que lidava com problemas emocionais e tinha dificuldade de aprendizagem, e um homem que, por ser pesquisador de uma universidade, disse achar que réus num julgamento de alto perfil social “poderiam ter maiores chances de serem absolvidos” do que pessoas com menos prestígio. Já o promotor rejeitou uma ex-oficial de atendimento escolar que disse ter sido multada injustamente pelo patrulhamento de tráfico da Califórnia por excesso de velocidade, no entanto, as dispensas esquentaram quando a acusação rejeitou duas potenciais juradas afro-americanas. De todos os 240 candidatos, apenas 6 eram negros. Para Mesereau, a ideia de que a bancada não poderia ter um único jurado afro-americano tornou-se uma impressionante realidade.

“Senti que os promotores eram muito pobres de espírito quando se tratava da disputa”, diz Mesereau, “Eles acharam que a defesa estava desesperada por um jurado negro para pendurar o júri. Na minha opinião, eles foram muito arrogantes ao acreditarem que não poderiam perder esse caso. Enquanto selecionávamos o júri, duas mulheres afro-americanas foram dispensadas e eu decidi me aproximar da tribuna, fazendo objeções constitucionais, alegando que aquelas mulheres estavam sendo rejeitadas por causa de sua raça. Mas o juiz anulou as minhas objeções”.

Mesereau teria gostado muito de ter um negro na bancada do júri, mas o advogado de defesa sentiu que aquilo não seria realmente necessário. A disputa era algo que sempre o preocupava, já que Mesereau tinha dado uma grande força à comunidade afro-americana. No entanto, ele não estava procurando um jurado negro para ajudar o seu lado no caso. O que o advogado queria era uma vitória completa, e quando aceitou ter um júri sem um jurado afro-americano, sentiu que aquilo era uma espécie de blefe de Tom Sneddon.

“Perguntar sobre um afro-americano no júri?”, Mesereau explica, “Eu não queria discutir essa questão naquele julgamento, porque sinto que Michael transcende as raças. Quando descobri o tipo de pessoa que Michael era, quando aprendi sobre a sua vida e seu mundo, concluí que ele tem uma qualidade muito rara, que é a de unir pessoas de todas as raças. Se você olhar para o pátio de sua casa, verá crianças de todos os continentes, de todas as cores e religiões vestindo seus trajes típicos.”.

Com o início do julgamento, o júri se tornou um grupo coeso de pessoas de diferentes raças, que se protegiam uns aos outros enquanto trabalhavam secretamente à sua maneira, passando por uma debandada de fãs e pela fúria da imprensa. Eles eram um grupo de 8 mulheres e 4 homens juntos à 8 jurados substitutos que assistiam ao julgamento – neste grupo de substitutos, estava incluído um jovem afro-americano. Era este pequeno número de cidadãos americanos que iria decidir a verdade por trás daquelas acusações feitas contra Michael Jackson. Muito se esperava deles e ninguém estava certo se este punhado de pessoas seria capaz de ser justo.

“As pessoas do meio de comunicação eram demasiadamente míopes ao mostrarem o seu ponto de vista em relação à este júri”, disse Mesereau, “A mídia ficava se perguntando: „Como é que estes jurados vão julgar Michael Jackson?‟. Mas eles nunca questionavam: „Como é que estes jurados vão julgar esta família de acusadores?‟”.

Voltando ao caso, o júri observou seriamente a família do acusador.
Mais tarde, quando uma breve conferência de imprensa foi feita após o veredicto, alguns dos jurados admitiram que a mãe de Gavin Arvizo, Janet, era uma testemunha-chave no caso de conspiração contra Michael, simplesmente não podia ser acreditada.
A jurada número 8, mãe de quatro filhos, deu a entender que a conduta de Janet Arvizo foi desnecessária. A jurada pareceu concordar com a imagem que a defesa fazia de Janet: uma vigarista que educou seus filhos para “arrecadarem dinheiro”. A jurada de 42 anos relatou à imprensa que questionou os valores de Janet Arvizo, afirmando: “Eu não gostaria que nenhum dos meus filhos mentisse para seu próprio ganho” em relação à viagem que ela e seus filhos fariam ao Brasil.

“Sobre a alegação da acusação de que Neverland era uma ilusão, uma espécie de armadilha monstruosa preparada por um pedófilo, eu achei ridículo, e nos a refutamos ao longo do julgamento”, Mesereau insistiu. “No final, as pessoas que se preocupam com crianças, que estão interessadas em ajudá-las, descobririam a verdade sobre Michael Jackson e saberiam que seus motivos eram muito nobres, honestos”.

Numa segunda-feira, dia 28 de fevereiro de 2005, as declarações iniciais começaram. Pela primeira vez, o juiz Melville leu as dez acusações contra o Sr. Jackson, que incluíam quatro acusações de abuso sexual infantil, quatro acusações de administração de álcool na intenção de cometer um crime, uma acusação de tentativa de abuso sexual e outra de conspiração. Cada lado apresentou seus argumentos, o duelo de imagens de Michael Jackson emergiu. A acusação começou chamando Jackson de predador sexual: já a defesa argumentou que Jackson fora presa fácil. Ambos os lados revelavam detalhes e inconsistências sobre o caso e, por fim, os jurados quiseram ouvir duas versões completamente contraditórias sobre o que alegavam ter acontecido na primavera de 2003 em Neverland, o rancho de Michael Jackson.

Cada lado foi ousado e descarado em suas reivindicações e cada um tentou fazer com que o caso parecesse plausível. O promotor queria que as pessoas acreditassem que Michael Jackson era um homem ruim, que tinha uma agenda sexual por trás de sua relação com as crianças Arvizo. Já a equipe de defesa queria mostrar como Jackson havia se tornado uma vítima de quase todos ao seu redor, para alegar que famílias como a dos Arvizos, de quem Michael era amigo, sempre viravam dissimuladas. A defesa argumentava que eram poucas as pessoas em quem o pop star podia realmente confiar, insistindo que a maioria daqueles que ganharam sua confiança outrora só queria o dinheiro ou um pouco da fama de Jackson.

Quando começou seu discurso de abertura, Tom Sneddon fez de tudo para apresentar Michael como um pedófilo que orquestrara uma elaborada conspiração, usando astutamente a sua fama para conquistar o amigo, Gavin Arvizo, em Neverland, onde Jackson supostamente ofereceu álcool – sob o nome de “suco de Jesus” ao garoto de 13 anos a fim de molestá-lo.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Re: Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

Mensagem por sissi Qui 14 Jun 2012 - 8:53

O experiente promotor ainda contou que Michael conheceu Gavin Arvizo em 2000, quando o menino sofria de um agressivo câncer, dizendo aos jurados que foi durante a primeira visita de Gavin à Neverland que Michael Jackson mostrou pela primeira vez imagens pornográficas de mulheres ao garoto – que tinha 10 anos, na época – e a seu irmão mais novo, Star Arvizo.

Sneddon afirmou que nada de sexual ocorreu nesta primeira visita, mas o promotor estava tentando mostrar que existiu um padrão de “aliciamento”.
Tom Sneddon mostrou gráfica e detalhadamente os supostos atos de abuso sexual, fazendo com que alguns dos jurados parecessem desconfortáveis. Algumas pessoas lançaram um olhar de desaprovação a Jackson quando o promotor disse que o cantor mostrou aos meninos Arvizos sites de conteúdo adulto.

Entre outras coisas, Jackson foi acusado de fazer na frente dos garotos: uma simulação de sexo com um manequim infantil, saindo nu do banheiro e dizendo a eles para não terem medo de nudez porque “é natural”.
Em pé no pódio, em frente ao júri, Sneddon deu claramente a sua opinião sobre Michael: “Ao invés de ler Peter Pan, Jackson está mostrando a eles revistas de conteúdo sexual. Ao invés de biscoitos e leite, você pode substituir por vinho, vodka e uísque”.

Como o promotor começou a apresentar sua teoria sobre uma suposta conspiração, o tribunal ouviu gritos em resposta vindos por trás do microfone do pódio. Sneddon parecia jogado fora do curso por um momento, mas passou a descrever uma teoria de conspiração bem elaborada, a qual ele mesmo admitiu ser “difícil de seguir”.

Sneddon disse aos jurados que o documentário do jornalista Martin Bashir, no qual Gavin foi mostrado com Michael Jackson enquanto o Rei do Pop falava sobre compartilhar a cama com ele e o irmão, criou uma “tempestade” que ameaçava a carreira do cantor, fazendo com que Jackson arquitetasse uma conspiração para sequestrar e extorquir a família Arvizo.

“O mundo de Michael Jackson foi abalado. Não pelo abalado no sentido musical, mas que bombou no sentido da vida real”, insistiu Sneddon.
O promotor afirmou ainda que Living With Michael Jackson levou Michael e seus “colegas de trabalho” a conspirarem para prender Gavin e sua família no rancho Neverland, assegurando que Jackson tentou forçar o clã Arvizo a fazer um vídeo para o documentário-resposta como um rebate ao de Bashir.

De acordo com Sneddon, a conspiração implicava em levar os Arvizos para Miami, onde supostamente uma conferência de imprensa seria feita – o que nunca aconteceu -, e também em obrigar a mãe de Gavin a assinar uma folha de papel em branco que mais tarde seria usada por Jackson num termo civil contra a Granada TV – a rede que produziu o documentário de Bashir. (O processo contra a Granada TV teria sido resolvido algum tempo após o término do julgamento criminal). Além disso, o promotor disse aos jurados que um dos companheiros de Michael tinha pegado Gavin e Star Arvizo na escola, supostamente planejando mandar as crianças junto com sua mãe para o Brasil.

Mesmo a teoria soando imensamente maluca, o que se destacou como a parte mais bizarra da alegação foi a linha que Sneddon apresentou sobre o momento do alegado abuso. O promotor afirmou que Gavin e Star Arvizo disseram que os supostos atos de abuso ocorreram depois de o documentário de Bashir ter ido ao ar, após a viagem para Miami e também após a gravação do documentário-resposta ter sido filmada para a Fox. Em outras palavras, os Arvizos estavam acusando Jackson de realizar atos obscenos com uma criança não no momento em que Bashir gravava o seu documentário em 2002, mas sim de agir de forma inadequada em 2003, semanas após Living With Michael Jackson ter sido exibido, no período em que Michael e seu pessoal lançavam uma campanha para combater a visão distorcida que Bashir havia apresentado sobre o Rei do Pop.
Parecia estranho.

Tom Mesereau, no início de seu discurso de abertura, atacou duramente a teoria de Sneddon, dizendo aos jurados: “Essas acusações são fictícias. Elas são falsas, nunca aconteceram”.

Como Mesereau avisou, ele assumiu o controle no tribunal, prometendo que provaria que todas aquelas alegações contra Michael eram falsas e que a mãe do menino já havia inventado outras acusações semelhantes várias vezes. O advogado de defesa ainda disse ao júri que Janet “Jackson” Arvizo, além de alegar anteriormente ter sido abusada sexualmente num processo contra a loja JC Penney, também recebia cheques da Previdência Social de forma ilegal e não havia mencionado as grandes somas de dinheiro doado para as despesas médicas de seu filho.

Todos ficaram de sobrancelhas levantadas quando Mesereau afirmou aos jurados que Janet Arvizo tinha solicitado doações de celebridades como Adam Sandler, Mike Tyson e Jim Carrey, sabendo o tempo todo que o seguro de seu ex-marido pagaria o tratamento completo de Gavin. O advogado de defesa detalhava o estranho encontro que o clã Arvizo tivera com Chris Tucker, Jay Leno e George Lopez, prometendo produzir testemunhos que mostrariam como Michael Jackson se tornara o alvo principal dos Arvizos.

“Vamos provar a vocês que as celebridades mais conhecidas são as mais vulneráveis. Michael Jackson se tornou a marca”, disse Mesereau aos jurados, “As alegações de abuso sexual começaram a se formar depois que os Arvizos viram que era impossível ganhar dinheiro em cima dos documentários de Martin Bashir e o de refutação que eles fizeram em louvor de Jackson”.

Mesereau também prometeu ao júri que eles iriam ouvir Michael Jackson por ele mesmo, insinuando que o pop star poderia assumir o posto a fim de provar a falsidade criada pelo documentário de Bashir.
“Bashir quis ser escandaloso e queria, principalmente, ficar rico”, falou Mesereau aos jurados, alegando que mostraria partes da entrevista de Jackson não mostradas no documentário pelo jornalista britânico, as quais poderiam limpar o nome e a imagem do cantor.

“Neverland não é um paraíso de atividades criminais, muito menos uma isca feita para se cometer abuso sexual, como foi caracterizada pela acusação. É um lugar como a Disneylândia”, o advogado insistiu, “É um lugar para crianças carentes e doentes terem um dia de diversão”.

Mesereau explicou que, a pedido de sua mãe, Gavin, Star e Davellin Arvizo tinham ali visto um novo pai, Michael Jackson, como o homem que transformaria seus sonhos em realidade. Tom Mesereau apontou que a família foi passar férias no rancho, desfrutando de roupas novas, presentes e todas as despesas pagas por Michael. O advogado insinuou que os Arvizos não queriam perder seu bilhete premiado. “Como uma forma de se manterem presentes na vida de Michael…”, Mesereau disse aos jurados, “… as crianças Arvizo o chamavam de „papai Michael‟”.

Em sua primeira viagem à Neverland, o irmão de Gavin, Star, escrevera uma nota agradecendo à Michael pelo “tempo de uma vida”. Davellin, a irmã mais velha do acusador, havia escrito uma carta, dizendo: “Você ajudou muito o meu irmão. Sem você, eu não sei onde estaríamos. Você é tão carinhoso e amoroso. Eu te amo com todo o meu coração”.

Como Mesereau falou, os jurados descobriram que Michael tinha dado à família Arvizo um carro, um computador e vários outros presentes com a intenção de tornar um pouco mais fácil a vida deles. Além de o fato de o cantor ter permitido que as crianças Arvizo visitassem Neverland em ocasiões em que Michael se encontrava longe do rancho – qualquer coisa para pôr um sorriso no rosto do jovem Gavin. Michael tinha esperanças de que era capaz de ajudá-lo a se curar.

Entre outras coisas, o júri soube que, durante anos, Michael, junto com outras celebridades, tentou ajudar a família Arvizo mantendo unidades de sangue, organizando eventos beneficentes, fazendo tudo possível para curar Gavin de um tipo misterioso de câncer. Mais do que qualquer outro artista que tentaram ajudar o clã Arvizo, Michael Jackson abriu sua casa e seu coração a esta família num momento crítico de suas vidas. Para esta família de carentes crianças latino-americanas, o pop star tornou-se uma salvação.
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Mensagem por Danisinha Qui 14 Jun 2012 - 17:35

Uau, quanto mais fundo se vai, mais se vê o quanto tentaram armar para pegar Michael. Quem nao vê que tudo nao passava de uma armação do capeta do Tom snedon? Vontade de esganar esse filho da mãe... aaffffff Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO 102480 Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO 738197 Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO 110276
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones-cap 4

Mensagem por sissi Sex 15 Jun 2012 - 8:14

“I WANNA BE WHERE YOU ARE”
“EU QUERO ESTAR ONDE VOCÊ ESTIVER”

Na manhã seguinte, Mesereau falou aos jurados que provaria a eles, por meio de testemunhos de empregados e visitantes de Neverland, que as crianças Arvizo ficavam fora de controle quando estavam no rancho de Michael. O advogado queria deixar claro que a alegação de consumo de álcool não estava sozinha. Ele queria fazer com que o júri compreendesse a natureza das acusações: o promotor Tom Sneddon estava sustentando a ideia de que Michael Jackson tinha dado álcool aos garotos sendo estes menores de idade, especialmente com a finalidade de molestar Gavin, uma jovem vítima do câncer.

“As alegações de abuso estão diretamente ligadas às acusações de álcool”, explicava Mesereau, “Uma não existia sem a outra. E o Sr. Jackson as nega absolutamente”.
Mesereau detalhou o comportamento dos garotos Arvizo em Neverland, dizendo aos jurados que eles invadiam a adega e foram pegos bebendo vinho sozinhos, explicando que Michael não estava presente nesta ocasião e não sabia de nada. O advogado também falou que os meninos foram apanhados invadindo a geladeira, bebendo álcool na cozinha e roubando vinho de um armário de bebidas.

Tom Mesereau continuou a descrever o comportamento das crianças. À princípio eles pareciam bem comportados, no entanto, com o passar do tempo, os garotos mudaram radicalmente. Mesereau deu exemplos disso falando sobre as áreas de diversão de Neverland e como um empregado que tomava conta destas ficou “chocado e horrorizado” ao descobrir que os Arvizo haviam memorizado os códigos dos brinquedos, subido no topo da roda gigante e jogado coisas nas pessoas e nos elefantes.
“Nós provamos que eles também fizeram o mesmo com várias outras senhas da casa. Eles (os garotos Arvizo) encontraram de alguma forma um modo de vagar à vontade pelo rancho, até mesmo quando o Sr. Jackson não estava na cidade”, disse Mesereau, “Eles foram pegos em seus quartos. Testemunhas falaram que eles ficavam descontrolados”.

Quando o advogado de defesa fez referência a “revistas sensuais” encontradas na casa de Jackson, admitiu livremente que o cantor lia de vez em quando as edições da Playboy e da Hustler e que pedia à um de seus empregados pessoais para comprar uma em algum estabelecimento comercial, porém, negou absolutamente mostrá-las às crianças. Na realidade, Mesereau disse que as revistas que Sneddon mencionara na sua declaração de abertura estavam de fato escondidas atrás de um armário.
“O Sr. Jackson contou que pegou as crianças com essas revistas e tomou a pasta deles”, insistiu Mesereau.

O advogado enfatizava o quanto Michael era querido por ter recusado ganhar dinheiro por sua participação em Living With Michael Jackson. As negociações entre Jackson e Bashir especificavam que qualquer lucro com o projeto entraria como caridade para a Inglaterra. Na realidade, Jackson e Bashir tinham falado que aproximadamente 250.000 libras iriam para a caridade.

Esta caridosa doação, de acordo com os advogados de Jackson, era a razão de o cantor ter concordado em fazer o documentário. Para tirar a imagem de que, no passado, o Rei do Pop fizera “declarações” se engrandecendo ou ficando no comodismo. Isso certamente não seria parte do caso com Bashir. Michael se empenhou em abrir as portas de sua casa para o jornalista, se baseando totalmente na ideia de produzir um filme que ajudaria crianças de todo o mundo – o que Bashir também prometeu. Mesereau mostra que Jackson acreditava tão sinceramente em Martin Bashir que não via necessidade nenhuma em negociar com o desconhecido jornalista britânico. Michael estava muito confiante. Ele não sentia necessidade alguma de intermediários que o ajudassem em encontros ou para cumprir horários ou preços.

“Michael acreditava que o Sr. Bashir o apresentaria sob uma luz de honra e honestidade”, Mesereau acrescentou, “O que não aconteceu”.
“Nós provaremos a vocês que Jackson, por causa de sua presença na indústria mundial de música, continua atraindo pessoas que visam lucros”, o advogado disse ao júri, “Nós provaremos a vocês que isso cria um problema em sua vida e aqui está este problema: o Sr. Jackson é um artista. Ele é chamado de gênio musical. Ele é uma pessoa altamente criativa que dança batidas de diferentes bateristas”.

“O Sr. Bashir ficou surpreso quando Michael o disse: „Eu tenho uma árvore em minha propriedade e, há muito tempo, subo nela sozinho, sento e fico lá, imóvel e medito. É muito frequente. Deus me dá lampejos de criatividade que eu preciso para trabalhar e me superar”.

“Vamos provar a vocês…”, Mesereau continuou a dizer, “Que o Sr. Jackson, muitas vezes, acorda às 3 da manhã em Neverland. Ele sai de sua casa, sozinho, e vai andar sob as estrelas, sob a lua, sob o céu. Ele medita da sua própria maneira, esperando que as ideias e as inspirações cheguem”.

O primeiro dia de testemunhos começara. Michael, como um general militar, vestia um terno com uma braçadeira dourada sobre um colete vermelho com detalhes também dourados, manteve-se em silêncio atrás da mesa da defesa. Michael permaneceu o tempo todo em silêncio. De alguma forma, ele comandou algumas pessoas com esse silêncio. Sua mãe, Katherine, e seu irmão, Jackie, eram os únicos membros da família que o acompanharam naquela manhã, e, quando Michael chegou à mesa da defesa, Katherine se aproximou e puxou um fio solto do terno do filho. A Sra. Jackson era a essência da graça sob toda aquela pressão.

Como fazia diariamente, Michael sorriu para os jurados enquanto guardava seus óculos de armação de arame que o faziam parecer mais sério e maduro. Pouco antes de a sessão começar, a sala do tribunal estava aos sussurros. A mídia, que adorava tagarelar coisas obscuras enquanto procurava novas razões para atormentar o Rei do Pop, mostrava um Michael excessivamente maquiado. As pessoas da imprensa falavam dele como se fosse um palhaço, perto, em volta ou longe de Michael, até mesmo dentro da Corte, onde as coisas eram reais e sérias; mas as ações de Jackson não davam razão alguma para que os repórteres dissessem que ele era um maluco ou que representava toda a negatividade que as pessoas esperavam dele.

Comentavam sobre o seu tom de pele, desejavam saber sobre o vitiligo de Michael e as condições que resultaram na perda da pigmentação de sua pele. Mas alguns estavam certos de que Jackson escolhera mudar de cor. Algumas pessoas pareciam irritadas com o fato de o cantor nunca ter admitido aquilo, e achavam certo julgá-los por isso.

Só que o próprio Michael pensava já ter explicado a condição de sua pele, numa entrevista de TV, comentando a dor que sentiu por ver sua pele totalmente manchada. Porém, as pessoas se recusavam a aceitar a versão de Jackson sobre a doença. Ao invés de enxergarem um ser que transcendeu as raças, muitos americanos pareciam perplexos em relação à cor de Michael e acreditavam que o pop star tinha clareado sua pele por sua própria vontade.

Gary Coleman, um antigo ator de TV que estava do lado de fora da Corte, comentou o caso para um programa de comédia, começando a fazer piadinhas maliciosas sobre Michael. Precocemente, Coleman observou que Michael Jackson tinha, sim, encontrado um júri semelhante à ele: “Ele não é negro desde 1988!”, zombava o ator.

Quando a acusação lançou seu caso principal, a primeira testemunha a ser chamada à bancada foi Martin Bashir. Um jornalista de TV da Inglaterra, que trabalhava para a rede BBC e já estava no ramo há alguns anos. Disse ao júri que, antes de começar no documentário de Jackson, fez um filme sobre “Amantes Satânicos” e havia produzido outro filme de 1 hora de duração sobre um serial killer. Essas foram as tentativas de Bashir para chegar a fama antes de 1995, ano em que ele agarrou uma oportunidade de fazer uma entrevista com a Princesa Diana. Bashir havia produzido um documentário de mais de 1 hora sobre a Princesa que foi ao ar pela ITV, maior rede comercial da Inglaterra.

Quando Bashir entrou na sala do tribunal, Katherine se levantou e saiu do local. Ela não podia ficar no mesmo ambiente com um homem que a enganou tão descaradamente. Embora Katherine tenha voltado para ver parte do documentário sendo exibida, era evidente que a Sra. Jackson estava enojada com todo o conteúdo mostrado pelo jornalista britânico e enfurecida por outra “armadilha da mídia” que ela e seu filho caíram.

Bashir disse ao júri que seu documentário, Living With Michael Jackson, produzido pela Granada Productions, tinha ido ao ar no início de fevereiro de 2003. E o documentário não foi apresentado como evidência do caso, o juiz advertiu o júri que o DVD não estava sendo oferecido como a verdade. Melville explicou que o que se teria dentro do DVD se passaria como indicativo da verdade, aconselhando aos jurados que considerassem o documentário apenas como um boato.

Então, o documentário começou a ser exibido na grande tela da sala do tribunal, o júri e os demais espectadores da Corte foram transportados para um mundo onde viam um “Michael-maior-que-a-vida”. Eles arregalaram os olhos ao observarem Jackson em seu luxuoso espaço, chamado por ele próprio de Neverland. Os observadores estavam sendo cativados pelo Rei do Pop. Todos os presentes naquela sala pulavam, enquanto escutavam as músicas que Bashir usara como plano de fundo. Com as músicas de Michael, a sala do tribunal se encheu, fazendo com que as pessoas se remexessem em suas cadeiras. Alguns dos jurados batiam palmas com as batidas das músicas. E Jackson foi incapaz de ficar parado ao som de suas próprias melodias.

Era como assistir a um filme completo, vendo a peça de Bashir. E, à primeira vista, parecia quase divertido.
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Mensagem por sissi Sáb 16 Jun 2012 - 9:01

O júri assistiu a Michael comentando à Bashir o quanto amava passear em seu parque de diversões. Eles notaram certa intimidade nas entrevistas, uma intimidade de Michael Jackson que nunca ninguém havia visto antes.

Michael estava revelando a sua alma, estava sendo sincero ao dizer porquê gostava tanto de brincar e andar com crianças. Com as imagens dele e Bashir caminhando aos redores do espetacular parque de diversões, Michael falava que acha a roda-gigante um brinquedo relaxante e contou a Bashir que faz, com frequência, passeios noturnos pelo rancho.

No tribunal, o jornalista, que baixou a cabeça ao se sentar na cadeira das testemunhas, parecia relutante em encarar Michael Jackson. Durante a exibição do documentário, para fins práticos, foi permitido a Martin Bashir que se sentasse no meio da multidão do tribunal, e ele parecia zombar do resto da mídia. E nada mais. Bashir parecia exalar um tom de superioridade.
Havia algo a se presumir sobre ele.

A Bashir era astuto e se orgulhava de si próprio.
Com o início da exibição do DVD na sala do tribunal, estava clara a posição do britânico Sr. Bashir, com sua doce voz que escondia suas astuciosas intenções havia fascinado Michael Jackson. Todos assistiram como o jornalista seduzira o pop star. Bashir tinha sido tão cortês, se mostrando tão encantado com o grande talento de Jackson. Para o jornalista, aquilo parecia mais fácil do que tirar doce de criança. Com cada elogio e promessa, ele conseguira obter muitas revelações que o Rei do Pop jamais falara antes. De alguma forma, Bashir havia conseguido a total confiança de Michael – tanto que Jackson não proibira nada previamente.
No fim, Bashir usou Michael para um grande golpe de mídia.

Com a exibição do documentário, os jurados, surpresos, viam as imagens de Neverland. Eles observaram um Michael feliz ao levar Bashir a um passeio pelos 27 mil acres da propriedade, que era conhecida por Neverland. Jackson agia como uma criança, tinha a voz cheia de excitação, contente por passar um tempo brincando em carros de kart e Bashir fez seu jogo, fingindo estar feliz da vida enquanto andava pelo rancho também como uma criança.

Bashir disputou com Jackson, correndo ao longo da pista de kart do rancho… Tudo como uma boa brincadeira – ou assim parecia. E, de repente, Bashir cortou o carro de Michael e o júri ouviu Jackson falar: “Ele trapaceia! Ei, ele está trapaceando!”.

Quão verdadeiras essas palavras soariam!
Bashir queria estar em todos os lugares em que Michael estava e esse acesso a toda vida particular do cantor lhe foi concedido. Mas, como se mostrou, o jornalista fez desse acesso um escárnio para Michael. Ele tratara o pop star com benevolência, mas, vendendo seu documentário à rede americana ABC, Bashir se lançaria numa nova e significativa carreira. Por causa de Living With Michael Jackson, Martin Bashir se tornara um correspondente de horário nobre dos noticiários da ABC, virara um colega de Barbara Walters.

Com o DVD passando continuamente para os jurados, Bashir era parte do centro das atenções; ele tinha um olhar estranho enquanto estava sentado entre as pessoas na sala do tribunal, vendo como seu próprio trabalho seria julgado. O que os jurados iriam notar ao estudarem o documentário de Bashir, vendo o quanto ele reverenciava o pop star, era a isca que o jornalista jogava em cada oportunidade que aparecia. Bashir era um absoluto traidor. Não demorou muito para que os jurados notassem a diferença no tom de sua voz, que ia do doce ao ameaçador.

Enquanto o jornalista brincava e sorria para Jackson, sua voz começava a sugerir em seus comentários que havia algo de errado na vida do cantor, com a obsessão de Michael com seu rosto, com seu relacionamento com crianças. “Como você compõe uma canção?”, perguntava Bashir, “Ensine-me!”, ele pedia para que Jackson o mostrasse como dançava e cantava.
Michael parecia tímido, dizia estar “envergonhado” e não queria se levantar e dançar em frente às câmeras, porém, persuadido por Bashir – que fingira uma curiosidade de aluno -, Jackson concordou em fazer o moonwalk.

Com Michael deslizando sobre a lisa madeira, Martin Bashir fizera uma fraquíssima tentativa de imitá-lo; ele estava jogando sujo, estava jogando com as palavras. Ansiava por tentar deixar o artista confortável e satisfeito. Ficou claro para todos que assistiam ao DVD que Michael gostava de atenção, que gostava de ser tratado como uma pessoa especial. Bashir parecia saber trabalhar com as fraquezas de Jackson e o jornalista o elogiava aos altos dos céus. “Deslize com o calcanhar, não com a ponta dos pés”, dizia Jackson. Era óbvio que Bashir não conseguiria dançar nada.

O jornalista olhava para a dança de Michael por mero interesse, suas câmeras percorriam todo o estúdio do cantor e focaram uma pintura que estava pendurada no alto da parede, em qual Michael aparecia numa figura angelical cercada de querubins de todas as raças e religiões. O foco da gravação era Michael falando como escrevia suas canções, como suas músicas “vinham lá de cima” e Bashir estava tentando fazer com que aquilo parecesse um ego obsessivo do cantor.

Quando os jurados começaram a ver a dimensão da casa de Jackson, enfeitada em toda a parte por castelos, quartos de brinquedos infantis e manequins de tamanho real, alguns pareciam atordoados ao ver a sensibilidade infantil que obscurecia o luxo da casa decorada por Michael, no entanto, eles dançaram ao som do Jackson 5 no começo do documentário. Jackson também se mexia na cadeira quando algumas de suas canções eram tocadas.

Michael falou sobre Neverland: “Eu sou Peter Pan em meu coração”. Explicou que se identificava com o personagem de J.M. Barrie porque ele representava toda a magia e encantamento das crianças. Jackson também dera uma honra à Bashir, mostrando ao jornalista a sua “árvore da sorte”, onde ele costumava escalar e ficar por lá sozinho escrevendo suas músicas. Michael listou várias canções que escrevera naquela árvore, dentre elas Black Or White e Heal The World.

“Venha! Você não quer vir?”, perguntava Jackson a Bashir, “Esse era um grande segredo meu, eu nunca tinha mostrado a minha Árvore da Sorte a ninguém. Você não quer subir?”.

Mas Martin Bashir não queria subir em árvores. Ele parecia que tinha outras coisas com que ele planejava escalar: escadas corporativas e estradas para a fama. Para Bashir, esta sim era uma árvore de dinheiro: oferecer uma visão de Michael Jackson nunca vista antes.

“Você não sobe em árvores?”, perguntava Michael, confuso.
“Não, eu não subo”, respondia Bashir.
“Você ta perdendo!”, dizia-lhe Michael depois de entregar o guarda-chuva a Bashir e escalar a árvore.

Bashir queria saber por que subir em árvores era um dos passatempos favoritos de Michael. Ele desejava saber se Jackson não preferia fazer amor ou um show. Michael pareceu confuso com Bashir questionando seus momentos de alegria e disse ao jornalista nada pode se comparar a um show, mas que subir em árvores e fazer guerra de balões d‟água eram, sim, seus passatempos preferidos.

Martin Bashir não ficara no assunto de passatempos por muito tempo. Ele queria vencer o gênio de Michael, ultrapassar o enfoque de seu dom musical. Bashir queria adentrar em seu mundo privado, e não desperdiçou tempo. Chegou logo a um assunto que faria Michael chorar.

A multidão da sala do tribunal permaneceu em silêncio enquanto Jackson falava sobre a perda da sua infância no documentário. Foi-lhe perguntado como eram as formas de disciplina de seu pai para Michael e seus irmãos. O cantor respondera que eles eram jogados e chacoalhados. De acordo com Michael, se eles não estivessem dentro do padrão estipulado por Joe, ele e os irmãos levavam intensas surras. Para a família Jackson, o momento da exibição de Living With Michael Jackson fora um dos mais dolorosos. Como o documentário tinha sido muito pessoal, Michael ficou visivelmente transtornado atrás da mesa da defesa, e Jackie e Katherine também pareciam abalados. Michael confidenciou a Bashir que Joe tratava os filhos de forma muito rígida, que os batia com o cinto, fios de ferro ou o que estivesse mais perto.

“Eu me lembro de ouvir minha mãe gritando: „Joe, para, você vai matá-lo! Você vai matá-lo‟”, admitiu Michael, “Na maioria das vezes, ele não conseguia me pegar, mas quando conseguia… Oh, era ruim! Ele nos assustava, assustava mesmo, acho que ele não percebe até hoje o quanto nos assustava”.

Michael ainda confidenciou que tinha tanto medo do pai que às vezes chegava até a desmaiar e um de seus seguranças tinha que segurá-lo. Jackson mencionou que nunca levantaria um dedo para seus filhos. Estava claro que as lembranças de 30 anos atrás estavam muito vivas para ele.
“Ele não deixava que os chamássemos de „papai‟. Ele dizia: „eu sou Joseph para você. Não sou papai‟. Eu faço o oposto. Não deixo os meus filhos me chamarem de Michael, eles me chamam de „papai‟”.

Os observadores da sala do tribunal viram Bashir seguindo Michael pelo mundo, se juntando ao cantor para uma farra de compras em Las Vegas, indo para o hotel onde prodigamente voltaria a tocar em assuntos bem íntimos. Michael pareceu muito tímido ao falar de Tatum O‟Neal, admitiu que antigamente não conseguiria “fazer isso” com a atriz. Ele se desculpou por revelar aquele fato, disse a Bashir que, quando jovem, era muito tímido para conseguir tirar a roupa.
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Mensagem por sissi Dom 17 Jun 2012 - 8:10

Depois, quando chegaram a um centro comercial de Las Vegas para uma extravagante sessão de compras, Bashir quis saber se Michael gostava de comprar joias. “Eu compro joias para a minha mãe, para Liz Taylor e para alguma garota que eu estiver gostando no momento”, disse Jackson. “Você tem alguma agora?”, perguntou Bashir. “Não”, Michael o respondeu.

No shopping, Michael mal podia esperar para chegar ao andar superior da sua loja favorita. Ele queria mostrar a Bashir todas as belas obras de arte, ornamentos e mobílias que havia comprado recentemente. Jackson apontava para diversas urnas gigantes, e, então, Bashir focalizou num par de peças feitas de mármore que custavam U$ 250.000 cada uma. Com Michael andando pela loja, o jornalista mostrou que 80% das peças da loja havia sido comprada por Jackson. Bashir questionou o volume de gastos de Jackson, como uma criança jogando, marcando pontos com o gerente do local, “Mas ele vai pechinchar pra gente. Celebridades também gostam de pechinchar.”.

Com a evolução do documentário, parecia óbvio que Michael havia pechinchado com Martin Bashir também, estava se revelando um completo enganado. Bashir estava ganhando toda a liberdade – o que fez com que Michael se abrisse, falando sobre as tristes piadas feitas sobre seu rosto cheio de espinhas na adolescência. Ao retornar, Michael havia se tornado um veículo de Bashir, uma vítima inconsciente do castelo de cartas do jornalista que iria desmoronar à sua volta.
“Você tenta dar aos seus filhos uma vida normal?”, Bashir queria saber.
“Sim”, respondeu Michael.
“Eles vão à escola?”

“Sim”, Jackson disse, “Eles têm aulas em casa. Mas não poderiam ir a uma escola normal. Ciúmes. Os professores os tratariam de forma diferente”.
“Você acha que eles podem ter uma vida normal?”, novamente Bashir perguntou.
“Não”.

Martin Bashir persuadiu Michael a falar sobre a mãe de seus filhos, queria saber se as crianças sentiam falta dela, queria saber se a mãe estava presente em suas vidas. Jackson respondera que tinha um “acordo contratual” que não o permitia falar sobre a mãe biológica de Prince Michael II, mas garantiu a Bashir que as crianças eram alegres e estavam sendo bem cuidadas.
“Há mulheres em toda parte da minha casa”, disse Michael, “Eles estão cercados de mulheres todos os dias”.

Quis o destino que Bashir se juntasse a Jackson em Berlim a tempo para o polêmico episódio envolvendo Michael e seu caçula, Prince Michael II, que ficara conhecido como o incidente do “bebê pendurado”. Bashir reencontrou Michael pouco tempo após a cena ocorrer, portanto, teve acesso ao mais recente escândalo do cantor, o qual o próprio Michael não via como um escândalo total. Com as câmeras do jornalista filmando tudo, os fãs de Michael ainda apareciam do lado de fora do hotel, gritando para ele retornar à varanda, e o pop star queria agradá-los.

Jackson jogou-lhes um travesseiro, o qual tinha autografado com carinho. À frente do hotel, fãs jogavam beijos e gritavam, querendo ver o ídolo mais um pouco. Alguns tinham cartazes em que se lia “Foda-se a imprensa. Michael é o melhor”. Quando Bashir o perguntou o que significava a mídia, Jackson o respondeu: “Olha o que eles fizeram com a Lady Diana. Eles são doentes. Ela foi cercada por essa gente. Odeio tablóides, são ignorantes! Deveriam queimar todos eles.”. Bashir mencionou que uma tempestade havia se formado a cerca de seu filho mais novo, Prince Michael II, a quem Michael chamava de Blanket. Martin Bashir queria explicar a Jackson que pendurar um bebê pela janela só faria com que a mídia o atacasse ainda mais. Ele esperava deixar o pop star agitado.

“Estávamos acenando para milhares de fãs lá embaixo”, Michael disse, “Eu não estava tentando matar o meu filho! Por que eu jogaria o bebê da sacada? Eu estava o segurando firme, por que eu iria querer machucá-lo? Isso é ignorância. Eles queriam ver o bebê e eu mostrei a eles”. Pela perspectiva do cantor, ele não tinha feito nada de errado. E para muitos que assistiam o documentário na sala da Corte, ver as coisas do ponto de vista de Michael, vê-lo alimentar o bebê – que claramente não gostava das câmeras de Bashir – com uma mamadeira enquanto tentava acalmá-lo em seus joelhos, parecia uma cena bem inocente. Na realidade, Michael não parecia tão maluco.

Estava claro que a cena da varanda em Berlim acontecera porque Michael queria agradar seus fãs. Do lado de fora do hotel, estavam milhares de pessoas em frenesi, implorando a Jackson que lhes mostrasse seu mais novo filho. Então, Michael correu para a varanda e rapidamente levantou o bebê para que os fãs pudessem contemplá-lo.

Para os fãs de Jackson presentes na sala do tribunal, era perturbador sentar e assistir ao inocente gesto do ídolo julgado de forma errônea pela mídia americana. A imprensa mostrava Jackson em imagens que o faziam ser visto como um maluco, sempre com boatos e comentários maldosos sobre ser tirada a guarda das crianças do cantor. A mídia não podia se fartar de Michael e seu querido bebê. Eles comentavam sobre sua irresponsabilidade como pai.
Não se admira o fato de Jackson odiar a imprensa.
Foi um tanto irônico ele admitir isso a Bashir.

Com o documentário continuando a passar, a atenção voltou-se em direção ao antagonista de Michael, e alguns espectadores do tribunal acreditavam que Bashir humilhara Jackson em todas as oportunidades que tivera. Quando o cantor foi ao zoológico com seus filhos, Bashir o mostrou como uma pessoa irracional que quer ser acompanhado por suas crianças em público, onde ficariam às vistas dos paparazzis e toda aquela multidão de fãs. Bashir estava sugerindo deveria manter Paris e Prince totalmente longe das câmeras, para que nunca fossem objetos de frenesi. Ainda salientou que Prince quase foi pisoteado pelos paparazzis. Michael disse que não confiava em ninguém para sair com seus filhos, que estava os super-protegendo porque os amava demais.

Próximo ao término das filmagens, quando Bashir voltou a atenção à Neverland, todos viram Michael passar um divertido dia com crianças carentes. Elas pareciam felizes passeando pelo rancho num enorme trem, Jackson agia como uma criança, pedindo raspadinha de gelo. Bastava observar as crianças para observar o brilho nos olhos.
Então, saindo daquele enfoque, Bashir tocou no assunto dos “milhões” que Jackson pagara à família do garoto que o acusara de molestação há quase 10 anos atrás. A voz do jornalista soara sinistra pela sala do tribunal neste momento, e o documentário ainda mostrou cenas que envolviam Michael e as crianças Arvizo – Gavin, Star e Davellin -, o que mudou completamente o clima da sala.

Mostrava-se a imagem de Michael e Gavin – na época com 12 anos de idade – com parte da cabeça encostada ao ombro de Jackson, os dois de mãos dadas. Michael falava que Gavin tinha crescido e havia se curado do câncer, salientando que os médicos disseram que o menino não iria sobreviver. O cantor parecia feliz por ver Gavin tão saudável e feliz, e ainda insistiu que sua inspiração vinha das crianças, dizendo a Bashir: “Eu vejo Deus nos rostos delas”.

Mais tarde, esse comentário viraria combustível para sátiras e condenações da mídia, que as usava sem dó nem piedade para piadinhas de mau gosto. Mas, no tribunal, as filmagens não pareciam nada engraçadas, e Tom Sneddon queria que o júri se focasse nos comentários que Michael fizera sobre Gavin e seu irmão terem dormido na mesma cama que ele. No documentário, Jackson disse que dormir com crianças não era nada sexual. Ele insistia que o fato de compartilhar sua cama era algo amável de se fazer. Ainda explicou que tinha recebido os garotos Arvizo, juntamente com seu amigo Frank Cascio, por noites, mas esclareceu que ele e Cascio realmente dormiram no chão para que os irmãos pudessem dormir na cama.

Quando a cena passou na tela do tribunal, parecia tinha ocorrido em câmera lenta e muitas cabeças se mexiam de um lado para o outro, se perguntando por que o pop star escolhera compartilhar seu quarto com meninos.

Observando os jurados, parecia ter surgido uma tremenda desaprovação sobre o estranho comportamento de Michael Joe Jackson. E, com Tom Sneddon botando lenha na fogueira desse assunto, ninguém conseguia entender por que Michael recebia crianças em seu quarto. O promotor parecia muito, muito orgulhoso de si mesmo, especialmente quando o júri pareceu ter caído em sua isca.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones – cap 5

Mensagem por sissi Seg 18 Jun 2012 - 8:16

“WANNA BE STARTIN‟ SOMETHIN‟”
“QUER COMEÇAR ALGO”
~
Quando o documentário terminou, Tom Sneddon não tinha mais perguntas a fazer ao jornalista britânico. Era, então, a vez de Tom Mesereau analisar e questionar Bashir, e o advogado de defesa parecia preparado para um duelo.
“Sr. Bashir, a fim de produzir o documentário o qual acabamos de assistir, você precisava falar com o Sr. Jackson, é verdade?”, perguntou Mesereau. Seu tom era pouco amigável.

“Correto”, disse Bashir.
“Sr. Bashir, Michael Jackson tinha assinado um contrato sem a presença de seu advogado, isso é verdade?”.
“O Sr. Jackson assinou dois contratos, em que não pediu condição nenhuma, concordando que eu estava livre para fazer o documentário com ele”, respondeu Bashir. Como Mesereau logo começou com um batalhão de perguntas, pareceu óbvio que fizera a lição de casa. O advogado de defesa queria saber por que razão Bashir tinha sido “denunciado” na Inglaterra por práticas jornalísticas desleais, mencionando três ocasiões.

“Sr. Bashir, você tem sido sancionado pela difusão de queixas à comissão?”, Mesereau questionou.
“A resposta para essa pergunta é que três denúncias foram feitas contra mim.”, testemunhou Bashir, “Duas das principais queixas foram rejeitadas, e eles estavam fazendo uma avaliação imparcial. Uma das três foi confirmada. Então, eu posso apenas explicar para que as pessoas entendam?”
“Certamente”.

“A comissão padrão britânica não é um corpo legal”, Bashir falou ao júri, “E não tem nenhum mérito particular numa colaboração legal”.

“Não obstante, uma queixa contra você foi verdadeiramente apoiada…”
“Como eu disse, senhor, três queixas foram feitas. As duas queixas principais foram completamente rejeitadas. Uma queixa foi apoiada pela comissão”.

Para Mesereau, Bashir admitira que havia sido acusado de “deslealdade” e de “ter violado um acordo”. O jornalista declarou que, uma vez que as duas primeiras queixas foram “rejeitadas”, a terceira acusação contra ele era motivo de ele ser sancionado. A queixa alegava que as reportagens de Bashir estavam em desequilíbrio, que o jornalista não estava “mostrando a totalidade do assunto” – mesmas alegações que Michael Jackson faria contra ele.

Como Mesereau questionou Bashir sobre problemas de sua profissão, ficou claro que o jornalista não esperava que alguém descobrisse detalhes desfavoráveis do seu passado. Bashir tentou pôr o corpo fora, mas os observadores da sala do tribunal puderam perceber que, com a menção de suas “injustas” práticas jornalísticas, ele ficara altamente incomodado.

Tom Mesereau também questionou o jornalista sobre a representação feita de Jackson e perguntou sobre as muitas promessas feitas que foram usadas para atrair o cantor para uma cooperação totalmente livre no documentário do jornalista britânico. Embora Mesereau fosse constantemente atrapalhado pelo advogado de Bashir, Theodore Boutrous, que já havia representado a rede ABC, o advogado de defesa mantinha sua linha de perguntas. Frequentemente, as objeções eram aceitas nas partes em que as leis do estado da California protegiam Bashir, não podendo forçar o jornalista a responder sobre o que ele tinha aprendido com sua profissão.

O advogado do jornalista, Theodore Boutrous, era visto como um “acessório” em casos de alta visibilidade e a mídia não ficou tão surpresa ao vê-lo aparecer em nome de Martin Bashir e da ABC News. A ABC não era apenas o “patrão” atual de Bashir como também tinha sido o canal que transmitiu o documentário do jornalista apenas alguns dias depois de ele ter sido exibido na Inglaterra, e agora, Boutrous estava no tribunal para proteger Bashir e a ABC.

Theodore Boutrous era um peso-pesado e estava no julgamento de Jackson não somente para representar a ABC News, mas também para representar os interesses da NBC Universal, CBS Broadcasting, Fox News, Cable News Netwok, entre outras.

Ao longo do testemunho de Bashir, Boutrous interrompia Mesereau, contestando as partes que violavam as leis da 1ª emenda da California em que Bashir era protegido. Estava bem claro para Mesereau que Martin Bashir não queria testemunhar no caso contra Jackson, já que, semanas antes, o jornalista entregara um pedido ao Juiz Melville, se negando a comparecer à audiência. Esse pedido, porém, foi rejeitado.

Claro que Bashir não queria ser questionado sobre esse assunto. Em vez disso, o jornalista queria que seu documentário exibido falasse por si só. Martin Bashir queria evitar ver Michael Jackson para se proteger. Porém, o Juiz Melville requereu que Bashir estivesse presente na Corte. Assim, lá estava ele, desviando seu olhar de Jackson, sendo protegido pelo advogado da rede ABC, enquanto se recusava a responder a maioria das perguntas de Mesereau.

“Sr. Bashir, no documentário produzido por você e o qual acabamos de ver, o Sr. Jackson declarou que nada sexual acontecera em sua cama, correto?”, perguntou o advogado de defesa.
“Correto”.

“Para obter aquela entrevista, você esteve com o Sr. Jackson quando ele fez essas declarações pouco apreciáveis, verdade?”.
Aquela pergunta em particular, como muitas outras feitas anteriormente, fora contestada por Theodore Boutrous como sendo protegida pela lei, mas o juiz Melville anulou a objeção, pedindo ao Sr. Bashir para respondê-la. O júri ficou surpreso ao ver o jornalista se recusar novamente a responder, dizendo ao tribunal: “Eu estou protegido pela Lei de Shield, Meritíssimo”.

“Sr. Bashir, você escreveu ao assistente do Sr. Jackson, dizendo que gostaria muito de retratá-lo com um grupo de crianças, dando-lhes as boas vindas e compartilhando sua extraordinária casa com elas de forma que, durante pelo menos um dia, a vida delas pudesse ser enriquecida, correto?”.
“Objeção!”, exclamou Boutrous.

“No processo de produção desse documentário, Sr. Bashir, você escreveu ao assistente de Michael Jackson, dizendo que gostaria de filmar belas paisagens encorajando pra que se focassem as crianças novamente?”.
“Objeção, lei de proteção da 2ª emenda!”, repetiu Boutrous.

Isso era tão irritante. Praticamente todas as perguntas feitas por Mesereau eram contestadas por Boutrous e as objeções eram contínuas. Nas poucas ocasiões em que Mesereau tentava perguntar de forma que não violasse as leis de proteção, Martin Bashir fazia de tudo para não responder.

Bashir se recusava a responder e deixava o júri saber que ele tinha o direito de fazer isso como jornalista. Como a falta de testemunhos continuou a frustrar o time de defesa, todos os presentes no tribunal ficaram irritados, incluindo Michael, que assistia aos escorregões de Bashir enquanto ele se negava responder à qualquer coisa.
“Sr. Bashir, no documentário, o Sr. Jackson diz que nada de sexual aconteceu em seu quarto. Para obter essa declaração, você disse ao Sr. Jackson que o seu desenvolvimento romântico foi parcialmente moldado pelos discos dele, verdade?”
“Objeção, Vossa Excelência”, disse Boutrous, “Mesmas áreas, 1ª emenda, lei de proteção”.

“Você deseja responder a quais perguntas?”, perguntou Melville.
“Nenhuma, Vossa Excelência”, respondeu Bashir.
E assim aconteceu
.
Martin Bashir, que parecia indiferente, continuou a recusar a responder perguntas – tinha aproveitado todas as oportunidades de se esconder da opinião pública. Para o júri, a quantidade de objeções e a recusa de Bashir de responder quaisquer perguntas fizeram as cabeças virarem. Estava ficando difícil para qualquer um sem fundo legal manter o ritmo das bobagens técnicas. Os 12 cidadãos pareciam confusos.
“Sr. Bashir, em seu documentário, o Sr. Jackson disse que nada de sexual se passou em seu quarto. Para obter essa declaração, o senhor o falou que acredita na visão do cantor de um feriado internacional para as crianças, correto?”
“Mesma objeção, Vossa Excelência”, afirmou Boutrous.

“Predominante”, disse Melville, “Você deseja responder a essa pergunta?”.
“Não, Vossa Excelência”, respondeu Bashir.
Mas Mesereau não recuou. Ele repetia suas perguntas para Bashir, fraseando-as de modos diferentes e o júri assistiu a Martin Bashir se recusando a testemunhar sobre qualquer coisa.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Re: Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

Mensagem por Danisinha Seg 18 Jun 2012 - 15:25

Esse Bashir é mesmo uma uma shit... até combina com o nome dele.
Safado que armou tudo e depois tirou o dele do rumo. Tenho ódio mortal desse filho da mãe.
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Mensagem por sissi Ter 19 Jun 2012 - 7:57

“Sr. Bashir, o senhor, enquanto fazia contato com o Sr. Jackson para perguntar se poderia fazer este documentário, deturpou que estava organizando uma viagem para a África do Sul para que o Sr. Jackson visitasse as crianças doentes?”, Mesereau perguntou.
“Objeção”, disse Boutrous.

“Sr. Bashir, você elogiou Michael Jackson pelo que ele fazia pelas crianças desfavorecidas do gueto, é verdade?”.
“Objeção, lei de proteção, 2ª emenda”.
“Sr. Bashir, quando entrevistou o Sr. Jackson, você o questionou diversas vezes sobre o feriado internacional do dia da criança, correto?”.
“Mesma objeção”.

“Sr. Bashir, para obter a declaração do Sr. Jackson de que nada sexual aconteceu com as crianças em seu quarto…”, Mesereau continuou, “Você lhe disse que havia organizado uma reunião com o secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e que planejava uma viagem à África com o Sr. Jackson e o Sr. Annan para ajudar as crianças vítimas da AIDS, verdade?”.
“Mesma objeção, Vossa Excelência”.

Estava dolorosamente claro que Bashir não iria testemunhar sobre suas promessas e sobre as técnicas que usou para conseguir a cooperação do pop star para a produção do documentário. Finalmente, Tom Mesereau decidiu perguntar a Bashir, à queima roupa, sobre as alegadas promessas a Michael Jackson e, novamente, o jornalista recorreu ao advogado da rede ABC, pedindo-lhe uma sugestão.
Àquela altura, o advogado de grande poder, Theodore Boutrous, suspendeu os protocolos, dizendo ao tribunal que Bashir não daria uma resposta à Mesereau. Bashir tinha direito como jornalista.

Tom Mesereau tentara de todas as formas possíveis. O advogado de defesa usou todas as veias de seu corpo para encontrar um modo de conseguir fazer com que Bashir contasse ao júri qualquer verdade que fosse. Mas, no fim, a testemunha teve que se desculpar, sujeita a uma possível reconvocação.
Durante uma pausa da sessão, à tarde, quando questionado pela imprensa sobre como estava se sentindo, Michael disse suavemente: “Estou aborrecido”. Seria uma das pouquíssimas vezes que o cantor se dirigira à qualquer membro da mídia durante o julgamento.

Embora Bashir não tenha cooperado, Mesereau tinha enviado ao júri uma mensagem: o jornalista conseguira falsamente a entrevista com Michael Jackson. Não foi necessário que Bashir contasse os detalhes. O júri entendeu que Bashir havia feito de tudo para lucrar em cima de Jackson, que capitalizou a amizade dele com a princesa Diana. Ele lisonjeou Michael em suas habilidades, a fim de enganá-lo. Bashir exagerava o seu amor às músicas do pop star, enquanto tentava brincar com o cantor. O tempo todo, o jornalista elogiava Jackson por seu trabalho de caridade, doações de dinheiro para instituições que cuidavam de crianças necessitadas em todo o mundo.
De todas as inconsistências mencionadas por Mesereau, a única coisa tangível, que se tornaria uma das mais vitais para a defesa, eram as filmagens cortadas do documentário de Bashir, que, mais tarde, seriam incluídas como evidências como parte do caso principal da equipe de defesa.

Durante as gravações do documentário de Bashir, Michael Jackson pediu ao seu cinegrafista pessoal para gravar seu próprio material o tempo todo. E uma vez que o juiz permitiu que o documentário fosse considerado como evidência, as imagens que haviam ficado de fora da versão final também foram permitidas na Corte.
Já que Michael havia fornecido à defesa as filmagens completas, o júri acabaria vendo as gravações cruas de Jackson, a versão “sem cortes” do que o cantor realmente falara a Bashir. O time de defesa de Michael em pouco tempo provaria como Michael Jackson estava vulnerável e crédulo durante os meses de gravações com Martin Bashir.

As partes das filmagens cortadas por Bashir mostrariam aos jurados os aspectos “fora do contexto” do infame documentário do jornalista. A extrema sinceridade de Michael fora das câmeras ofereceriam uma poderosa visão ao júri. Baseadas no documentário de 1 hora e meia em que Jackson havia sido sincero e falado com o coração, as pessoas puderam formular suas próprias ideias sobre a mentalidade do Rei do Pop. Certos jurados confidenciaram que, após ouvirem a voz de Jackson, puderam responder às suas perguntas sobre o porquê de o pop star preferir a companhia das crianças.


Depois de Bashir, o assistente do promotor, Gordon Auchincloss, chamou Ann Marie Kite, uma publicitária que trabalhou para Jackson, “administrando a crise” nos dias que se seguiram à exibição de Living With Michael Jackson. Srta. Kite estava apoiando os objetivos da promotoria de conseguir convencer ao júri que Michael Jackson e seu “pessoal” haviam mantido a família Arvizo presa em Neverland.
De acordo com Gordon Auchincloss, os Arvizos testemunharam contra as alegações de pedofilia, sendo forçados a fazer um vídeo de refutação que melhoraria a relação entre Michael e Gavin.

A testemunha, Ann Kite, era uma loira bonita, uma senhora de fala mansa que disse ter sido contratada pela equipe de Jackson no dia 9 de fevereiro de 2003. Ela declarou que seu objetivo era “ressuscitar” a carreira de Michael Jackson depois do polêmico documentário. Claro, o fato de a Sra. Kite ter um perfil de zero experiência em Relações Públicas parecia um pouco incomum. Quando ela tentou explicar a situação, o júri soube que a Sra. Kite havia terminado o seu trabalho com a Relação Pública de Jackson dentro de 6 dias.

Ao longo do testemunho de Kite, tornou-se evidente que, na sequência de Bashir, Michael Jackson não estava totalmente envolvido com a manipulação de qualquer problema de relações públicas, isso não era o que Michael fazia, e parecia que o pop star não estava tão preocupado com um pesadelo de relações públicas, como talvez ele deveria ter estado. Ao invés de sentir que tinha feito algo errado, Jackson estava deixando os outros lidarem com o que eles pensavam ser uma crise. Ann Kite, de 50 anos, namorada por certo tempo de um dos advogados de Michael, se encontrava numa circunstância de alto perfil, e ela estava na maneira sobre sua cabeça.

O júri soube que Ann Kite foi contratada quando seu ex-namorado, David LeGrand, a pediu ajuda para a “administração” da imagem de Michael. Srta. Kite testemunhou que estava procurando combater a imagem negativa lançada pelo documentário de Bashir, criando uma relação pública positiva para o cantor. Ela também alegou que estava se comunicando diretamente com Jackson, Ronuld Koniizer, Marc Shaffel e Mark Geragos – que estavam supostamente tomando as decisões sobre os próximos movimentos de Relações Públicas de Jackson. Ann Kite disse ao júri que ela e seu antigo namorado viveram em Las Vegas e admitiu que LeGrand havia pago um adiantamento de U$ 10.000, no que era para ser um contrato de um mês de U$ 20.000.
Kite também disse que quis formular um plano para “driblar o ataque” em toda aquela imprensa negativa, que quis pôr um fim naquela “queda livre” que o documentário de Bashir havia levado à carreira de Jackson. Kite falou que se preocupava com alguns documentos que haviam vazado na internet, que acrescentavam danos à imagem de Michael. Aparentemente, no site www.thesmokinggun.com haviam sido postados documentos pertencentes ao caso Jordie Chandler que detalhavam as alegações sobre molestação sexual que Jackson enfrentara no ano de 1993.

Ann Kite disse à Corte que estava tentando lutar contra os meios de comunicação que atacavam a personalidade de Jackson, e explicou que havia muitas coisas negativas na imprensa, ela sentiu que a mídia estava indo longe demais. Kite lembrou que até mesmo pediatras estavam aparecendo na TV – discutindo o tipo de fórmula que Michael havia dado ao seu bebê no documentário – questionando as suas habilidades de pai.

Kite sentiu que Michael deveria ser preventivo na questão de Relações Públicas. Ela sentia que Jackson deveria “se mostrar para o mundo”, fazendo ele próprio uma declaração pública. Aparentemente, ele não tinha a intenção de o fazer, em vez disso, ele contratou a Fire Mountain Corporation, juntamente com o produtor Marc Shaffel, para produzir um documentário-resposta que seria exibido na Fox.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Re: Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

Mensagem por sissi Qua 20 Jun 2012 - 16:49

De acordo com a Srta. Kite, a Fox Network tinha concordado em dar à Marc Shaffel um “grau de controle criativo” para fazer o documentário. Ela testemunhou que a Fox ultrapassara a ABC pelos direitos de transmissão do programa, The Michael Jackson Interview: The Footage You Were Never Meant to See. Seriam incluídas declarações de Debbie Rowe, da família Arvizo e as originais de Bashir feito pelo pessoal do próprio Michael.

Mas Ann Kite sentiu que um documentário-resposta – que não iria ao ar por semanas ou meses – não seria suficiente para combater as 72 horas de publicidade negativa que o de Bashir já tinha causado. Ela sabia que Jackson enfrentaria outra enxurrada de publicidade negativa, e disse aos assessores dele que o problema deveria ser tratado imediatamente.

Ann Kite disse que começou sua missão de “salvar” a carreira de Michael no Dia dos Namorados, 14 de fevereiro de 2003. Ela testemunhou que, antes dessa data, tinha visto uma declaração do Bell Yard * [uma empresa de Relações Públicas, N.T.] da Inglaterra, algo a respeito de Janet Arvizo que seria lançado pela mídia em alguma data futura.

Como o assistente do promotor, Auchincloss, trabalhou de seu modo durante o interrogatório, o júri entendeu que Ann Kite estava depondo contra Michael Jackson e à favor da acusação de conspiraçã. Ela ainda foi questionada sobre uma ligação que recebeu de Schaffel no dia 13 de fevereiro de 2003. Kite falou aos jurados que Marc Schaffel estava “extremamente agitado” quando ligou para informá-la que Janet Arvizo tinha levado as crianças de Neverland, e recordou que, algum tempo depois, ele tornou a ligar para dizer que a situação “havia sido contida”. Marc teria dito que, dentro de 12 horas, a família Arvizo seria levada de volta à Neverland.

Ann Kite contou ao assistente do promotor que, quando Shaffel usou a palavra “contida”, ela se sentiu muito desconfortável. Srta. Kite parecia um pouco aérea, já que não conseguiu se lembrar de certos nomes e documentos relacionados ao seu testemunho, mas sua declaração, no entanto, parecia ajudar a reforçar a acusação de conspiração de Michael Jackson. Ela testemunhou que, quando falou com David LeGrand, confirmou que Janet Arvizo tinha deixado o rancho, mas depois voltara atrás e retornou de Los Angeles à Neverland. Julgando o seu tom de voz, parecia que Kite estava preocupada com o que estava acontecendo com os Arvizos.
“Não me faça acreditar que essas pessoas foram caçadas como cães e trazidas de volta ao rancho”, Kite perguntara à LeGrand depois. “Eu não posso discutir isso agora”, ele supostamente a teria respondido.

Em outra conversa com LeGrand, Kite disse que ele fez menção de alguns planos da equipe para destruir a imagem de Janet Arvizo. “Ele falou que não precisávamos mais nos preocupar com Janet porque eles tinham a filmado, e eles iriam fazê-la parecer uma prostituta”.
Ann Kite ainda afirmou que depois de seu bate-papo com LeGrand, ela também falou com Ronald Konitzer, que era o homem “responsável” da equipe de controle de danos de Jackson. Quando ela o perguntou sobre a família Arvizo, Konitzer disse que “a situação estava sendo cuidada”.
Aparentemente, a resposta de Konitzer a fez se sentir ainda mais desconfortável. Kite depôs que havia planejado algo para o programa de TV, Access Hollywood, preparado para fazer uma declaração pró-Jackson no Dia dos Namorados.
Ann Kite disse à Corte que já estava maquiada e com o microfone ligado, sentada ao lado de Pat O‟Brien, quando de repente Mark Geragos ligou para o estúdio do Hollywood Access e insistiu que a entrevista fosse cancelada. Ela falou que, ainda no set do programa, ela pegou o telefone e falou com Geragos, que a pediu para ficar em Los Angeles durante a noite e que o visitasse em seu escritório na manhã seguinte.
Quando Kite chegou lá, o advogado Mark Geragos supostamente lhe pediu para assinar um acordo de confidencialidade, que ela se recusou a fazer. Ela disse aos jurados: “Eu acredito que tinham a intenção de me calar”.

Kite disse que foi demitida depois, por e-mail, sem motivo.
No interrogatório, Mesereau rapidamente estabeleceu que o contrato de Relações Públicas de Ann Kite não era de Michael Jackson, que a publicitária nunca havia conhecido ou falado com Michael, nem com a família Arvizo para essa matéria. Sra. Kite não tinha ido à Neverland, tinha apenas trabalhado com a “equipe de Michael” por menos de uma semana. Além disso, o júri descobriu que Ann Kite tinha um outro cliente na mesma época em que trabalhou com a equipe de Jackson, e que era sua própria empresa.

Kite descreveu seu trabalho como presidente da Webcasters Alliance, uma empresa que estava trabalhando na obtenção de aprovações legislativas que permitissem às rádios online que tocassem músicas na internet. Além de trabalhar para sua própria empresa, parecia que a vida profissional da Sra. Kite não estava muito movimentada.
Ela certamente não conhecia muito sobre as maneiras das celebridades, e também não parecia entender sobre a indústria da música. Enquanto Mesereau a questionava, o júri descobriu que Ann Kite foi uma escolha muito estranha para representar o Rei do Pop numa “crise de Relações Públicas”. Ficou claro que Kite nunca representara qualquer celebridade como uma publicitária, o que fez os jurados se questionarem o quanto Jackson sabia – sobre qualquer um de seus “manipuladores”.

“Estou pedindo que você responda a uma questão…”, disse Mesereau, “Você realmente não era muito experiente em lidar com gestão de crises publicitárias de celebridades antes de se juntar à equipe do Sr. Jackson, correto?”
“Eu acreditava que era…”, Kite testemunhou.
“Porque você já tinha representado alguma celebridade…?”
“Porque eu já tinha visto muito”
“Não estou perguntando o que você já viu…”, Mesereau comentou, “Estou perguntando sobre o que você fazia, ok?”
“Sim, eu já representei uma celebridade antes, Senhor”
“Ok, e seu nome era Sylver?”, o advogado de defesa queria confirmar.
“Marshal Sylver, sim. S-Y-L-V-E-R.”, Kite respondera.
“Pelo seu conhecimento, ele aparecia muito na TV?”
“Ele aparecia na época… Não acredito que esteja aparecendo mais.”
“O que ele fazia para aparecer na TV?”
“Ele tinha produzido comerciais.”

No que se tratava de ser um mago das Relações Públicas, no que se tratava de ser um especialista para fazer qualquer coisa com Michael Jackson, Ann Kite não era nenhum dos dois. Para os observadores do tribunal, a ideia de que esta mulher estava lidando com a “gestão de crises” de Jackson, sequer por um minuto, era incompreensível.
Então, enquanto Mesereau trazia à tona o assunto do relatório policial de Ann Kite, que incluía uma sumária narrativa sobre o que ela tinha dito à polícia de Santa Barbara, coisas ainda

mais alucinantes começaram a surgir sobre a pessoa que estava “lidando” com a crise de Michael Jackson. Em seu interrogatório à polícia, Ann Kite disse ao xerife de Santa Barbara que Mark Geragos “tinha a palavra final”, o que – como um dos primeiros advogados criminais do cantor – era a única coisa que fazia sentido.
Mas, enquanto Ann Kite era interrogada por Mesereau, o resto de seu testemunho começou a frustrar a promotoria. Por um lado, ela admitiu ter dito à polícia que “acreditava”, com base no que David LeGrand a contava, que Ronald Konitzer “tinha poder de advogado sobre Michael Jackson” e tinha usado esse tal poder de advogado para “desviar $ 980.000 de Jackson”.
“Quando deu sua entrevista aos xerifes de Santa Barbara, você foi perguntada pelo detetive Zelis se sabia se Michael Jackson estava ciente do que sua equipe estava fazendo. Você se lembra disso?”, Mesereau perguntou.
“Sim, Senhor, eu me lembro”, Kite respondeu.
“E você respondeu ao detetive Zelis que não tinha ideia se Michael Jackson sabia o que sua equipe estava fazendo, correto?”
“Correto. Porque eu nunca falei com o Sr. Jackson”
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Re: Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

Mensagem por sissi Qui 21 Jun 2012 - 9:04

O testemunho de Kite foi de arregalar os olhos, especialmente no momento do interrogatório de Mesereau, no qual a desconhecida publicitária mostrou ao júri que parecia que Michael Jackson não tinha nenhuma pista sobre as pessoas que estavam “no comando” de seu bem-estar futuro. Em um ponto, Kite contou aos jurados que ela tinha ficado tão preocupada sobre as coisas que estavam acontecendo em torno de Jackson que se sentiu obrigada a ligar para Jermaine, irmão do pop star. Kite testemunhou que, após o encontro com Jermaine – que aconteceu na casa dele em Encino -, a procuração foi revogada por Ronald Konitzer.

Ann Kite também disse ao júri que realmente pediu à David LeGrand que investigasse o Sr. Konitzer e o Sr. Shaffel, já que ela “não podia permitir que a reputação de Jackson se arruinasse totalmente diante a imprensa”. Ela contou que o Sr. Shaffel a disse que estava preocupado sobre a possibilidade de a mãe de Gavin Arvizo vender sua história para alguns tabloides britânicos. Quanto à Michael Jackson, Kite implicou que não tinha certeza de onde estava a lealdade de qualquer uma daquelas pessoas.
Parecia que Ann Kite desconfiava de quase todos os envolvidos na “equipe de Michael”.

No entanto, foi seu ex-namorado, David LeGrand, que acabou sendo demitido da “equipe de controle de danos” logo no início.
Marc Shaffel e Ron Konitzer, juntamente com outros três homens – Dieter Weisner, Frank Cascio e Vinnie Amen – foram os cinco indivíduos nomeados pela promotoria como “co-conspiradores não-incriminados” de Michael Jackson. Misteriosamente, nenhum dos cinco homens foi indiciado.
Pelo menos não no momento do julgamento criminal.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones – cap 6

Mensagem por sissi Qui 21 Jun 2012 - 20:54

“ROCK WITH YOU”
“DANÇAR COM VOCÊ”
Com o julgamento à todo vapor, o burburinho na TV ia tomando uma dimensão surreal, não apenas nas notícias da TV à cabo, como também em programas ao redor do mundo. O E! News queria levar seus espectadores para dentro do Tribunal e esse programa, conhecido por puff pieces * [uma expressão que designa uma forma de jornalismo sensacionalista, “tablóide”. N.T.], conhecido por promover Paris Hilton, Nicole Richie e outras “bonequinhas vivas”, estava apresentando uma grave reconstituição do julgamento.

Com James Curtis como apresentador, a representação do E! News sobre o julgamento de Michael Jackson era esperada como um sucesso. Um julgamento simulado foi ao ar com êxito na época do processo civil contra OJ Simpson, e agora o E! ansiava tirar proveito mais uma vez, usando o caso Jackson para atrair um público de fãs sedentos que não tinham possibilidade de saber o que realmente acontecia dentro da sala do tribunal.

A ideia parecia ótima, mas, na verdade, era um desastre.
O primeiro erro deles foi contratar um ator que uma vez parodiou o Rei do Pop no filme Todo Mundo em Pânico 3. Não era culpa do ator. Simplesmente não havia nenhuma maneira para quem quer que fosse encenar o verdadeiro Michael Jackson com credibilidade. A ideia do E! de que os fãs de Jackson iriam apoiar aquilo era bizarra. Os fãs de Michael Jackson queriam o MICHAEL, não um ator magrelo com figurino e toneladas de maquiagem no rosto.

Quanto à mídia, a maioria das pessoas presentes no tribunal absolutamente se recusou a assistir à representação do E!. Como esperado, os representantes da imprensa estavam sobrecarregados com a apertada agenda, consumidos pela constante batalha entre Michael, a mídia e seus fãs. Os meios de comunicação se preocupavam com excitantes detalhes sobre Jackson. A ideia de encenar o que realmente estava acontecendo, assistindo a atores de 2ª categoria, parecia ridícula.
Ed Moss, o sujeito interpretou Michael Jackson, tivera um difícil trabalho; com seus óculos de metal e toda a maquiagem do mundo, ele tentava agir como um homem pensativo e majestoso, sussurrando vez ou outra para um “advogado”, fazendo um gesto para uma “testemunha” em outro instante. Mas Ed Moss sequer chegou perto de representar o Rei do Pop. Seus fracassados esforços só fizeram com que o programa parecesse ainda mais surreal.

Para ser sincera, o programa do E! fora uma difícil tarefa para todos aqueles atores, que se viram na incômoda posição de ter que atuar a versão diária do julgamento com bases em transcrições que eram feitas por jornalistas pagos para anotarem detalhes sobre o que estava acontecendo ao vivo. O ator que interpretava o juiz Melville parecia muito mais inflexível do que o juiz realmente era, e o que representou Tom Sneddon, francamente, não conseguiu capturar a raiva do promotor. Sneddon tinha um sentimento de indignação que foi percebido durante todo o julgamento, mas nada disso foi transmitido para o programa do E!. Quanto à Mesereau, o ator que o interpretou não agia de maneira confiante. O cara não tinha nada da presença de Mesereau na vida real, que era tão seguro de si, chegando a superar o resto da equipe de defesa – Susan Yu, Robert Sanger e Brian Oxman.

No julgamento real, foi Mesereau quem lidou com a maioria das testemunhas da defesa, ao passo que, para a acusação as testemunha foram divididas entre os três homens: Tom Sneddon, o promotor, Gordon Auchincloss, e o outro assistente do promotor, Ron Zonen, que provavelmente era o melhor dos promotores no caso. No tribunal, todos os três promotores pareciam demonstrar um ar superior, mas esse importante detalhe não foi repassado no programa do E!.

A ideia do E! News de representar um caso acreditável, achando que contratando atores de 2ª para imitar as fortes personalidades presentes de um julgamento criminal real, foi uma declaração de que o ditado “a vida imita a arte” havia sido mistificado. Era incrível o fato de os executivos da E! acreditarem que um processo penal serviria de “matéria-prima” para entretenimento. Os atores não foram ruins apenas retratando Michael Jackson e as equipes de advogados, eles também tiveram muita dificuldade em imitar celebridades como Macaulay Culkin, George Lopez, Chris Tucker e Jay Leno.
Era um espetáculo bizarro, mas o canal E! exibiu o programa durante meses. Ao mesmo tempo em que o E! News tinha um início conturbado com sua versão do “Julgamento Jackson”, o apresentador do programa Tonight Show, Jay Leno, fazia um grande esforço público para ter o direito de discutir o caso na TV. Naquela época, o Sr. Leno, que havia sido intimado a depor no julgamento, estava sujeito a uma ordem de mordaça do juiz, que impedia qualquer testemunha em potencial de falar sobre Michael Jackson.

Durante anos, Jay brincava sobre a afinidade de Jackson com as crianças e garotinhos. Agora, o apresentador tinha apresentado uma moção, pedindo uma isenção da ordem de mordaça. Leno pediu que fosse limitado, somente, para não ser capaz de revelar qualquer conhecimento em primeira mão que tivesse à respeito do caso.

“Como parte de seu trabalho no programa Tonight Show, o Sr. Leno comenta com seus convidados sobre assuntos notáveis, contemporâneos e de interesse público”, a moção dizia, “Até que o Sr. Jackson apresente ao Sr. Leno uma intimação, ninguém pode argumentar que o Sr. Leno esteja limitado a falar, comentar ou discutir à vontade sobre qualquer questão relacionada à esse caso”.

A moção, apresentada por Theodore Boutrous, esperava esclarecer a questão de saber se Jay Leno poderia ou não fazer suas piadas diárias sobre Jackson durante o julgamento. O advogado Boutrous, trabalhando em nome da rede NBC, queria remover a ameaça de uma sanção judicial. Sr. Boutrous não queria que a ordem de silêncio fosse interpretada de modo que limitasse Jay Leno de falar publicamente sobre Michael Jackson.

Enquanto esperava pela decisão do juiz Melville, como uma maneira de contornar as sanções judiciais, Jay Leno decidiu levar ao seu programa outras pessoas que pudessem tirar sarro dos acontecimentos dos acontecimentos diários do julgamento. Foi fácil demais conseguir “desconhecidos” que oferecessem comentários para zombar do infortúnio de Jackson, e as pessoas pareciam ansiosas para ajudar Leno.
O povo não via problema em fazer isso.

O povo adorava fazer piadas sobre a situação de Michael.
Tal como aconteceu, o juiz Melville decidiu que Jay Leno poderia fazer suas piadas públicas sobre o julgamento, mas limitou o comediante a falar sobre outros fatos os quais o comediante teria que testemunhar depois. Para Jay Leno, uma vez que a ordem de silêncio foi suspensa, todas as apostas estavam encerradas. O apresentador não conteve seus ataques. Tirar sarro das coisas era o seu trabalho como comediante, mas parecia cruel, realmente, o fato de Leno fazer mais e mais piadas sobre Jackson durante um julgamento tão sério. Leno, sem qualquer cuidado, botava mais lenha na fogueira da opinião pública na Corte – uma Corte que já estava em chamas sobre o estranho estilo de vida de Michael Jackson.

“O advogado de Michael Jackson disse que não vai jogar a carta da raça *, principalmente porque ele não conseguiu descobrir qual é a raça do Michael.”, disse Leno na abertura de seu programa, arrancando risadas de sua plateia.

Enquanto o Tonight Show voltava com suas velhas jogadas, a lista de piadas de Jay Leno sobre Michael Jackson tornava-se ainda mais longa. Tudo o que a mídia noticiava virava piada diária para a equipe de produtores do programa de Leno. Mas não importava o quanto o julgamento de Jackson parecia uma piada, a vida e a reputação de Michael Jackson estavam realmente em risco. Os promotores não estavam brincando sobre colocar Michael atrás das grades. Eles queriam mesmo que o artista tivesse um difícil tempo na prisão.

No terceiro dia, Michael – vestindo um terno escuro por cima de um colete branco bordado e uma bugiganga pendurada sobre seu pescoço – parecia decidido. Os testemunhos estavam agora bem encaminhados, com Ann Kite sendo seguida por um dos oficiais que filmou a incursão ao Rancho Neverland.

Na sessão da manhã daquele dia, Michael carregava uma pequena caixa embrulhada com papel de presente e amarrada com uma simples fita vermelha. Quando saiu da sala de audiências para o primeiro intervalo do dia, com o presente nas mãos, Michael ficou mais perto de Katherine. Como todos que o observavam, as pessoas não podiam evitar que Jackson, no final de tudo, ainda era o garotinho da mamãe. Michael amava Katherine e queria muito que ela se orgulhasse dele.

Michael e Katherine ficavam em silêncio enquanto passavam pelos flashes das câmeras, pelos diversos repórteres e por aquela multidão de fãs. Como de costume, Michael pegou o elevador que levava a uma sala secreta no andar de cima. É claro, ninguém da imprensa podia perguntar onde exatamente ele e sua família iam durante os intervalos.

Do lado de fora da Corte, Michael Jackson estava fora dos limites. Durante os intervalos e recessos, os guardas do tribunal escoltavam Jackson como se ele fosse o presidente dos Estados Unidos. E talvez, eles tivessem mesmo que fazer isso, já que, nos bastidores do julgamento, havia temores sobre ameaças de bomba – os membros da Lei sabiam de inúmeras coisas que poderiam dar errado.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Re: Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

Mensagem por sissi Sex 22 Jun 2012 - 8:23

Por causa do forte esquema de segurança, a situação das pessoas que ficavam em frente à Corte todos os dias não era muito agradável. A imprensa foi afastada para uma área chamada “monstro verde”, um espaço rodeado por cercas, onde os repórteres gravavam suas matérias com suas câmeras, um espaço em que as pessoas não podiam se locomover facilmente. De uma forma estranha, essa pequena “prisão”, o espaço pequeno e cercado, era um reflexo da vida de Michael. A celebridade de Michael Jackson fez dele, e de cada um ao seu redor, um prisioneiro. Sua fama custou-lhe a liberdade, e as pessoas comuns que agora o rodeavam estavam sentindo o mesmo aperto.

* [Texto original play the race card. Play the race card é uma expressão que se refere à qualquer atitude racista ou anti-racista para obter vantagens pessoais, normalmente acusando falsamente pessoas de racismo a fim de obter algum tipo de vantagem num caso. N.T.]

Às vezes, Michael descia da sala alguns minutos mais cedo, procurando dar um sorriso ou um aceno aos seus fãs que ganhavam cadeiras para a área do público no tribunal. Mas, muitas vezes, os fãs eram desnecessariamente solicitados [no grito] ou empurrados pra fora do caminho de Jackson. Em geral, os fãs, assim como o pessoal da imprensa, foram tratados muito mal pelos policiais presentes na Corte. Parecia que o poder da autoridade havia subido a cabeça daquelas pessoas. Aquele bando de policiais e funcionários da Lei estavam diversas vezes tentando superar uns aos outros. Alguns estavam levando seus papeis muito à sério, embriagados pelo seu poder.

Assim como o pop star, todos que estavam perto dele eram observados como que por um falcão. O escrutínio público tornava essencial estar perto de Michael Jackson. Cada movimento era monitorado, e todos sabiam que sequer um movimento fora do lugar custaria muito caro. Desde o primeiro dia do julgamento, certos fãs eram terminantemente banidos da sala do tribunal por terem andado por um caminho errado. De maneira regular, houve alguns membros da mídia que foram expulsos por terem levado celulares ou qualquer outro dispositivo de internet para dentro da sala da Corte.

Havia um constante empurra-e-puxa entre os fãs, a imprensa e os oficiais do tribunal, que pareciam sentir um prazer extremo em acabar com a graça da mídia. O pessoal da imprensa não era autorizado a levar garrafas de água, não tinham permissão para mascar chiclete, não podiam sequer sussurrar quando a Corte estava em sessão. A maioria dos membros da mídia queria ser resgatada daquele contexto, pois desejava sua privacidade de volta. Ironicamente, a imprensa não desfrutou a sensação de ter cada movimento seu analisado. Eles desejavam encontrar uma saída, uma fuga daquela constante observação.

Enquanto a mídia assistia ao Michael lidar com todos aqueles egos adultos com um charme inegável, tornou-se óbvio, claro como um cristal, o motivo de Jackson ter criado uma vida que estivesse livre de todas aquelas “restrições adultas”. Dado aquele constante e minucioso exame, as sempre presentes expectativas dos adultos, parecia compreensível o fato de Michael ter criado com tanto esforço um mundo auto-suficiente em sua casa. Neverland era sua fuga das câmeras de TV, dos flashes, das colunas de fofocas, dos olhares curiosos, enfim, de todo o universo dos adultos que o colocavam num aquário desde o momento em que ele se tornou um astro da música pop.

Naquela tarde, no tribunal, o vice-xerife Albert Lafferty tomou posição na cadeira das testemunhas para detalhar o seu papel na incursão ao rancho, que aconteceu no dia 18 de novembro de 2003. Enquanto o oficial testemunhava, confirmando que gravou toda a área de Neverland, os observadores do tribunal ouviram que teriam uma visão privilegiada da casa de Michael. A maneira como Jackson vivia, os seus mais privados quartos, e todos os seus pertences pessoais estavam prestes a serem exibidos naquela sessão. Quando um DVD foi inserido, uma imagem de Neverland logo apareceu na grande tela da sala da Corte. Pela primeira vez, o júri, e toda a imprensa que estava presente, teve a oportunidade de examinar a vida privada de Michael.
Eles observaram suas obras de arte, fizeram anotações sobre seus quartos de brinquedos, suas pilhas de lixo amontoadas no banheiro e na suíte privada do cantor. Que pesadelo para Michael Jackson! Ninguém dessa Terra desejaria que um bando de pessoas visse cada centímetro de seus armários, de seus cômodos ou de suas gavetas do armário do banheiro.

Albert Lafferty testemunhou que fazia parte da unidade forense na divisão criminal do escritório do xerife do Condado de Santa Barbara, dizendo que sua função era documentar cenas de crime, para coletar e preservar evidências. Dos 70 oficiais que fizeram a incursão à Neverland em novembro de 2003, Albert Lafferty foi designado para gravar um vídeo e tirar fotografias da residência principal. Lafferty explicou que tirou todas as fotos que serviriam como evidências antes que qualquer busca policial fosse conduzida, e testemunhou que a “cena”, antes de qualquer coisa, foi perturbada pela aplicação da Lei. Lafferty disse ao júri que processou a filmagem pela casa de Jackson, e a colocou como evidência.

Para o júri, Lafferty ajudou o promotor de Santa Barbara a identificar as diversas construções que apareciam nos mapas de Neverland. Apontando para uma grande vista aérea do rancho, Lafferty utilizou um laser vermelho para destacar a estrada Figueroa Mountain, seguindo a estrada da cidade de Los Olivos até os portões de Neverland. O oficial apontou os locais da casa principal, o arcade [sala de jogos], a estação de trem, o parque de diversões e o zoológico.

Lafferty deslocou o laser vermelho para além dos portões, mostrando aos jurados a estrada particular que rodava em torno de Neverland, levando a um outro portão, sendo este um portão como os da Disney, um portão que se abria automaticamente, com uma cabine de controle operada por manequins de tamanho real. As músicas eram tocadas por alto-falantes, e uma “Neverland” desconhecida pelas pessoas foi mostrada ao júri, centímetro por centímetro.

Enquanto apontava para o primeiro close-up da exibição do rancho, Lafferty mostrou ao júri o caminho que dava para a elaborada entrada da garagem de Michael. Ele também mostrou aos jurados a casa principal, e, em seguida, as unidades dos hóspedes, onde pessoas como Elizabeth Taylor e Marlon Brando regularmente ficavam. Lafferty mostrou os brinquedos do parque de diversões, e depois deslocou-se para a estação de trem, onde havia um imenso relógio, e a praça central do rancho que a maioria das pessoas reconheceram a partir de imagens de noticiários do mundo inteiro.

Enquanto todos viam as imagens aéreas, o nível da fortuna de Michael foi surpreendente. Neverland não era apenas um rancho ou um lugar de diversão. Era um patrimônio situado em 27.000 acres, com sua própria patrulha de segurança, seu próprio corpo de bombeiros, e suas belas construções em estilo Tudor que abrigavam um salão de jogos separado, um cinema, uma garagem cheia de Rolls-Royces e um Bentley, assim como a casa principal, com chefs, mordomos e o pessoal da limpeza.

A quantidade de poder e dinheiro usada para estabelecer aquele maravilhoso lugar estava perfeitamente evidente. O fato de que Michael Jackson era claramente o mais rico habitante da cidade de Los Olivos era algo a ser ponderado. As pessoas tiveram que se perguntar por que o promotor de Santa Barbara usara mais a aplicação da Lei para invadir Neverland do que a aplicação que jamais fora usada para capturar qualquer serial killer na história dos Estados Unidos.

Quando Tom Mesereau viria a questionar por que a polícia tinha precisado daqueles 70 oficiais para fazer o registro de Neverland, ele assinalaria que, no momento da incursão, Michael sequer estava no local. A ideia de que o rancho de Michael Jackson precisava ser invadido por um pequeno exército de policiais parecia excessiva.
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Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO Empty Re: Conspiração Michael Jackson by Afrodite Jones TRADUZIDO

Mensagem por sissi Sáb 23 Jun 2012 - 10:57

Enquanto a filmagem de Neverland continuava rolando, Lafferty disse aos jurados que a equipe de oficiais tinha chegado às 9:07 da manhã do dia 18 de novembro para a incursão, que o início da filmagem no interior da casa aconteceu por volta de 9:55 e que as buscas dentro do rancho não terminaram até tarde da noite. Lafferty contou que, às 8:40 da noite, a busca na residência principal tinha sido concluída, com exceção do quarto principal. Ele falou ao júri que, por volta das 10:38 da noite, a gravação do quarto de Michael Jackson começara. Era uma suíte de dois andares, e Lafferty levou quase 20 minutos para registrar em vídeo apenas uma área do quarto.

Antes de deixar o banco das testemunhas, Lafferty testemunhou que a última coisa que fez na casa foi voltar à sala de jantar de Michael, onde o mandado de busca oficial tinha sido deixado. O oficial filmou o mandado, mostrando que este tinha sido deixado para Michael Jackson em sua residência. Naquela noite, ao retornar ao escritório dos xerifes de Santa Barbara, Lafferty guardou a fita de gravação do rancho num armário trancado na área da unidade da propriedade forense.

Entrou em evidência para os jurados o People‟s Exhibit 336, que era um DVD de 12 minutos que documentava a privada Neverland de Michael.
O vídeo começava no saguão principal, onde uma estátua de um mordomo cumprimentava os convidados. Mas, então, a câmera rapidamente virou-se para a esquerda, levando os jurados a um corredor que dava para a suíte de Michael Jackson. Chegou à porta do quarto de Michael que, apesar de ter um alarme, já havia sido destrancada pelos oficiais da Lei.

O vídeo mostra o primeiro andar do quarto principal, com sua lareira e sua grande sala de estar completa com um piano de cauda. Rapidamente, a câmera passou pela área do banheiro e, logo, começou a subir as escadas para acabar mostrando a cama king-sized coberta por um edredom azul e cintilante que a fazia brilhar. Uma estranha pintura de Michael numa versão da “A Última Ceia” estava pendurada diretamente sobre a cama. Era difícil determinar todas as figuras do quadro, mas, como Jesus, Michael fora retratado no centro dos 12 homens. Ao invés de verem apóstolos, os jurados tiveram que forçar seus olhos para decifrar os homens representados à esquerda de Michael: Abe Lincoln, JFK, Thomas Edison e Albert Einstein. A gravação estava distorcida demais para permitir o júri ver os que estavam sentados à direita de Jackson, embora uma das figuras parecesse com o Little Richard.
Foi bizarro.

E, em seguida, a imagem da “Última Ceia” desapareceu.
Enquanto os jurados assistiam ao DVD, tomando notas sem desviar o rosto da tela, a câmera se deslocava rapidamente pelo quarto de Michael. Fascinadas pelas imagens do santuário privado de Jackson, as pessoas da sala do tribunal não conseguiam acreditar no que estavam vendo.

Na grande sala de estar, onde as coisas estavam organizadas e formais, as pessoas viram querubins, grandes estátuas de mármore que levavam através da porta de entrada da casa. Figuras de querubins nus em tamanho real ficavam em pé sobre o ornamentado piso parquet eram ofuscados por tapeçarias caras, por pinturas de Michael rodeado por crianças de todas as nações debaixo do sol. Já que a câmera se movia tão rapidamente, as estátuas de mármore branco pareciam se destacar. As figuras de querubins pareciam mais brilhantes do que a neve.

Os observadores do tribunal ficaram impressionados com a grandiosidade do hall de entrada, mas depois a câmera se deslocou para um lugar mais aconchegante, a área da cozinha, mostrando um forno gigante e dois fogões. Enquanto a câmera se locomovia, as várias pessoas presentes na cozinha ficavam congeladas. Elas estavam vestidas com um formal uniforme de “ajudante de cozinha” preto e branco, e pareciam assustadas com a presença dos policiais na casa.

A câmera, então, se moveu para mostrar a área da enorme sala de estar de Michael, onde pendiam pelo menos três lustres. Entre os sofás e as mesas de café, havia vários vasos gigantes e incomuns peças de arte, era difícil destacar alguma coisa. Contudo, ao longo de uma parede, a formal sala de estar abrigava um modelo de um pródigo castelo em miniatura, com duas estátuas de tamanho real servindo-o de guardas. O castelo parecia ser uma cópia feita sob medida de um lugar antigo, repleto de fossos e servos. O pequeno castelo tomava quase ¼ de todo o espaço da sala de estar. Do outro lado da sala, em torno de um sofá que ficava à frente de uma enorme lareira, havia um rack de caras estátuas e objetos de vidro, numerosos demais para serem contados.

Esculturas e estatuetas enchiam a sala de estar, assim como caras pinturas à óleo de Michael, algumas delas representando Jackson como um rei, outras, o representavam como um anjo. Havia tantas obras de arte que o local mais parecia galeria. Era impossível imaginar alguém sentar ali, no meio de todos aqueles objetos ornamentados, e realmente conseguir relaxar e se descontrair. A sala de estar não era um lugar, a partir de sua visão, onde Michael vivia. Era um lugar em que Michael exibia parte de sua vasta coleção de artes.

Enquanto a câmera passava pelo corredor e ia para a área dos quartos, havia estátuas de outro tipo – manequins de crianças que se escondiam em cada canto – e o júri viu um quarto inteiro dedicado à bonecas. Outro quarto era cheio de bonecos em tamanho real, com personagens de Star Wars e todos os populares super heróis – desde o Homem Aranha até o Superman. Os quartos de Prince e Paris foram mostrados rapidamente, e o vídeo se focou no corredor que levava diretamente ao quarto de Michael, que estava muito confuso, era difícil decifrar o que tinha lá. Entre decorações de Natal, livros, pinturas e antiguidades, havia recortes de papelão que se assemelhava ao Hulk Hogan, ou talvez a um demônio. Então, logo na entrada do quarto, na sala da área de estar, havia um enorme trono de ouro, no qual um manequim de uma criança plantando bananeira.

Para Michael, as crianças eram reis. Essa era a questão, em cada fibra de sua casa.
Exibidos numa caixa de vidro que ficava no primeiro andar do quarto principal estavam bonecos dos Sete Anões e outros caros colecionáveis da Disney. Num recanto na parede, havia uma cegonha carregando um “pacote” de bebê e tantos outros animais empalhados. Em todo o quarto havia personagens de desenhos animados representados desde Mickey Mouse de Fantasia até as Tartarugas Ninja. Também tinha figuras de ação em tamanho real e recortes de papel de pessoas como Michael Jordan e Bruce Lee. Peter Pan estava retratado em todos os lugares e tinha um lugar de destaque num mural da parede.

Fotos de crianças estavam em cartazes por todas as mesas. Imagens de crianças eram exibidas ao longo da lareira e ao longo das paredes do quarto – ou em qualquer lugar que Michael pudesse encontrar espaço. A desordem fez o lugar parecer bem bagunçado, mas foi chocante ver que Jackson sentia necessidade de se cercar com tantas “coisas”.
Aparentemente, Michael se baseava nos “objetos” como companhia.
Em uma parede, uma variada mistura de joias era exibida. A bandeira americana, uma maçã vermelho-rubi, um grande coração – todos os tipos de miniaturas de bonecos em miniatura. Proeminente entre eles: Peter Pan e Sininho.

Mas o DVD mudou a imagem rapidamente, os itens se tornaram um borrão.
No lugar deles, os jurados começaram a ver enormes imagens de papelão de famosos heróis dos esportes. O júri pôde ver numerosas estátuas feitas de papel-machê, mas como a câmera movia-se rapidamente, os manequins realistas dos personagens dos esportes, de filmes e as imagens em tamanho real de cavaleiros em armaduras brilhantes se misturavam.
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