[LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
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Jeane
♥Su Human Nature
Aluada Jackson
Dany MJ
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Então eu fui pra casa dele, e ele disse, só por uma semana e depois você pode voltar. E eu realmente comecei a gostar de lá. E ele teve de extrair meu dente uma hora, ah, enquanto eu estava lá , e eu não gosto de dor, e assim eu disse, poderia me pôr pra dormir? E ele disse, claro. Então seu amigo me pôs pra dormir; ele é um anestesista. E ah, quando acordei meu dente estava arrancado,e eu estava bem, um pouco tonto, mas consciente. E meu pai disse ... e seu amigo fora embora e era só ele e eu - e meu pai disse: "Eu só quero que você me diga, aconteceu alguma coisa entre você e Michael? E eu disse sim. ele me deu um grande abraço e foi isso.
Dr. Gardner: Tudo bem, então, você finalmente contou ao seu pai. Quem foi o primeiro adulto a quem você contou?
Jordan: Meu pai.
Dr. Gardner: Quantas vezes ele teve de perguntar a você: ..para lhe contar?
Jordan: Uma.
Dr. Gardner: Da primeira vez que ele perguntou, você disse e nunca lhe deu os detalhes?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Agora, quando você divulgou isso? Quando contou a ele? Em que mês?
Jordan: Julho. Acho que em julho. Lembro disso porque fica perto do aniversário de minha irmã, que é em julho.
Dr. Gardner: Você é interessado em meninas?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Você se percebeu atraído por algum garoTo. ..
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Alguma vez se percebeu atraído por garoto.
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Entenda, há alguns garotos que têm uma experiencia tal como a que você descreve, que mudam de inclinação heterosexual para homossexual. Você compreende o que eu quero dizer com isso?
Se você pergunta a eles aos cinco, seis, sete, oito anos, eles dizem "vou ser bombeiro quando crescer e vou me casar e ter filhos" algo assim - e depois eles continuam com essa tendência. Porém há alguns garotos, como resultado de uma experiência como a que você.....
Dr. Gardner: Tudo bem, então, você finalmente contou ao seu pai. Quem foi o primeiro adulto a quem você contou?
Jordan: Meu pai.
Dr. Gardner: Quantas vezes ele teve de perguntar a você: ..para lhe contar?
Jordan: Uma.
Dr. Gardner: Da primeira vez que ele perguntou, você disse e nunca lhe deu os detalhes?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Agora, quando você divulgou isso? Quando contou a ele? Em que mês?
Jordan: Julho. Acho que em julho. Lembro disso porque fica perto do aniversário de minha irmã, que é em julho.
Dr. Gardner: Você é interessado em meninas?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Você se percebeu atraído por algum garoTo. ..
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Alguma vez se percebeu atraído por garoto.
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Entenda, há alguns garotos que têm uma experiencia tal como a que você descreve, que mudam de inclinação heterosexual para homossexual. Você compreende o que eu quero dizer com isso?
Se você pergunta a eles aos cinco, seis, sete, oito anos, eles dizem "vou ser bombeiro quando crescer e vou me casar e ter filhos" algo assim - e depois eles continuam com essa tendência. Porém há alguns garotos, como resultado de uma experiência como a que você.....
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
está descrevendo, em que isso pode mudar e começar a pender para a tendência homossexual. Você acha que vai afetá-lo?
Jordan: Bem, pode ser, e acho que é por isso provavelmente que estou em terapia.
Dr. Gardner: Ok, mas a questão é, você tem a impressão agora de que isso pode acontecer a você?
J ordan: Não.
Dr. Gardner: Por que diz isso?
Jordan: Porque ... eu gosto de meninas!
Dr. Gardner: Você sente que de alguma forma poderia ter evitado toda essa coisa com Michael?
Jordan: Sinto.
Dr. Gardner: Como?
Jordan: Porque, no começo ... Lembra que eu disse que havia umas duas coisas que ele fazia e eu disse, "não faça isso"?
Dr. Gardner: Lembro.
Jordan: Funcionou daquelas vezes, quem sabe se eu tivesse feito isso ...
Dr. Gardner: Você poderia ter sido mais firme. É isso que está dizendo?
J ordan: Sim.
Dr. Gardner: Por que não foi?
Jordan: Era difícil de fazer.
Dr. Gardner: Por quê?
Jordan: Porque ele é adulto, ele é dominador, ele é famoso, ele é poderoso.
Dr. Gardner: Estava tomado de devoção por ele? Entende o que eu quero dizer com devoção?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Ter devoção por alguém significa que você o encara quase como um deus, ou algo assim.
Jordan: Não. Na verdade, quanto mais e mais nosso relacionamento ficou íntimo, menos eu pensava nisso. Como a maioria das pessoas pensa que, pô, ele é maravilhoso porque ele sabe dançar e cantar. Mas, sabe, ele é apenas, tipo ... uma pessoa comum.
Jordan: Bem, pode ser, e acho que é por isso provavelmente que estou em terapia.
Dr. Gardner: Ok, mas a questão é, você tem a impressão agora de que isso pode acontecer a você?
J ordan: Não.
Dr. Gardner: Por que diz isso?
Jordan: Porque ... eu gosto de meninas!
Dr. Gardner: Você sente que de alguma forma poderia ter evitado toda essa coisa com Michael?
Jordan: Sinto.
Dr. Gardner: Como?
Jordan: Porque, no começo ... Lembra que eu disse que havia umas duas coisas que ele fazia e eu disse, "não faça isso"?
Dr. Gardner: Lembro.
Jordan: Funcionou daquelas vezes, quem sabe se eu tivesse feito isso ...
Dr. Gardner: Você poderia ter sido mais firme. É isso que está dizendo?
J ordan: Sim.
Dr. Gardner: Por que não foi?
Jordan: Era difícil de fazer.
Dr. Gardner: Por quê?
Jordan: Porque ele é adulto, ele é dominador, ele é famoso, ele é poderoso.
Dr. Gardner: Estava tomado de devoção por ele? Entende o que eu quero dizer com devoção?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Ter devoção por alguém significa que você o encara quase como um deus, ou algo assim.
Jordan: Não. Na verdade, quanto mais e mais nosso relacionamento ficou íntimo, menos eu pensava nisso. Como a maioria das pessoas pensa que, pô, ele é maravilhoso porque ele sabe dançar e cantar. Mas, sabe, ele é apenas, tipo ... uma pessoa comum.
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Dr. Gardner: Você se sente culpado de ter participado desses atos?
Jordan: Sinto. Me arrependo de ter feito isso.
Dr. Gardner: E quando aos medos? Algum tipo de medo?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Às vezes as pessoas, depois de experiências desse tipo, desenvolvem diferentes tipos de medos. Você não tem medos?
Jordan: Talvez de interrogatório, mas é tudo. Quero dizer, não tenho nada a esconder, é só de pensar nisso. [Jordie descreve algumas das atividades que ele e Michael faziam juntos.]
Dr. Gardner: Me parece, pelo que você está descrevendo, que ele estava se comportando muito como criança.
Jordan: É isso que ele acreditava que era.
Dr. Gardner: Você diz, psicologicamente, ele acreditava que era uma criança? Quando você estava com ele - você descreveu os videogames _ ele jogava jogos infantis com você. Alguma vez ele deu alguma explicação da razão de fazer isso?
Jordan: Porque ele, ah, quando era jovem, tipo da minha idade, o pai fazia ele trabalhar sem parar e, ah, o pai dele batia nele e coisa e tal, e ele estava tentando reviver o que não teve quando garoto. Peter Pan é o seu ídolo.
Dr. Gardner: Por que isso?
Jordan: Porque Peter Pan é jovem pra sempre, e se mete em aventuras e coisa e tal.
Dr. Gardner: Ele podia reviver todas as experiências que não teve, mas, e quanto à parte sexual? Como isso se encaixa ao reviver o passado? Ele falou se teve experiências sexuais de algum tipo quando criança com alguma pessoa mais velha?
Jordan: Não, não que eu saiba.
Dr. Gardner: Ele disse que o amava?
Jordan: Hum-hum.
Dr. Gardner: Sabe quando você vê um filme romântico às vezes, e vê o homem e a mulher, e o homem diz o quanto ele ama a mulher, quanto ele a adora e a elogia; sabe como é isso?
Jordan:Sei.
Dr. Gardner: Você diria que era desse jeito que Michael era com você?
Jordan: Sinto. Me arrependo de ter feito isso.
Dr. Gardner: E quando aos medos? Algum tipo de medo?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Às vezes as pessoas, depois de experiências desse tipo, desenvolvem diferentes tipos de medos. Você não tem medos?
Jordan: Talvez de interrogatório, mas é tudo. Quero dizer, não tenho nada a esconder, é só de pensar nisso. [Jordie descreve algumas das atividades que ele e Michael faziam juntos.]
Dr. Gardner: Me parece, pelo que você está descrevendo, que ele estava se comportando muito como criança.
Jordan: É isso que ele acreditava que era.
Dr. Gardner: Você diz, psicologicamente, ele acreditava que era uma criança? Quando você estava com ele - você descreveu os videogames _ ele jogava jogos infantis com você. Alguma vez ele deu alguma explicação da razão de fazer isso?
Jordan: Porque ele, ah, quando era jovem, tipo da minha idade, o pai fazia ele trabalhar sem parar e, ah, o pai dele batia nele e coisa e tal, e ele estava tentando reviver o que não teve quando garoto. Peter Pan é o seu ídolo.
Dr. Gardner: Por que isso?
Jordan: Porque Peter Pan é jovem pra sempre, e se mete em aventuras e coisa e tal.
Dr. Gardner: Ele podia reviver todas as experiências que não teve, mas, e quanto à parte sexual? Como isso se encaixa ao reviver o passado? Ele falou se teve experiências sexuais de algum tipo quando criança com alguma pessoa mais velha?
Jordan: Não, não que eu saiba.
Dr. Gardner: Ele disse que o amava?
Jordan: Hum-hum.
Dr. Gardner: Sabe quando você vê um filme romântico às vezes, e vê o homem e a mulher, e o homem diz o quanto ele ama a mulher, quanto ele a adora e a elogia; sabe como é isso?
Jordan:Sei.
Dr. Gardner: Você diria que era desse jeito que Michael era com você?
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Jordan: Tipo assim, era alguma coisa parecida com uma espécie estranha de amor. Parecido, era parecido com isso, mas ele, ele me amava com egoísmo. Tipo, sem ligar para o fato de que o que estava fazendo poderia me ferir, ele continuava.
Dr. Gardner: Quando você diz que poderia feri-lo, como isso poderia ferir você?
Jordan: Todo mundo acha que o que ele estava fazendo poderia ferir, caso contrário não seria um crime.
Dr. Gardner: Ok, como poderia ferir? Conforme você vê, como isso poderia feri-lo?
Jordan: Porque ... isso é um assunto delicado, eu acho. Separa você de qualquer outra pessoa.
Dr. Gardner: Como?
Jordan: Eu não sei.
Dr. Gardner: Só dê seu próprio palpite.
Jordan: Poderia me deixar deprimido ou algo assim, eu não sei.
Dr. Gardner: Bem, isso é importante. Você diz que é um crime. Por que é um crime?
Jordan: Porque, como eu disse antes, ele está usando a experiência dele, o poder, a idade ...
Dr. Gardner: Como isso poderia deixar você? Se isso tivesse continuado e não fosse interrompido, como você teria acabado?
Jordan: De acordo com o seu padrão, acho que ele teria me deixado, meio que se livrado de mim, imagino que o senhor chamaria assim. E eu seria tipo um vegetal.
Dr. Gardner: Por que um vegetal?
Jordan: Porque ele continuaria a fazer aquelas coisas e eu não saberia o que mais há, lá fora.
Dr. Gardner: Diga isso de novo. Você não saberia o que mais há lá fora?
Jordan: Certo. Tipo, ele não gostaria se eu quisesse chamar uma garota ou algo assim. Sabe, eu não saberia, tipo, se haveria outras opções.
Dr. Gardner: Está dizendo que ele o desviaria de sua tendência de sair com garotas?
Jordan: Certo.
Dr. Gardner: Quando você diz que poderia feri-lo, como isso poderia ferir você?
Jordan: Todo mundo acha que o que ele estava fazendo poderia ferir, caso contrário não seria um crime.
Dr. Gardner: Ok, como poderia ferir? Conforme você vê, como isso poderia feri-lo?
Jordan: Porque ... isso é um assunto delicado, eu acho. Separa você de qualquer outra pessoa.
Dr. Gardner: Como?
Jordan: Eu não sei.
Dr. Gardner: Só dê seu próprio palpite.
Jordan: Poderia me deixar deprimido ou algo assim, eu não sei.
Dr. Gardner: Bem, isso é importante. Você diz que é um crime. Por que é um crime?
Jordan: Porque, como eu disse antes, ele está usando a experiência dele, o poder, a idade ...
Dr. Gardner: Como isso poderia deixar você? Se isso tivesse continuado e não fosse interrompido, como você teria acabado?
Jordan: De acordo com o seu padrão, acho que ele teria me deixado, meio que se livrado de mim, imagino que o senhor chamaria assim. E eu seria tipo um vegetal.
Dr. Gardner: Por que um vegetal?
Jordan: Porque ele continuaria a fazer aquelas coisas e eu não saberia o que mais há, lá fora.
Dr. Gardner: Diga isso de novo. Você não saberia o que mais há lá fora?
Jordan: Certo. Tipo, ele não gostaria se eu quisesse chamar uma garota ou algo assim. Sabe, eu não saberia, tipo, se haveria outras opções.
Dr. Gardner: Está dizendo que ele o desviaria de sua tendência de sair com garotas?
Jordan: Certo.
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Dr. Gardner: o que diria que foi a melhor coisa que já aconteceu em sua vida inteira?
Jordan: Quando eu contei ao meu pai o que Michael estava fazendo comigo.
Dr. Gardner: Por que diz isso?
Jordan: Porque, assim que eu contei pra ele, eu percebi que Michael nunca seria capaz de fazer isso comigo de novo. E quando alguma coisa horrível acaba, é muito provável que seja a melhor coisa de sua vida.
Dr. Gardner: Você diz ...
Jordan: Como um prisioneiro sendo solto da prisão.
Dr. Gardner: Mas você está dizendo que através de tudo isso, embora você se divertisse, sentia uma sensação de pressão?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Era um peso enorme em você? Sabe o que ...
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Poderia descrever. ..
Jordan: Tipo, eu não poderia me abrir a respeito de como me sentia. Como se eu não quisesse fazer algo e não pudesse simplesmente dizer "não quero fazer isso", porque ele começaria a chorar ou sei lá. Ele não dizia apenas, "ok, tanto faz, vamos ser apenas amigos e jogar videogames". Ele começava a chorar e fazer tudo para me convencer de que ...
Dr. Gardner: Porém, você voltava lá - voluntariamente. Poderia ter dito: "não quero ir de novo para Neverland", certo?
Jordan: Certo.
Dr. Gardner: Então, por que você voltava?
Jordan: Porque, independente do fato de eu ir a Neverland, ele estaria comigo. Não importava o que, ele estava sempre comigo. Era como se eu não pudesse apenas dizer "não quero ficar com você hoje".
Dr. Gardner: Por que não?
Jordan: Não era assim tão fáciL Ele chorava. Ele dizia: "Você não gosta mais de mim". Era uma encrenca, sabe, era difíciL
Dr. Gardner: É meu entendimento que sua mãe meio que facilitou as coisas aqui.
Jordan: Quando eu contei ao meu pai o que Michael estava fazendo comigo.
Dr. Gardner: Por que diz isso?
Jordan: Porque, assim que eu contei pra ele, eu percebi que Michael nunca seria capaz de fazer isso comigo de novo. E quando alguma coisa horrível acaba, é muito provável que seja a melhor coisa de sua vida.
Dr. Gardner: Você diz ...
Jordan: Como um prisioneiro sendo solto da prisão.
Dr. Gardner: Mas você está dizendo que através de tudo isso, embora você se divertisse, sentia uma sensação de pressão?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Era um peso enorme em você? Sabe o que ...
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Poderia descrever. ..
Jordan: Tipo, eu não poderia me abrir a respeito de como me sentia. Como se eu não quisesse fazer algo e não pudesse simplesmente dizer "não quero fazer isso", porque ele começaria a chorar ou sei lá. Ele não dizia apenas, "ok, tanto faz, vamos ser apenas amigos e jogar videogames". Ele começava a chorar e fazer tudo para me convencer de que ...
Dr. Gardner: Porém, você voltava lá - voluntariamente. Poderia ter dito: "não quero ir de novo para Neverland", certo?
Jordan: Certo.
Dr. Gardner: Então, por que você voltava?
Jordan: Porque, independente do fato de eu ir a Neverland, ele estaria comigo. Não importava o que, ele estava sempre comigo. Era como se eu não pudesse apenas dizer "não quero ficar com você hoje".
Dr. Gardner: Por que não?
Jordan: Não era assim tão fáciL Ele chorava. Ele dizia: "Você não gosta mais de mim". Era uma encrenca, sabe, era difíciL
Dr. Gardner: É meu entendimento que sua mãe meio que facilitou as coisas aqui.
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Jordan: o que isso quer dizer?
Dr. Gardner: Facilitar significa, tornar fácil para ele. Outra mãe poderia não ter acreditado nele com aquela coisa sobre" está tudo ok". Sabe, algumas mães diriam: "Você não vai dormir na cama com meu garoto, não me importa o que diga". Ela se deixou levar na conversa.
Jordan: Certo.
Dr. Gardner: É correto dizer que ela compreende agora o que estava acontecendo?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Me parece que sua mãe foi na conversa dele. Ela também foi enganada. Isso é correto?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Quais são suas sensações com relação à sua mãe a essas alturas?
Jordan: Ela foi enganada, assim como o senhor disse.
Dr. Gardner: Algum sentimento a respeito disso?
Jordan: De que, tenho certeza, de que se ela soubesse o que estava acontecendo, ela diria de jeito nenhum.
Dr. Gardner: Discutiu isso com ela?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Não!
Jordan: Espere, discutiu ... ?
Dr. Gardner: Essa coisa toda. Sobre ela ter sido enganada.
Jordan: Não, porque, quero dizer, eu pessoalmente não gosto de falar sobre isso mais do que sou obrigado.
Dr. Gardner: Você tem quaisquer outras sensações além de que ela foi enganada?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Soube por seus pais que você não estava passando muito tempo na casa de sua mãe. Isso é correto?
Jordan: Está certo.
Dr. Gardner: E, na sua idade e com sua inteligência, eles basicamente o deixaram tomar essa decisão por si mesmo. Porém, existem razões para tudo, e o que eu quero saber de você é, quais são suas razões para querer passar tão pouco tempo na casa de sua mãe?
Dr. Gardner: Facilitar significa, tornar fácil para ele. Outra mãe poderia não ter acreditado nele com aquela coisa sobre" está tudo ok". Sabe, algumas mães diriam: "Você não vai dormir na cama com meu garoto, não me importa o que diga". Ela se deixou levar na conversa.
Jordan: Certo.
Dr. Gardner: É correto dizer que ela compreende agora o que estava acontecendo?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Me parece que sua mãe foi na conversa dele. Ela também foi enganada. Isso é correto?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Quais são suas sensações com relação à sua mãe a essas alturas?
Jordan: Ela foi enganada, assim como o senhor disse.
Dr. Gardner: Algum sentimento a respeito disso?
Jordan: De que, tenho certeza, de que se ela soubesse o que estava acontecendo, ela diria de jeito nenhum.
Dr. Gardner: Discutiu isso com ela?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Não!
Jordan: Espere, discutiu ... ?
Dr. Gardner: Essa coisa toda. Sobre ela ter sido enganada.
Jordan: Não, porque, quero dizer, eu pessoalmente não gosto de falar sobre isso mais do que sou obrigado.
Dr. Gardner: Você tem quaisquer outras sensações além de que ela foi enganada?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Soube por seus pais que você não estava passando muito tempo na casa de sua mãe. Isso é correto?
Jordan: Está certo.
Dr. Gardner: E, na sua idade e com sua inteligência, eles basicamente o deixaram tomar essa decisão por si mesmo. Porém, existem razões para tudo, e o que eu quero saber de você é, quais são suas razões para querer passar tão pouco tempo na casa de sua mãe?
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Jordan: Não é exatamente assim que eu não queira passar tempo na casa de minha mãe. É ... há ... , não sei.
Dr. Gardner: Há sempre uma razão para tudo. Chute.
Jordan: Eu diria que é porque não existem tantas regras na casa de meu pai.
Dr. Gardner: E qual é a razão para isso?
Jordan: Não sei. Imagino que os valores deles, quem sabe.
Dr. Gardner: O que tem esses valores?
Jordan: Meu pai não acredita, por exemplo, em comer a comida certa toda noite. Você pode comer doce.
Dr. Gardner: Sua mãe é meio que intransigente?
Jordan: O que quer dizer isso?
Dr. Gardner: Intransigente? Sua mãe é chata e seu pai menos chato sobre comida. É isso o que você ia dizer?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Alguma outra razão?
Jordan: Não é só a comida propriamente, são as regras dela no geral.
Dr. Gardner: O que tem as regras dela?
Jordan: As regras de minha mãe são mais rígidas. Tipo, ir pra cama tal hora, fazer o dever de casa logo quando você chega em casa da escola.
Dr. Gardner: Alguma outra razão por quê?
Jordan: Bem, além disso, na casa da minha mãe - a casa mesmo, ou ela?
Dr. Gardner: Ambas as coisas.
Jordan: Bem, não quero passar tempo naquela casa porque a presença de Michael ainda está lá.
Dr. Gardner: É como se o fantasma dele ainda estivesse na casa, sua aura?
Jordan: É.
Dr. Gardner: Alguma outra razão com sua mãe?
Jordan: Por quê?
Dr. Gardner: Compreenda, porque estou tentando descobrir que problemas ou reações psicológicas, se houver alguma, você teve diante dessa experiência - que foi uma experiência de abalar a mente. Tenho
Dr. Gardner: Há sempre uma razão para tudo. Chute.
Jordan: Eu diria que é porque não existem tantas regras na casa de meu pai.
Dr. Gardner: E qual é a razão para isso?
Jordan: Não sei. Imagino que os valores deles, quem sabe.
Dr. Gardner: O que tem esses valores?
Jordan: Meu pai não acredita, por exemplo, em comer a comida certa toda noite. Você pode comer doce.
Dr. Gardner: Sua mãe é meio que intransigente?
Jordan: O que quer dizer isso?
Dr. Gardner: Intransigente? Sua mãe é chata e seu pai menos chato sobre comida. É isso o que você ia dizer?
Jordan: Sim.
Dr. Gardner: Alguma outra razão?
Jordan: Não é só a comida propriamente, são as regras dela no geral.
Dr. Gardner: O que tem as regras dela?
Jordan: As regras de minha mãe são mais rígidas. Tipo, ir pra cama tal hora, fazer o dever de casa logo quando você chega em casa da escola.
Dr. Gardner: Alguma outra razão por quê?
Jordan: Bem, além disso, na casa da minha mãe - a casa mesmo, ou ela?
Dr. Gardner: Ambas as coisas.
Jordan: Bem, não quero passar tempo naquela casa porque a presença de Michael ainda está lá.
Dr. Gardner: É como se o fantasma dele ainda estivesse na casa, sua aura?
Jordan: É.
Dr. Gardner: Alguma outra razão com sua mãe?
Jordan: Por quê?
Dr. Gardner: Compreenda, porque estou tentando descobrir que problemas ou reações psicológicas, se houver alguma, você teve diante dessa experiência - que foi uma experiência de abalar a mente. Tenho
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
certeza de que concorda com isso. Quando você pensa em todas as crianças no mundo, ter tido essa experiência com esse cara, sabe, é razoável dizer que se você vivesse até os mil anos, não se esqueceria disso. Estou correto?
Jordan: Correto.
Dr. Gardner: Ok. E vem a ter alguns efeitos nas pessoas: você não é imune a isso. Provavelmente o caso não vá afetar sua vida sexual. Você sabe que poderia, mas tem mais efeitos sutis. Não são tão óbvios, mas são efeitos, independente disso. Estou tentando descobrir. .. como um deles é, agora que você tem um ... você não pode entrar na casa de sua mãe sentindo relaxamento e conforto porque a aura de Michael está lá. Não é um efeito sexual, mas é um efeito. E compromete seu relacionamento com sua mãe. E só estou ponderando sobre outras coisas, outros efeitos. É por isso que estou lhe fazendo essas perguntas. Acha que tem algo a ver com sua mãe ter facilitado ... Sabe o que eu quero dizer por facilitado?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Seu pai pensa, e estou de acordo com ele, que ela não mostrou bastante percepção antes - embora ele seja um cara tão convincente e sedutor -, em se dar conta de que havia alguma coisa esquisita acontecendo ali, e tirado você de lá mais depressa. Concorda com isso?
Jordan: Bem, ele me tinha sob seu encanto. Assim, sabe ...
Dr. Gardner: Seu encanto? Acha que ela estava sob o seu encanto?
Jordan: Bem, ele me tinha sob o encanto dele, então imagino que poderia ter outras pessoas também.
Dr. Gardner: Estou imaginando se você realmente sente algum ressentimento com relação a ela, e isso possa ser um fator para não vê¬Ia.
Jordan: Não. Acho que não.
Dr. Gardner: Ok. Sabe, como eu soube por seus pais, e como vejo pelo que você diz, quando esteve sob esse encanto, ele se tornou como o ... você foi sendo afastado de seu pai, de sua mãe. Sabe, você era quase como um, sabe, atraído sob a teia dele e afastado de sua família, e você o enxergava como a pessoa mais importante em sua vida. Certo?
Jordan: Sim.
Jordan: Correto.
Dr. Gardner: Ok. E vem a ter alguns efeitos nas pessoas: você não é imune a isso. Provavelmente o caso não vá afetar sua vida sexual. Você sabe que poderia, mas tem mais efeitos sutis. Não são tão óbvios, mas são efeitos, independente disso. Estou tentando descobrir. .. como um deles é, agora que você tem um ... você não pode entrar na casa de sua mãe sentindo relaxamento e conforto porque a aura de Michael está lá. Não é um efeito sexual, mas é um efeito. E compromete seu relacionamento com sua mãe. E só estou ponderando sobre outras coisas, outros efeitos. É por isso que estou lhe fazendo essas perguntas. Acha que tem algo a ver com sua mãe ter facilitado ... Sabe o que eu quero dizer por facilitado?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Seu pai pensa, e estou de acordo com ele, que ela não mostrou bastante percepção antes - embora ele seja um cara tão convincente e sedutor -, em se dar conta de que havia alguma coisa esquisita acontecendo ali, e tirado você de lá mais depressa. Concorda com isso?
Jordan: Bem, ele me tinha sob seu encanto. Assim, sabe ...
Dr. Gardner: Seu encanto? Acha que ela estava sob o seu encanto?
Jordan: Bem, ele me tinha sob o encanto dele, então imagino que poderia ter outras pessoas também.
Dr. Gardner: Estou imaginando se você realmente sente algum ressentimento com relação a ela, e isso possa ser um fator para não vê¬Ia.
Jordan: Não. Acho que não.
Dr. Gardner: Ok. Sabe, como eu soube por seus pais, e como vejo pelo que você diz, quando esteve sob esse encanto, ele se tornou como o ... você foi sendo afastado de seu pai, de sua mãe. Sabe, você era quase como um, sabe, atraído sob a teia dele e afastado de sua família, e você o enxergava como a pessoa mais importante em sua vida. Certo?
Jordan: Sim.
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Dr. Gardner: E sob essas circunstâncias, você muitas vezes assume os traços e as qualidades dessa pessoa. Você assumiu alguma das qualidades dele?
Jordan: Assumi quando estava com ele, mas felizmente me livrei delas.
Dr. Gardner: Quais eram as qualidades?
Jordan: Seu jeito de falar.
Dr. Gardner: Pode imitar?
Jordan: Ele usava palavras como "me alcance". Isso queria dizer me pegue alguma coisa. Uma ereção era "leveza".
Dr. Gardner: "Leveza" era uma ereção. Prossiga.
Jordan: Porra era "manteiga de pato."
Dr. Gardner: "Manteiga de pato?" Isso era sêmen, ejacular?
Jordan: Era.
Dr. Gardner: Então, essas eram palavras dele e você estava usando essas palavras?
J ordan: Estava.
Dr. Gardner: Alguma coisa mais que tenha se tornado parte de você?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Quero obter esclarecimento com relação às meninas. Qual é sua situação com meninas a essas alturas? Seu pai diz que você fica um monte de tempo ao telefone.
Jordan: Hum-hum.
Dr. Gardner: Fala bastante com meninas em especial? Passa um bocado de tempo com meninas?
Jordan: Hum-hum.
Dr. Gardner: Vejo que está sorrindo. Tem uma [namorada) a essas alturas?
Jordan: Estou meio que no processo de andar atrás de uma.
Dr. Gardner: Então, está de olho nela?
Jordan: Estou, acho que o senhor poderia chamar assim.
Dr. Gardner: Já beijou alguém?
Jordan: Beijei essa garota.
Jordan: Assumi quando estava com ele, mas felizmente me livrei delas.
Dr. Gardner: Quais eram as qualidades?
Jordan: Seu jeito de falar.
Dr. Gardner: Pode imitar?
Jordan: Ele usava palavras como "me alcance". Isso queria dizer me pegue alguma coisa. Uma ereção era "leveza".
Dr. Gardner: "Leveza" era uma ereção. Prossiga.
Jordan: Porra era "manteiga de pato."
Dr. Gardner: "Manteiga de pato?" Isso era sêmen, ejacular?
Jordan: Era.
Dr. Gardner: Então, essas eram palavras dele e você estava usando essas palavras?
J ordan: Estava.
Dr. Gardner: Alguma coisa mais que tenha se tornado parte de você?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Quero obter esclarecimento com relação às meninas. Qual é sua situação com meninas a essas alturas? Seu pai diz que você fica um monte de tempo ao telefone.
Jordan: Hum-hum.
Dr. Gardner: Fala bastante com meninas em especial? Passa um bocado de tempo com meninas?
Jordan: Hum-hum.
Dr. Gardner: Vejo que está sorrindo. Tem uma [namorada) a essas alturas?
Jordan: Estou meio que no processo de andar atrás de uma.
Dr. Gardner: Então, está de olho nela?
Jordan: Estou, acho que o senhor poderia chamar assim.
Dr. Gardner: Já beijou alguém?
Jordan: Beijei essa garota.
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Dr. Gardner: Ok. Então, seu pai parece pensar que, em seu relacionamento com as meninas, você faz um monte de perguntas; você está muito controlador. Acha que isso tem algo a ver com Michael?
Jordan: Não ... Bem, tem.
Dr. Gardnen Como isso se relaciona com Michael?
Jordan: Porque ... eu não tinha pensado nisso desse jeito antes, mas agora que penso nisso, já pus confiança demais e dei o controle a Michael em nossa relação, agora eu observo por mim mesmo.
Dr. Gardnen E quanto à confiança em sua mãe? Você acha que algo da confiança em sua mãe foi afetada?
Jordan: Bem, não é porque ela, como as pessoas dizem, quisesse me prostituir. É mais por causa de ... quem sabe, eu ter tentado contar a ela uma vez e ela não me acreditou.
Dr. Gardner: Quando foi isso? Você se lembra?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Como se sente sobre isso?
Jordan: Sinto como se fosse alguma coisa distante, desagradável, em sua mente, de que seu filho pudesse se machucar. .. e você reunisse um exército, sabe, se houvesse uma suspeita tão forte como essa, que meu pai levou assim tão longe. Ela deveria pelo menos ter ouvido o
que eu tinha a dizer.
Jordan: Não ... Bem, tem.
Dr. Gardnen Como isso se relaciona com Michael?
Jordan: Porque ... eu não tinha pensado nisso desse jeito antes, mas agora que penso nisso, já pus confiança demais e dei o controle a Michael em nossa relação, agora eu observo por mim mesmo.
Dr. Gardnen E quanto à confiança em sua mãe? Você acha que algo da confiança em sua mãe foi afetada?
Jordan: Bem, não é porque ela, como as pessoas dizem, quisesse me prostituir. É mais por causa de ... quem sabe, eu ter tentado contar a ela uma vez e ela não me acreditou.
Dr. Gardner: Quando foi isso? Você se lembra?
Jordan: Não.
Dr. Gardner: Como se sente sobre isso?
Jordan: Sinto como se fosse alguma coisa distante, desagradável, em sua mente, de que seu filho pudesse se machucar. .. e você reunisse um exército, sabe, se houvesse uma suspeita tão forte como essa, que meu pai levou assim tão longe. Ela deveria pelo menos ter ouvido o
que eu tinha a dizer.
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
UM
Quando Michael Jackson pisou no palco, em 10 de janeiro de 1993, para o baile de gala da posse do presidente Bill Clinton, estava, aparentemente, no topo do mundo. Dificilmente a mídia teria de exagerar para transmitir que tremendo superstar ele havia se tornado naquele ponto de sua carreira. Só precisariam citar as inserções dedicadas a Jackson no Livro de Recordes do Guinness: "O mais bem sucedido artista de todos os tempos; o mais consumado performer vivo da história; o álbum de maior vendagem de todos os tempos; o mais jovem vocalista no topo da lista dos cantores solo dos Estados Unidos; o primeiro vocalista a entrar na lista dos cantores solo dos Estados Unidos como número um; o maior número de semanas no topo da lista dos álbuns nos Estados Unidos; o mais bem-sucedido vídeo de música; e o mais bem pago artista de todos os tempos".
Adorado pelo mundo, sua própria presença inflamava multidões, numa cena que lembrava a Beatlemania. Eu mesmo, certa vez, fiquei preso num ônibus em Londres por quase uma hora, na Oxford Street, porque corria um boato de que J ackson estava fazendo compras na loja de discos HMY. A aglomeração bloqueou o tráfego por oitocentos metros em todas as direções. Apesar disso, o público achava Jackson decididamente bizarro. Histórias de tabloides ressaltavam seu comportamento estranho. Diziam que ele queria comprar os ossos do Homem Elefante e que dormia numa câmara hiperbárica para permanecer jovem. Suas feições faciais sempre mutantes eram aparentemente decorrência da obsessão em se parecer com Diana Ross, sua mentora na Motowm. Posteriormente, depois de romper com ela, resolveu moldar a si mesmo segundo a imagem de uma outra Diana, a princesa de Gales. Apesar de seus protestos de que tais histórias eram absurdas, suas negativas não alteravam o ceticismo do público, que, diante dos próprios olhos, viu um jovem de pele escura transformar-se num adulto bizarro de pele clara e aparência andrógena no transcorrer de quase um quarto de século em que esteve sob os holofotes do público. Mesmo assim, em vez de abalar sua popularidade, tal comportamento só parecia aumentá-Ia. O pior adjetivo de que a midia normalmente usava para descrever o cantor era "excêntrico". Jackson, porém, nunca realmente tinha sido associado ao mau comportamento com frequência vinculado a outras celebridades de sua era, principalmente na indústria da música, onde rolavam drogas e excesso.
Ao contrário, em janeiro de 1993, ele estava começando a se tor¬nar quase tão famoso por seus esforços humanitários quanto por sua música. Durante os anos 80, ele chegou a fazer amizade com um adolescente chamado Ryan White, um hemofílico. Ryan tornou-se o representante nacional do HIV e da AIDS depois de contrair a infecção através de uma transfusão de sangue.
White ajudou a mudar a percepção dos americanos de que a AIDS era uma doença confinada aos homossexuais. Foi providencial em convencer o presidente Ronald Reagan a devotar-se à causa pela primeira vez. A amizade de Jackson com White ajudou-o a ganhar noto¬riedade como advogado da pesquisa de HIV / AIDS, solidificando sua reputação como uma celebridade compassiva. No funeral de White, em 1990, Jackson fez um discurso fúnebre particularmente comoven¬te, ao declarar:
- Adeus, Ryan White. Você nos ensinou como ficar de pé e lutar. Em 1992, explicando que queria "melhorar as condições [de vida] das crianças pelo mundo", Jackson criou a Heal the World Foundation - Fundação Curar o Mundo, para fornecer medicamentos às crianças e lutar contra a fome, a falta de habitação, a exploração e o abuso de crianças no mundo. A fundação também levou centenas de crianças de baixa renda e das minorias para visitar Neverland - a Terra do Nunca, na história de Peter Pan, o espetacular rancho de 1.092 hectares que ele comprou em 1988 em Santa Ynez, na Califórnia, que se tornou completo com um zoo e um parque de diversões. Em 1992, Jackson doou todos os lucros de sua turnê mundial Dangerous - dez milhões de dólares - à fundação.
E, assim, não foi surpresa quando J ackson foi convidado para se apresentar no baile de gala da posse do presidente Bill Clinton, em
Quando Michael Jackson pisou no palco, em 10 de janeiro de 1993, para o baile de gala da posse do presidente Bill Clinton, estava, aparentemente, no topo do mundo. Dificilmente a mídia teria de exagerar para transmitir que tremendo superstar ele havia se tornado naquele ponto de sua carreira. Só precisariam citar as inserções dedicadas a Jackson no Livro de Recordes do Guinness: "O mais bem sucedido artista de todos os tempos; o mais consumado performer vivo da história; o álbum de maior vendagem de todos os tempos; o mais jovem vocalista no topo da lista dos cantores solo dos Estados Unidos; o primeiro vocalista a entrar na lista dos cantores solo dos Estados Unidos como número um; o maior número de semanas no topo da lista dos álbuns nos Estados Unidos; o mais bem-sucedido vídeo de música; e o mais bem pago artista de todos os tempos".
Adorado pelo mundo, sua própria presença inflamava multidões, numa cena que lembrava a Beatlemania. Eu mesmo, certa vez, fiquei preso num ônibus em Londres por quase uma hora, na Oxford Street, porque corria um boato de que J ackson estava fazendo compras na loja de discos HMY. A aglomeração bloqueou o tráfego por oitocentos metros em todas as direções. Apesar disso, o público achava Jackson decididamente bizarro. Histórias de tabloides ressaltavam seu comportamento estranho. Diziam que ele queria comprar os ossos do Homem Elefante e que dormia numa câmara hiperbárica para permanecer jovem. Suas feições faciais sempre mutantes eram aparentemente decorrência da obsessão em se parecer com Diana Ross, sua mentora na Motowm. Posteriormente, depois de romper com ela, resolveu moldar a si mesmo segundo a imagem de uma outra Diana, a princesa de Gales. Apesar de seus protestos de que tais histórias eram absurdas, suas negativas não alteravam o ceticismo do público, que, diante dos próprios olhos, viu um jovem de pele escura transformar-se num adulto bizarro de pele clara e aparência andrógena no transcorrer de quase um quarto de século em que esteve sob os holofotes do público. Mesmo assim, em vez de abalar sua popularidade, tal comportamento só parecia aumentá-Ia. O pior adjetivo de que a midia normalmente usava para descrever o cantor era "excêntrico". Jackson, porém, nunca realmente tinha sido associado ao mau comportamento com frequência vinculado a outras celebridades de sua era, principalmente na indústria da música, onde rolavam drogas e excesso.
Ao contrário, em janeiro de 1993, ele estava começando a se tor¬nar quase tão famoso por seus esforços humanitários quanto por sua música. Durante os anos 80, ele chegou a fazer amizade com um adolescente chamado Ryan White, um hemofílico. Ryan tornou-se o representante nacional do HIV e da AIDS depois de contrair a infecção através de uma transfusão de sangue.
White ajudou a mudar a percepção dos americanos de que a AIDS era uma doença confinada aos homossexuais. Foi providencial em convencer o presidente Ronald Reagan a devotar-se à causa pela primeira vez. A amizade de Jackson com White ajudou-o a ganhar noto¬riedade como advogado da pesquisa de HIV / AIDS, solidificando sua reputação como uma celebridade compassiva. No funeral de White, em 1990, Jackson fez um discurso fúnebre particularmente comoven¬te, ao declarar:
- Adeus, Ryan White. Você nos ensinou como ficar de pé e lutar. Em 1992, explicando que queria "melhorar as condições [de vida] das crianças pelo mundo", Jackson criou a Heal the World Foundation - Fundação Curar o Mundo, para fornecer medicamentos às crianças e lutar contra a fome, a falta de habitação, a exploração e o abuso de crianças no mundo. A fundação também levou centenas de crianças de baixa renda e das minorias para visitar Neverland - a Terra do Nunca, na história de Peter Pan, o espetacular rancho de 1.092 hectares que ele comprou em 1988 em Santa Ynez, na Califórnia, que se tornou completo com um zoo e um parque de diversões. Em 1992, Jackson doou todos os lucros de sua turnê mundial Dangerous - dez milhões de dólares - à fundação.
E, assim, não foi surpresa quando J ackson foi convidado para se apresentar no baile de gala da posse do presidente Bill Clinton, em
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
maisssssssssssssssssss
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
1993. Ele parecia um símbolo natural para a nova era de progresso que Clinton representava depois de doze longos anos sombrios de presidentes americanos de direita.
Quando Jackson inclinou-se no palco para os aplausos vibrantes da plateia, inclusive do novo presidente e da primeira dama, dedicou uma canção a "todas as crianças do mundo". No dia seguinte, entusíásticos repórteres da mídia enalteceram sua apresentação de "Heal the World" como um tributo ao "amor pelas crianças" de Jackson. Poucos meses mais tarde, essas palavras teriam um significado muito diferente, e seria o mundo de Jackson que precisaria curar-se, pois começava a desabar em torno dele.
o colapso do reinado sem precedentes de Michael Jackson como o artista mais amado e mais popular do mundo pode ter sido deflagrado por uma vela de ignição defeituosa. Em maio de 1992, Jackson estava sozinho dirigindo sua van pela Wilshire Boulevard, em Los Angeles, quando o veículo quebrou de repente no tráfego pesado. Sem um celular para pedir por ajuda, Jackson saiu da van confuso, sem saber o que fazer. Usando óculos de sol espelhados, um turbante preto e uma echarpe cobrindo a face,foi reconhecido imediatamente por uma funcionária de uma agência de aluguel de carros próxima, a caminho do trabalho. Ela aproximou-se de Jackson e se ofereceu para levá-lo à agência onde trabalhava para alugar um veículo. Então, fez um telefonema para o patrão, David Schwartz, dono da agência de aluguel. Quando Schwartz soube que Michael Jackson estava a caminho, percebeu o que tinha de fazer. Chamou imediatamente a esposa, June Chandler Schwartz, e lhe disse para trazer o filho de doze anos, Jordan, enteado dele, ao escritório. Sabia que Jordan idolatrava Michael Jackson desde o dia em que o viu num restaurante de Los Angeles, chamado Golden Temple, sete anos atrás. Daquele momento em diante, o garoto havia se tornado um obcecado pelo astro. Comprava todos os álbuns de J ackson, sabia as letras de todas as suas canções, e imitava os movimentos de dança de J ackson em frente ao espelho.
Mais tarde, muitos divulgaram que Jordan havia enviado um cartão desejando melhoras a Jackson, juntando uma foto e o número de telefone, depois que os cabelos do cantor tinham pegado fogo num comercial para a Pepsi. Michael agradeceu-o pessoalmente por telefone no mesmo dia. Isso, porém, seria impossível porque Jordan tinha apenas quatro anos na época do incidente da Pepsi, em 1984.
Existem também relatos não confirmados de que Jordan fez um teste para um papel num comercial, imitando Jackson, mas foí recusado.
Apesar dísso, Jordan ficou muíto empolgado em conhecer seu herói frente a frente. Mostrou-se um pouco tímido e não conversou muito, mas sua deslumbrada mãe June supriu em muito essa falha, transbordando de entusiasmo ao dizer como estavam emocionados em conhecê-lo, relembrando a Jackson que ele já havia encontrado o garoto anteríormente, uma vez. Antes que Jackson saísse dírígíndo um carro velho alugado por David Schwartz, June insistiu em lhe dar o número de telefone de seu filho. Jackson enfiou o papel no bolso apertou a mão de Jordan, e prometeu telefonar.
Alguns dias depois, o telefone tocou na casa de Schwartz em Santa Monica, e June espantou-se em ouvir uma ínconfundível voz pedir para falar com Jordie. Maís tarde, ela declarou que Jackson perguntara se Jordan gostaria de visitá-lo no condomínio Century City, mas disse que não havia deixado porque o filho estava no meio dos exames finais. Jordan terminava a sétima série na época.
Pessoas próximas a ela, no entanto, alegaram que ela jamais tería recusado tal convíte, uma afírmação que soa verdadeíra, dado o comportamento posterior dela. Michael estava prestes a embarcar em sua turnê mundial com Dangerous, e os dois não se encontraram de novo até quase um ano mais tarde. Enquanto isso, Jackson telefonou diversas vezes a Jordan, do caminho, conversando durante horas às vezes, e a amizade cresceu. Quando indagado a respeito dessas conversas por telefone, Jordan disse que Michael falava frequentemente sobre Neverland e como era divertido para a criançada. Parecia ansiar pelo dia em que o menino pudesse visitar o rancho e ver, com os próprios olhos, o parque de diversões, os videogames, o forte de água e o zoo.
Um mês depois do baile de gala da posse de Clinton, Jackson completou a primeira etapa de sua turnê mundial e voltou à Califórnia. Foí quando Jordan finalmente foi visitar Neverland pela primeira vez. No meio de fevereiro, Jackson mandou uma limusine buscar Jordan, a mãe, e a meia irmã de cinco anos, Uly. A família passou o fim de semana na casa de hóspedes de Michael e divertiu-se como nunca. O destaque foi uma farra de compras numa loja "Toys-R-Us" próxíma, que ficou aberta durante horas para que Jordan e sua irmã pudessem pegar tantos brinquedos quanto quisessem.
Quando Jackson inclinou-se no palco para os aplausos vibrantes da plateia, inclusive do novo presidente e da primeira dama, dedicou uma canção a "todas as crianças do mundo". No dia seguinte, entusíásticos repórteres da mídia enalteceram sua apresentação de "Heal the World" como um tributo ao "amor pelas crianças" de Jackson. Poucos meses mais tarde, essas palavras teriam um significado muito diferente, e seria o mundo de Jackson que precisaria curar-se, pois começava a desabar em torno dele.
o colapso do reinado sem precedentes de Michael Jackson como o artista mais amado e mais popular do mundo pode ter sido deflagrado por uma vela de ignição defeituosa. Em maio de 1992, Jackson estava sozinho dirigindo sua van pela Wilshire Boulevard, em Los Angeles, quando o veículo quebrou de repente no tráfego pesado. Sem um celular para pedir por ajuda, Jackson saiu da van confuso, sem saber o que fazer. Usando óculos de sol espelhados, um turbante preto e uma echarpe cobrindo a face,foi reconhecido imediatamente por uma funcionária de uma agência de aluguel de carros próxima, a caminho do trabalho. Ela aproximou-se de Jackson e se ofereceu para levá-lo à agência onde trabalhava para alugar um veículo. Então, fez um telefonema para o patrão, David Schwartz, dono da agência de aluguel. Quando Schwartz soube que Michael Jackson estava a caminho, percebeu o que tinha de fazer. Chamou imediatamente a esposa, June Chandler Schwartz, e lhe disse para trazer o filho de doze anos, Jordan, enteado dele, ao escritório. Sabia que Jordan idolatrava Michael Jackson desde o dia em que o viu num restaurante de Los Angeles, chamado Golden Temple, sete anos atrás. Daquele momento em diante, o garoto havia se tornado um obcecado pelo astro. Comprava todos os álbuns de J ackson, sabia as letras de todas as suas canções, e imitava os movimentos de dança de J ackson em frente ao espelho.
Mais tarde, muitos divulgaram que Jordan havia enviado um cartão desejando melhoras a Jackson, juntando uma foto e o número de telefone, depois que os cabelos do cantor tinham pegado fogo num comercial para a Pepsi. Michael agradeceu-o pessoalmente por telefone no mesmo dia. Isso, porém, seria impossível porque Jordan tinha apenas quatro anos na época do incidente da Pepsi, em 1984.
Existem também relatos não confirmados de que Jordan fez um teste para um papel num comercial, imitando Jackson, mas foí recusado.
Apesar dísso, Jordan ficou muíto empolgado em conhecer seu herói frente a frente. Mostrou-se um pouco tímido e não conversou muito, mas sua deslumbrada mãe June supriu em muito essa falha, transbordando de entusiasmo ao dizer como estavam emocionados em conhecê-lo, relembrando a Jackson que ele já havia encontrado o garoto anteríormente, uma vez. Antes que Jackson saísse dírígíndo um carro velho alugado por David Schwartz, June insistiu em lhe dar o número de telefone de seu filho. Jackson enfiou o papel no bolso apertou a mão de Jordan, e prometeu telefonar.
Alguns dias depois, o telefone tocou na casa de Schwartz em Santa Monica, e June espantou-se em ouvir uma ínconfundível voz pedir para falar com Jordie. Maís tarde, ela declarou que Jackson perguntara se Jordan gostaria de visitá-lo no condomínio Century City, mas disse que não havia deixado porque o filho estava no meio dos exames finais. Jordan terminava a sétima série na época.
Pessoas próximas a ela, no entanto, alegaram que ela jamais tería recusado tal convíte, uma afírmação que soa verdadeíra, dado o comportamento posterior dela. Michael estava prestes a embarcar em sua turnê mundial com Dangerous, e os dois não se encontraram de novo até quase um ano mais tarde. Enquanto isso, Jackson telefonou diversas vezes a Jordan, do caminho, conversando durante horas às vezes, e a amizade cresceu. Quando indagado a respeito dessas conversas por telefone, Jordan disse que Michael falava frequentemente sobre Neverland e como era divertido para a criançada. Parecia ansiar pelo dia em que o menino pudesse visitar o rancho e ver, com os próprios olhos, o parque de diversões, os videogames, o forte de água e o zoo.
Um mês depois do baile de gala da posse de Clinton, Jackson completou a primeira etapa de sua turnê mundial e voltou à Califórnia. Foí quando Jordan finalmente foi visitar Neverland pela primeira vez. No meio de fevereiro, Jackson mandou uma limusine buscar Jordan, a mãe, e a meia irmã de cinco anos, Uly. A família passou o fim de semana na casa de hóspedes de Michael e divertiu-se como nunca. O destaque foi uma farra de compras numa loja "Toys-R-Us" próxíma, que ficou aberta durante horas para que Jordan e sua irmã pudessem pegar tantos brinquedos quanto quisessem.
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Poucos dias depois de voltarem para casa, Jackson convidou-os de novo para o fim de semana seguinte, prometendo mandar um carro para eles na tarde de sexta-feira. Na hora marcada, a família ficou empolgada ao descobrir que o próprio Jackson fora buscá-los. Foi uma decepção, contudo, quando entraram na imensa limusine e descobriram que ele não estava sozinho. Sentado em seu colo estava um garoto de onze anos chamado Brett. Jordan admitiu mais tarde que a cena o deixou com ciúme.
Na época em que Jordan Chandler conheceu Michael Jackson, não era segredo que J ackson tinha alguns "amigos especiais". Os mais famosos desses amigos eram o pequeno ex-astro do sitcom de TV, Webster, Emmanuel Lewis, e o ator infantil de Esqueceram de Mim, Macaulay Culkin. Eles sempre pareciam estar ao seu lado durante os anos 80, acompanhando-o a shows de premiações, estreias de filmes e outros eventos.
Quando Jackson comprou seu vasto rancho em 1988, explicou o nome do lugar em razão de sua fascinação pelas histórias de Peter Pan, de J.M. Barrie, ao descrever Neverland, a Terra do Nunca, uma ilha onde a turma de Peter Pan, apelidada de "Meninos Perdidos" e as crianças que ali habitavam nunca cresciam. Ele com frequência descrevia sua própria infância como "perdida", ao ver-se lançado no show business desde muito cedo, sem nunca ter a chance de fazer todas as coisas que as outras crianças faziam.
Numa entrevista para a TV, em1993, no programa de Oprah Winfrey, ele detalhou a experiência:
Bem, a gente não pode fazer aquilo que as outras crianças têm permissão para fazer, ter amigos e festas de pijamas e colegas. Não houve nada disso para mim. Eu não tinha amigos quando era pequeno. Meus irmãos eram meus amigos. É por isso que acho que, por não ter tido isso então, eu me compenso agora. Tem gente que pensa na razão de eu sempre ter crianças ao redor. É que encontro coisas que nunca tive através delas, sabe como é, Disneylândia, parques de diversões, jogos de videogame. Adoro todas essas coisas porque, quando eu era pequeno, era sempre trabalho, trabalho, trabalho de uma apresentação à outra. Se não era uma apresentação, era o estúdio de gravação, se não era isso, eram shows de TV ou sessões de fotos. Havia sempre algo a fazer. .. Eu amava o show business, e ainda amo o show business, mas naquele tempo, houve ocasiões em que a gente queria apenas brincar e divertir-se um pouco, e essa parte me deixava triste. Lembro-me de uma vez em que a gente estava para ir para a América do Sul e tudo estava empacotado e dentro do carro para irmos embora, e eu me escondi e comecei a chorar porque realmente não queria ir, eu queria brincar; não tinha vontade de ir.
Na mesma entrevista, Jackson descreveu de forma emocionante como era maltratado pelo pai que lhe dizia que ele era feio e batia nele com frequência.
- Eu costumava não olhar para mim mesmo. Escondia meu rosto no escuro. Não tinha vontade me olhar no espelho e meu pai me provocava, e eu odiava isso e chorava todo dia - recordou.
Depois dessas experiências, Jackson explicou que tudo que queria da vida, além de sua música, era recapturar aquela infância perdida. Disse que esse era o motivo pelo qual se rodeava da garotada e criou Neverland como um lugar onde poderia viver como uma criança.
- Só sou feliz quando estou com crianças - disse, certa vez, a um grupo de garotos que visitava Neverland.
Antes de se tornarem de conhecimento público as denúncias de Jordan Chandler, a mídia quase nunca havia questionado esse aspecto estranho da vida de Jackson. Sua amizade com crianças sempre era retratada como inocente e encantadora. Porém, depois, essa mesma amizade assumiu um aspecto sinistro.
De repente, o público lembrou-se de alguns de seus mais famosos "amigos" e encheu-se de suspeitas. Talvez aqueles encontros não fossem tão inocentes assim.
É provável que a mais famosa dessas amizades com celebridades infantis seja o antigo relacionamento de Jackson com Macaulay Culkin. Começou pouco depois do sucesso de estreia de Culkin, Esqueceram de Mim, que o tornou um superstar com dez anos de idade.
Ávido por um insight no relacionamento de Jackson com crianças, encontrei-me com Culkin num café de Los Angeles. A primeira coisa que ele me disse foi que eu jamais poderia entender o que motivava Jackson. - Posso descrever nossa amizade e posso explicar o vínculo de Michael com crianças - disse -, porém, não importa o que eu diga, você
Na época em que Jordan Chandler conheceu Michael Jackson, não era segredo que J ackson tinha alguns "amigos especiais". Os mais famosos desses amigos eram o pequeno ex-astro do sitcom de TV, Webster, Emmanuel Lewis, e o ator infantil de Esqueceram de Mim, Macaulay Culkin. Eles sempre pareciam estar ao seu lado durante os anos 80, acompanhando-o a shows de premiações, estreias de filmes e outros eventos.
Quando Jackson comprou seu vasto rancho em 1988, explicou o nome do lugar em razão de sua fascinação pelas histórias de Peter Pan, de J.M. Barrie, ao descrever Neverland, a Terra do Nunca, uma ilha onde a turma de Peter Pan, apelidada de "Meninos Perdidos" e as crianças que ali habitavam nunca cresciam. Ele com frequência descrevia sua própria infância como "perdida", ao ver-se lançado no show business desde muito cedo, sem nunca ter a chance de fazer todas as coisas que as outras crianças faziam.
Numa entrevista para a TV, em1993, no programa de Oprah Winfrey, ele detalhou a experiência:
Bem, a gente não pode fazer aquilo que as outras crianças têm permissão para fazer, ter amigos e festas de pijamas e colegas. Não houve nada disso para mim. Eu não tinha amigos quando era pequeno. Meus irmãos eram meus amigos. É por isso que acho que, por não ter tido isso então, eu me compenso agora. Tem gente que pensa na razão de eu sempre ter crianças ao redor. É que encontro coisas que nunca tive através delas, sabe como é, Disneylândia, parques de diversões, jogos de videogame. Adoro todas essas coisas porque, quando eu era pequeno, era sempre trabalho, trabalho, trabalho de uma apresentação à outra. Se não era uma apresentação, era o estúdio de gravação, se não era isso, eram shows de TV ou sessões de fotos. Havia sempre algo a fazer. .. Eu amava o show business, e ainda amo o show business, mas naquele tempo, houve ocasiões em que a gente queria apenas brincar e divertir-se um pouco, e essa parte me deixava triste. Lembro-me de uma vez em que a gente estava para ir para a América do Sul e tudo estava empacotado e dentro do carro para irmos embora, e eu me escondi e comecei a chorar porque realmente não queria ir, eu queria brincar; não tinha vontade de ir.
Na mesma entrevista, Jackson descreveu de forma emocionante como era maltratado pelo pai que lhe dizia que ele era feio e batia nele com frequência.
- Eu costumava não olhar para mim mesmo. Escondia meu rosto no escuro. Não tinha vontade me olhar no espelho e meu pai me provocava, e eu odiava isso e chorava todo dia - recordou.
Depois dessas experiências, Jackson explicou que tudo que queria da vida, além de sua música, era recapturar aquela infância perdida. Disse que esse era o motivo pelo qual se rodeava da garotada e criou Neverland como um lugar onde poderia viver como uma criança.
- Só sou feliz quando estou com crianças - disse, certa vez, a um grupo de garotos que visitava Neverland.
Antes de se tornarem de conhecimento público as denúncias de Jordan Chandler, a mídia quase nunca havia questionado esse aspecto estranho da vida de Jackson. Sua amizade com crianças sempre era retratada como inocente e encantadora. Porém, depois, essa mesma amizade assumiu um aspecto sinistro.
De repente, o público lembrou-se de alguns de seus mais famosos "amigos" e encheu-se de suspeitas. Talvez aqueles encontros não fossem tão inocentes assim.
É provável que a mais famosa dessas amizades com celebridades infantis seja o antigo relacionamento de Jackson com Macaulay Culkin. Começou pouco depois do sucesso de estreia de Culkin, Esqueceram de Mim, que o tornou um superstar com dez anos de idade.
Ávido por um insight no relacionamento de Jackson com crianças, encontrei-me com Culkin num café de Los Angeles. A primeira coisa que ele me disse foi que eu jamais poderia entender o que motivava Jackson. - Posso descrever nossa amizade e posso explicar o vínculo de Michael com crianças - disse -, porém, não importa o que eu diga, você
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
jamais compreenderá. A menos que tenha passado o que Michael e eu passamos, não vai entender como é a coisa.
Foi isso que atraiu os dois e estabeleceu a amizade de ambos, ele explicou.
- Entendemos um ao outro porque ambos estivemos lá.
Culkin admitiu saber das suspeitas das pessoas sobre Jackson e as crianças.
- Soube de todas as histórias. De todas as acusações. Porém, você tem de conhecer MichaeL É impossível entender a situação se você não o conhece. Ele não é igual a ninguém mais. Sabe a expressão "criança grande?" Não passa de uma expressão. Mas, com relação a Michael, é verdade, ele é uma criança grande. Não o tempo todo. Pode falar sobre sua música, que chama de sua arte, ou de negócios, e é um adulto sofisticado. Mas depois ele se transforma. É impressionante. Vira uma criança. Não está fingindo. Eu me lembro de pensar que ele não é como nenhum adulto que já conheci. Ele era apenas como eu.
- O que faziam juntos?
- A gente brincava de guerra de travesseiros, passava o tempo à
toa, passeava no parque de diversões. Jogava fliperama. Essa era minha parte favorita. Veja bem, não era só eu. Havia sempre outras crianças junto também.
- Alguma vez dormiram na mesma cama? - eu quis saber.
- Claro - ele diz, sem rodeios. - Não como você pensa. Primeiro
de tudo, é uma cama imensa. Há sempre gente entrando e saindo do quarto, a equipe, os empregados, os conselheiros. A porta está sem-pre aberta, e minha família sempre foi convidada. Estão sempre por perto. Era como uma gigantesca festa do pijama. Às vezes havia outros garotos também. A gente ficava sempre de pijamas e nada incomum jamais aconteceu. Foi sempre pura diversão. Sei que soa esquisito para alguém que desconhece essa situação. Olhando para trás, acho que era um bocado bizarro. Porém, na ocasião, parecia tão inofensivo, tão normaL.. Michael é apenas o Michael, e se você não o conhece realmente, não sabe o quanto as acusações são estúpidas.
- São amigos ainda - fiquei curioso em saber.
- Mais ou menos - diz ele. - Porém, depois que fui ficando mais
velho, Michael deixou de se interessar em passarmos o tempo juntos. Ele se sente realmente à vontade em torno de crianças. É quando ele pode ser um garoto. Eu pude sentir, num certo momento, que eu estava ficando muito velho pra ele. Além do mais, conforme eu amadurecia, Neverland não parecia mais tão incrível. Era um lugar para garotos e eu era aquele adolescente metido a bacana.
o garoto que estava sentado no colo de Jackson no dia em que ele foi buscar Jordan Chandler era Breu Barnes, um fã australiano que chamou a atenção do cantor quando escreveu a ele uma carta em 1991.
Junto com outro garoto australiano de nome Wade Robson, Barnes se tornou o último dos amigos especiais de J ackson. Acompanhava J ackson em turnê com frequência e se tornou um visitante de rotina em Neverland, junto com a mãe e a irmã.
Culkin me contou que se recordava de ter passado algum tempo com Barnes e Robson durante aqueles anos.
- Havia sempre alguns de nós por lá - recorda-se. - A gente se divertia pra valer juntos.
Agora, era a vez de J ordan tornar-se o mais recente amigo a ser acrescentado à turma.
Juntamente com a família, ele passou a ser um frequentador de Neverland e saía muitas vezes em excursões para a Disneylândia ou outros locais divertidos com Jackson. Em março, o cantor convidou Jordan e sua família para acompanhá-lo aLas Vegas, onde tinha uma suíte permanente no Mirage Hotel. Reservou um quarto do hotel para June e Lily, e um quarto para Jordan. Aquela noite, de acordo com um relato que mais tarde fez parte do registro oficial, Michael e Jordan assistiram ao impressionante clássico de terror O Exorcis ta juntos. Quando o garoto, compreensivelmente, ficou apavorado, Jackson teria supostamente lhe dito que poderia passar a noite com ele. Assim, naquela ocasião, dormiram na mesma cama pela primeira vez. Nada inconveniente aconteceu. Mas, na manhã seguinte, quando a mãe acordou e foi procurar Jordan, a cama do garoto estava arrumada. Ele contou depois que dormiu na cama de Jackson, e June ficou um pouco alarmada. Disse ao filho que nunca mais fizesse isso de novo.
Quando Jackson soube do ultimato de June, foi falar com ela para saber por que estava aborrecida. Mais tarde, ela recordou-se que, durante essa conversa, J ackson tinha começado a chorar e disse:
- Isso é uma questão de família, de confiança, honestidade e amor.
Foi isso que atraiu os dois e estabeleceu a amizade de ambos, ele explicou.
- Entendemos um ao outro porque ambos estivemos lá.
Culkin admitiu saber das suspeitas das pessoas sobre Jackson e as crianças.
- Soube de todas as histórias. De todas as acusações. Porém, você tem de conhecer MichaeL É impossível entender a situação se você não o conhece. Ele não é igual a ninguém mais. Sabe a expressão "criança grande?" Não passa de uma expressão. Mas, com relação a Michael, é verdade, ele é uma criança grande. Não o tempo todo. Pode falar sobre sua música, que chama de sua arte, ou de negócios, e é um adulto sofisticado. Mas depois ele se transforma. É impressionante. Vira uma criança. Não está fingindo. Eu me lembro de pensar que ele não é como nenhum adulto que já conheci. Ele era apenas como eu.
- O que faziam juntos?
- A gente brincava de guerra de travesseiros, passava o tempo à
toa, passeava no parque de diversões. Jogava fliperama. Essa era minha parte favorita. Veja bem, não era só eu. Havia sempre outras crianças junto também.
- Alguma vez dormiram na mesma cama? - eu quis saber.
- Claro - ele diz, sem rodeios. - Não como você pensa. Primeiro
de tudo, é uma cama imensa. Há sempre gente entrando e saindo do quarto, a equipe, os empregados, os conselheiros. A porta está sem-pre aberta, e minha família sempre foi convidada. Estão sempre por perto. Era como uma gigantesca festa do pijama. Às vezes havia outros garotos também. A gente ficava sempre de pijamas e nada incomum jamais aconteceu. Foi sempre pura diversão. Sei que soa esquisito para alguém que desconhece essa situação. Olhando para trás, acho que era um bocado bizarro. Porém, na ocasião, parecia tão inofensivo, tão normaL.. Michael é apenas o Michael, e se você não o conhece realmente, não sabe o quanto as acusações são estúpidas.
- São amigos ainda - fiquei curioso em saber.
- Mais ou menos - diz ele. - Porém, depois que fui ficando mais
velho, Michael deixou de se interessar em passarmos o tempo juntos. Ele se sente realmente à vontade em torno de crianças. É quando ele pode ser um garoto. Eu pude sentir, num certo momento, que eu estava ficando muito velho pra ele. Além do mais, conforme eu amadurecia, Neverland não parecia mais tão incrível. Era um lugar para garotos e eu era aquele adolescente metido a bacana.
o garoto que estava sentado no colo de Jackson no dia em que ele foi buscar Jordan Chandler era Breu Barnes, um fã australiano que chamou a atenção do cantor quando escreveu a ele uma carta em 1991.
Junto com outro garoto australiano de nome Wade Robson, Barnes se tornou o último dos amigos especiais de J ackson. Acompanhava J ackson em turnê com frequência e se tornou um visitante de rotina em Neverland, junto com a mãe e a irmã.
Culkin me contou que se recordava de ter passado algum tempo com Barnes e Robson durante aqueles anos.
- Havia sempre alguns de nós por lá - recorda-se. - A gente se divertia pra valer juntos.
Agora, era a vez de J ordan tornar-se o mais recente amigo a ser acrescentado à turma.
Juntamente com a família, ele passou a ser um frequentador de Neverland e saía muitas vezes em excursões para a Disneylândia ou outros locais divertidos com Jackson. Em março, o cantor convidou Jordan e sua família para acompanhá-lo aLas Vegas, onde tinha uma suíte permanente no Mirage Hotel. Reservou um quarto do hotel para June e Lily, e um quarto para Jordan. Aquela noite, de acordo com um relato que mais tarde fez parte do registro oficial, Michael e Jordan assistiram ao impressionante clássico de terror O Exorcis ta juntos. Quando o garoto, compreensivelmente, ficou apavorado, Jackson teria supostamente lhe dito que poderia passar a noite com ele. Assim, naquela ocasião, dormiram na mesma cama pela primeira vez. Nada inconveniente aconteceu. Mas, na manhã seguinte, quando a mãe acordou e foi procurar Jordan, a cama do garoto estava arrumada. Ele contou depois que dormiu na cama de Jackson, e June ficou um pouco alarmada. Disse ao filho que nunca mais fizesse isso de novo.
Quando Jackson soube do ultimato de June, foi falar com ela para saber por que estava aborrecida. Mais tarde, ela recordou-se que, durante essa conversa, J ackson tinha começado a chorar e disse:
- Isso é uma questão de família, de confiança, honestidade e amor.
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Posteriormente, ela recordou-se que tais palavras fizeram com que se sentisse culpada por nutrir ideias negativas e que disse a ele, na ocasião, que não fazia objeção que os dois compartilhassem uma cama, contanto que Jordan concordasse com isso.
Na época em que Michael Jackson entrou na vida de Jordan, a mãe e o pai do menino tinham se divorciado há algum tempo. O pai biológico, um dentista chamado Evan Chandler, era também um aspirante a roteirista que escreveu, um ano antes a comédia de relativo sucesso de Mel Brooks, A Louca Louca História de Robin Hood, em colaboração com um parceiro. Evan mais tarde alegou que ele na verdade colaborou no script com Jordan, e tinha dois outros roteiros em andamento com o filho - Sleazoids (Degenerados) e Bunnies (Coelhinhos). Existem poucas evidências, porém, para comprovar essa alegação, e Jordan nunca recebeu crédito por escrever o filme de Brooks. June tinha a guarda plena do garoto, mas Jordan passava alguns fins de semana e a maioria dos feriados com o pai e a segunda esposa de Evan, Nathalie, na casa em que moravam, em Brentwood, junto com as meias-irmãs de Jordan, Nikki e Emmanuelle.
Havia um motivo para que Evan Chandler quisesse mudar de profissão e tornar-se um roteirista em tempo integraL Sua carreira como dentista foi de certa forma manchada por uma série de práticas questionáveis. Em 1978, por exemplo, ele havia feito um trabalho de restauração em dezesseis dentes para um de seus pacientes, numa única consulta. Quando o Board of Dental Examiners [uma espécie de Conselho Regional de Odontologia] inspecionou os resultados, concluiu que o trabalho de Chandler mostrava "grosseira ignorância e ou ineficiência" na profissão, e revogaram sua licença.
Por fim, mudaram a revogação por uma suspensão por noventa dias, e o colocaram em período de experiência por dois anos e meio. A esposa, June, o deixou no final das contas, alegando, como motivo, o temperamento de Chandler, e lhe foi concedida a guarda plena do filho pequeno, Jordan.
Como alguém esperançoso em tornar-se importante em Hollywood, Evan Chandler empolgou-se quando o filho fez amizade com o homem que era a personificação de sucesso no show business. A princípio, de acordo com a opinião geral, ele encorajou o relacionamento do filho com Jackson, amizade essa registrada certo dia para que o mundo visse pelo tabloide National Enquirer, que publicou uma foto de Jackson, Jordan, June, e Lily, na casa de June em Santa Monica, com a manchete: "A Nova Família de Jacko". Jackson começou a ficar na casa deles com frequência sempre que estava em Los Angeles e, para muitos, dava a impressão de suplantar tanto Evan Chandler, o ex-marido, quanto o novo marido de June, David Schwartz, como uma figura paterna na vida do garoto. Isso, porém, não pareceu incomodar muito Evan na época.
De acordo com uma investigação feita por Mary Fisher, em 1994, para a revista GQ, Evan Chandler se vangloriava com frequência para os amigos e sócios da amizade do filho com Jackson. Na verdade, Chandler encorajava Jackson a passar mais tempo com seu filho na casa em Santa Monica.
As fontes de Fischer contaram à ela que Chandler sempre sugeria a Jackson que construísse um anexo à casa para o cantor ficar ali.
- Mas depois de chamar o departamento de zoneamento e descobrir que não poderia ser feito - ela escreve -, Evan fez outra sugestão - que Jackson lhe construísse uma nova casa.
Evan muitas vezes mantinha longas conversas por telefone com o cantor, em que lhe pedia conselhos sobre Hollywood, sobre possíveis conexões que poderia ter e outras coisas. E, cada vez mais, Jackson ficava na casa de Evan, em Brentwood, a pedido de Jordan.
Mais tarde, contudo, Evan divulgou seu "diário" desse período, revelando que supostamente havia começado a nutrir sérias dúvidas sobre o relacionamento de Jackson com Jordan. Num determinado ponto, ele alega, nesse diário - o que depois também contou a Diane Dimond -, que havia perguntado francamente a Jackson:
- Você anda fodendo Jordan?
Diante dessa pergunta, Jackson supostamente "tinha dado uma risadinha", dizendo:
- Nunca use essa palavra.
No livro, Be Careful Wha Yau Lave, de Dimond, ela conta que Evan não ficou contente com essa resposta e pressionou Jackson para obter mais detalhes, escrevendo em seu diário a conversa que se seguiu:
- Qual, exatamente é a natureza do relacionamento de vocês? Michael disse:
- É cósmico. Eu mesmo não entendo. Só sei que pretendemos ficar juntos.
Perguntei a ele:
- Bem, e se algum dia você resolver que não quer estar mais
Na época em que Michael Jackson entrou na vida de Jordan, a mãe e o pai do menino tinham se divorciado há algum tempo. O pai biológico, um dentista chamado Evan Chandler, era também um aspirante a roteirista que escreveu, um ano antes a comédia de relativo sucesso de Mel Brooks, A Louca Louca História de Robin Hood, em colaboração com um parceiro. Evan mais tarde alegou que ele na verdade colaborou no script com Jordan, e tinha dois outros roteiros em andamento com o filho - Sleazoids (Degenerados) e Bunnies (Coelhinhos). Existem poucas evidências, porém, para comprovar essa alegação, e Jordan nunca recebeu crédito por escrever o filme de Brooks. June tinha a guarda plena do garoto, mas Jordan passava alguns fins de semana e a maioria dos feriados com o pai e a segunda esposa de Evan, Nathalie, na casa em que moravam, em Brentwood, junto com as meias-irmãs de Jordan, Nikki e Emmanuelle.
Havia um motivo para que Evan Chandler quisesse mudar de profissão e tornar-se um roteirista em tempo integraL Sua carreira como dentista foi de certa forma manchada por uma série de práticas questionáveis. Em 1978, por exemplo, ele havia feito um trabalho de restauração em dezesseis dentes para um de seus pacientes, numa única consulta. Quando o Board of Dental Examiners [uma espécie de Conselho Regional de Odontologia] inspecionou os resultados, concluiu que o trabalho de Chandler mostrava "grosseira ignorância e ou ineficiência" na profissão, e revogaram sua licença.
Por fim, mudaram a revogação por uma suspensão por noventa dias, e o colocaram em período de experiência por dois anos e meio. A esposa, June, o deixou no final das contas, alegando, como motivo, o temperamento de Chandler, e lhe foi concedida a guarda plena do filho pequeno, Jordan.
Como alguém esperançoso em tornar-se importante em Hollywood, Evan Chandler empolgou-se quando o filho fez amizade com o homem que era a personificação de sucesso no show business. A princípio, de acordo com a opinião geral, ele encorajou o relacionamento do filho com Jackson, amizade essa registrada certo dia para que o mundo visse pelo tabloide National Enquirer, que publicou uma foto de Jackson, Jordan, June, e Lily, na casa de June em Santa Monica, com a manchete: "A Nova Família de Jacko". Jackson começou a ficar na casa deles com frequência sempre que estava em Los Angeles e, para muitos, dava a impressão de suplantar tanto Evan Chandler, o ex-marido, quanto o novo marido de June, David Schwartz, como uma figura paterna na vida do garoto. Isso, porém, não pareceu incomodar muito Evan na época.
De acordo com uma investigação feita por Mary Fisher, em 1994, para a revista GQ, Evan Chandler se vangloriava com frequência para os amigos e sócios da amizade do filho com Jackson. Na verdade, Chandler encorajava Jackson a passar mais tempo com seu filho na casa em Santa Monica.
As fontes de Fischer contaram à ela que Chandler sempre sugeria a Jackson que construísse um anexo à casa para o cantor ficar ali.
- Mas depois de chamar o departamento de zoneamento e descobrir que não poderia ser feito - ela escreve -, Evan fez outra sugestão - que Jackson lhe construísse uma nova casa.
Evan muitas vezes mantinha longas conversas por telefone com o cantor, em que lhe pedia conselhos sobre Hollywood, sobre possíveis conexões que poderia ter e outras coisas. E, cada vez mais, Jackson ficava na casa de Evan, em Brentwood, a pedido de Jordan.
Mais tarde, contudo, Evan divulgou seu "diário" desse período, revelando que supostamente havia começado a nutrir sérias dúvidas sobre o relacionamento de Jackson com Jordan. Num determinado ponto, ele alega, nesse diário - o que depois também contou a Diane Dimond -, que havia perguntado francamente a Jackson:
- Você anda fodendo Jordan?
Diante dessa pergunta, Jackson supostamente "tinha dado uma risadinha", dizendo:
- Nunca use essa palavra.
No livro, Be Careful Wha Yau Lave, de Dimond, ela conta que Evan não ficou contente com essa resposta e pressionou Jackson para obter mais detalhes, escrevendo em seu diário a conversa que se seguiu:
- Qual, exatamente é a natureza do relacionamento de vocês? Michael disse:
- É cósmico. Eu mesmo não entendo. Só sei que pretendemos ficar juntos.
Perguntei a ele:
- Bem, e se algum dia você resolver que não quer estar mais
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
com ele? Ele ficaria realmente magoado. Michael me assegurou:
- Sempre estarei com Jordie. Eu jamais o magoaria. Acreditei nele.
Então, no fim de semana do dia de Finados, em 1993, com Michael Jackson hospedado na casa em Brentwood, Evan Chandler afirmou que ao entrar no quarto do filho para dizer boa noite, encontrou Michael e Jordan num sono profundo na cama do beliche, totalmente vestidos, mas curvados numa posição fetal, com Michael encaixado como colherinha por trás de seu filho e com as mãos pousadas na virilha de Jordan.
- Fiquei muito perturbado - Evan declara ter escrito em seu diário. - Pensei que Jordie pudesse ser gay.
No entanto, Evan não disse nada. Continuou a ser amistoso com o cantor até Jackson começar a se distanciar aos poucos de Evan, supostamente sentindo um "oportunista" mais interessado em alavancar a própria carreira do que no filho. Isso não agradou Evan que, mais tarde, alegou que aquele distanciamento nada tinha a ver com suas últimas atitudes. Se Evan nutria dúvidas sobre o relacionamento do filho com Michael Jackson, e suspeitava de abuso sexual, o curso apropriado de ação seria ter entrado em contato com o Departamento de Serviços Sociais da Califórnia, especificamente sua Divisão de Serviços à Família e à Infância. Em vez disso, contatou um advogado chamado Barry Rothman, com reputação de jogar pesado por dinheiro. Rothman foi uma peça chave nos eventos que viriam. Evan também começou a fazer ameaças contra June e Jordan. Ameaçou impedir Jordan de deixar o país com Michael na turnê em junho.
Evan mantinha um relacionamento cordial com o segundo marido de June, David Schwartz, e os dois conversavam com frequência. Alarmado com a crescente agressividade de Evan, Schwartz resolveu certo dia gravar uma conversa que teve com ele sobre Jordan e Jack¬son. Durante essa conversa, Evan descreveu June como "fria e sem coração". Afirma que quando tentou conversar com a ex-esposa com relação às suspeitas sobre Jackson, ela lhe dissera:
- Vá se foder.
Nesse ponto da fita, Evan faz a primeira alusão de que estava revoltado com Jackson porque o cantor tinha deixado de se comunicar com ele.
Evam: Eu tinha uma boa comunicação com MichaeL Éramos amigos. Eu gostava dele, e o respeitava e tudo mais por aquilo que ele é. Não houve motivo nenhum para que parasse de me telefonar. Eu estava sentado na sala um dia e conversei com Michael e lhe disse exatamente o que eu queria daquele relacionamento todo. O que eu queria. Ensaiei o que dizer e o que não dizer.
Schwartz: O que Jackson fez para deixar você tão aborrecido?
Evam: Ele dissolveu a família. O garoto foi seduzido pelo poder e o dinheiro desse sujeito.
Evam: Estou preparado para processar Michael Jackson. Já está acertado. Existem outras pessoas envolvidas que estão es¬perando por meu telefonem.a e que estão com posições garantidas. Paguei a elas para fazerem isso. Tudo está seguindo de acordo com um plano certo que não é apenas meu. Assim que eu fizer esse telefonema, esse cara vai destruir todo mundo na mira do jeito mais sorrateiro, sórdido, cruel com que possa fazer isso. E eu lhe dei plena autoridade para agir assim.
Num outro ponto, Evan deixa claro que está querendo dinheiro e que seu novo advogado, Barry Rothman, está se preparando para exigir um acordo financeiro.
( acabou com um balaço na cabeça, será que não foi feliz com o dinheiro que conseguiu? Foi tão feliz que se matou. )
Evam: E se eu levar isso a cabo, ganho em grande estilo. Não há meio de perder. Verifiquei tudo até pelo avesso. Vou conseguir tudo que eu quero, e eles serão destruídos para sempre. June vai perder [a guarda] e a carreira de Michael vai acabar.
Schwartz: Isso ajuda [Jordan]?
Evam: Isso é irrelevante para mim. Vai ser maior do que todos nós podemos imaginar. A coisa toda vai desabar sobre todo mundo e destruir todo mundo na mira. Será um massacre se eu não conseguir o que eu quero.
As vezes me pergunto como pode existir pessoas assim?
- Sempre estarei com Jordie. Eu jamais o magoaria. Acreditei nele.
Então, no fim de semana do dia de Finados, em 1993, com Michael Jackson hospedado na casa em Brentwood, Evan Chandler afirmou que ao entrar no quarto do filho para dizer boa noite, encontrou Michael e Jordan num sono profundo na cama do beliche, totalmente vestidos, mas curvados numa posição fetal, com Michael encaixado como colherinha por trás de seu filho e com as mãos pousadas na virilha de Jordan.
- Fiquei muito perturbado - Evan declara ter escrito em seu diário. - Pensei que Jordie pudesse ser gay.
No entanto, Evan não disse nada. Continuou a ser amistoso com o cantor até Jackson começar a se distanciar aos poucos de Evan, supostamente sentindo um "oportunista" mais interessado em alavancar a própria carreira do que no filho. Isso não agradou Evan que, mais tarde, alegou que aquele distanciamento nada tinha a ver com suas últimas atitudes. Se Evan nutria dúvidas sobre o relacionamento do filho com Michael Jackson, e suspeitava de abuso sexual, o curso apropriado de ação seria ter entrado em contato com o Departamento de Serviços Sociais da Califórnia, especificamente sua Divisão de Serviços à Família e à Infância. Em vez disso, contatou um advogado chamado Barry Rothman, com reputação de jogar pesado por dinheiro. Rothman foi uma peça chave nos eventos que viriam. Evan também começou a fazer ameaças contra June e Jordan. Ameaçou impedir Jordan de deixar o país com Michael na turnê em junho.
Evan mantinha um relacionamento cordial com o segundo marido de June, David Schwartz, e os dois conversavam com frequência. Alarmado com a crescente agressividade de Evan, Schwartz resolveu certo dia gravar uma conversa que teve com ele sobre Jordan e Jack¬son. Durante essa conversa, Evan descreveu June como "fria e sem coração". Afirma que quando tentou conversar com a ex-esposa com relação às suspeitas sobre Jackson, ela lhe dissera:
- Vá se foder.
Nesse ponto da fita, Evan faz a primeira alusão de que estava revoltado com Jackson porque o cantor tinha deixado de se comunicar com ele.
Evam: Eu tinha uma boa comunicação com MichaeL Éramos amigos. Eu gostava dele, e o respeitava e tudo mais por aquilo que ele é. Não houve motivo nenhum para que parasse de me telefonar. Eu estava sentado na sala um dia e conversei com Michael e lhe disse exatamente o que eu queria daquele relacionamento todo. O que eu queria. Ensaiei o que dizer e o que não dizer.
Schwartz: O que Jackson fez para deixar você tão aborrecido?
Evam: Ele dissolveu a família. O garoto foi seduzido pelo poder e o dinheiro desse sujeito.
Evam: Estou preparado para processar Michael Jackson. Já está acertado. Existem outras pessoas envolvidas que estão es¬perando por meu telefonem.a e que estão com posições garantidas. Paguei a elas para fazerem isso. Tudo está seguindo de acordo com um plano certo que não é apenas meu. Assim que eu fizer esse telefonema, esse cara vai destruir todo mundo na mira do jeito mais sorrateiro, sórdido, cruel com que possa fazer isso. E eu lhe dei plena autoridade para agir assim.
Num outro ponto, Evan deixa claro que está querendo dinheiro e que seu novo advogado, Barry Rothman, está se preparando para exigir um acordo financeiro.
( acabou com um balaço na cabeça, será que não foi feliz com o dinheiro que conseguiu? Foi tão feliz que se matou. )
Evam: E se eu levar isso a cabo, ganho em grande estilo. Não há meio de perder. Verifiquei tudo até pelo avesso. Vou conseguir tudo que eu quero, e eles serão destruídos para sempre. June vai perder [a guarda] e a carreira de Michael vai acabar.
Schwartz: Isso ajuda [Jordan]?
Evam: Isso é irrelevante para mim. Vai ser maior do que todos nós podemos imaginar. A coisa toda vai desabar sobre todo mundo e destruir todo mundo na mira. Será um massacre se eu não conseguir o que eu quero.
As vezes me pergunto como pode existir pessoas assim?
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Que belo pai heim, preocupadíssimo com o bem estar do filho!!
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Esse cara ta nem ai para o filho, só quer saber de dinheiro.... passando por cima de quem quer q seja.Dany MJ escreveu:Que belo pai heim, preocupadíssimo com o bem estar do filho!!
Mais o dele ja chegou e se foi como um verme, covarde.
Agora é a vez do filho pagar pelo q fez, pois ele foi cumplice de uma crueldade sem tamanho!
Monstrão ''pagou tarde'' e monstrinho e companhia irão pagar caro ainda!
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
DOIS
Quando Schwartz repassou a essência de sua conversa com Evan Chandler a Jackson, com quem ainda tinha amizade, o cantor imedia-tamente contatou Bert Fields, seu advogado de muitos anos, da área de entretimento.
Fields era uma lenda no campo das leis do entretenimento, cha¬mado para ajudar celebridades a lidar com seus problemas. Entre os muitos clientes bastante conhecidos que Fields ajudara a sair de um apuro ou outro durante sua carreira de quase meio século, estavam os Beatles,Tom Cruise, George Lucas, Warren Beatty e John Travolta. Como todos os advogados de defesa, ele sabia que em tais enrascadas legais, às vezes, era preciso contratar os serviços de um detetive particular. Embora usasse inúmeros investigadores para tratar de vários problemas, um deles, chamado Anthony Pellicano, mostrava-se particularmente eficiente em questões delicadas, e era um personagem que em breve ganharia notoriedade. Na época, era conhecido como o "detetive das estrelas", por causa do trabalho que fazia para muitas das celebridades de Hollywood. O Pelicano, como seus muitos amigos e inimigos o chamavam, tinha a reputação de fazer qualquer coisa para proteger seus poderosos clientes. Entre as táticas pelas quais era conhecido, por empregá-Ias regularmente, se incluíam escutas ilegais, uma prática que mais tarde o mandaria para a prisão por setenta e seis acusações de extorsão e manipulação de testemunhas. Pellicano, porém, conquistou uma sólida reputação como um mestre em indenizações, motivo pelo qual Fields o contratava com frequência para casos de grande notoriedade. Em 9 de julho de 1993, a pedido de Bert Fields, June e David Schwartz mostraram para o Pelicano a fita da conversa telefônica de David com Evan Chandler.
- Depois de escutar a fita por dez minutos, eu sabia que era sobre extorsão - Pellicano disse mais tarde à Mary Fischer, jornalista da revista GQ.
Para os advogados, profissionais vinculados a normas éticas, é melhor não saber se seus clientes são ou não culpados. Eis por que contratam indivíduos como Anthony Pellicano. A primeira coisa, porém, que um detetive que se especializa em indenização precisa determinar, é a verdade sobre o que aconteceu. Dependendo do que sabem, resolvem o quanto deve ser impedido de se tornar público, e qual é o método mais efetivo de conter o potencial efeito colateral contrário sobre o público.
Obviamente, Pellicano não tinha como saber se Michael era ou não um molestador de crianças. Dada a notória reputação do inves-tigador particular, provavelmente inocência ou culpa não fossem levadas em consideração. Contudo, ele precisava saber o tamanho do problema com que estava lidando, e precisava saber depressa. Menos de uma hora depois de ouvir a fita, ele rumou para o condominio de Jackson, o Century City, onde Jordan Chandler e sua meia-irmã Lily faziam uma visita. Jackson não estava lá. Depois de apresentar-se e mostrar sua preocupação com o bem-estar do garoto, Pellicano alega que "fez contato visual" com Jordan e algumas perguntas sobre "ques¬tôes bastante propositais" usando os mesmos protocolos empregados por assistentes sociais no encargo de serviços de bem-estar infantil.
As respostas que Jordan deu àquelas questões, naquele dia, nunca foram contestadas.
- Michael alguma vez o tocou? - foi perguntado. -Você alguma vez o viu nu na cama?
A resposta a ambas as perguntas foi um "não" enfático, com Jor¬dan insistindo que Jackson não fizera nada impróprio. Pellicano, apa-rentemente, foi embora naquele dia convencido de que não havia nada verídico nas alegações.
Na conversa gravada em fita com Schwartz, Evan Chandler tinha deixado claro que havia bolado um plano. E era hora, agora, de co-locar esse plano em ação. Quando June divorciou-se de Evan, anos atrás, ficou com a guarda plena de Jordan, o que, de acordo com a
Quando Schwartz repassou a essência de sua conversa com Evan Chandler a Jackson, com quem ainda tinha amizade, o cantor imedia-tamente contatou Bert Fields, seu advogado de muitos anos, da área de entretimento.
Fields era uma lenda no campo das leis do entretenimento, cha¬mado para ajudar celebridades a lidar com seus problemas. Entre os muitos clientes bastante conhecidos que Fields ajudara a sair de um apuro ou outro durante sua carreira de quase meio século, estavam os Beatles,Tom Cruise, George Lucas, Warren Beatty e John Travolta. Como todos os advogados de defesa, ele sabia que em tais enrascadas legais, às vezes, era preciso contratar os serviços de um detetive particular. Embora usasse inúmeros investigadores para tratar de vários problemas, um deles, chamado Anthony Pellicano, mostrava-se particularmente eficiente em questões delicadas, e era um personagem que em breve ganharia notoriedade. Na época, era conhecido como o "detetive das estrelas", por causa do trabalho que fazia para muitas das celebridades de Hollywood. O Pelicano, como seus muitos amigos e inimigos o chamavam, tinha a reputação de fazer qualquer coisa para proteger seus poderosos clientes. Entre as táticas pelas quais era conhecido, por empregá-Ias regularmente, se incluíam escutas ilegais, uma prática que mais tarde o mandaria para a prisão por setenta e seis acusações de extorsão e manipulação de testemunhas. Pellicano, porém, conquistou uma sólida reputação como um mestre em indenizações, motivo pelo qual Fields o contratava com frequência para casos de grande notoriedade. Em 9 de julho de 1993, a pedido de Bert Fields, June e David Schwartz mostraram para o Pelicano a fita da conversa telefônica de David com Evan Chandler.
- Depois de escutar a fita por dez minutos, eu sabia que era sobre extorsão - Pellicano disse mais tarde à Mary Fischer, jornalista da revista GQ.
Para os advogados, profissionais vinculados a normas éticas, é melhor não saber se seus clientes são ou não culpados. Eis por que contratam indivíduos como Anthony Pellicano. A primeira coisa, porém, que um detetive que se especializa em indenização precisa determinar, é a verdade sobre o que aconteceu. Dependendo do que sabem, resolvem o quanto deve ser impedido de se tornar público, e qual é o método mais efetivo de conter o potencial efeito colateral contrário sobre o público.
Obviamente, Pellicano não tinha como saber se Michael era ou não um molestador de crianças. Dada a notória reputação do inves-tigador particular, provavelmente inocência ou culpa não fossem levadas em consideração. Contudo, ele precisava saber o tamanho do problema com que estava lidando, e precisava saber depressa. Menos de uma hora depois de ouvir a fita, ele rumou para o condominio de Jackson, o Century City, onde Jordan Chandler e sua meia-irmã Lily faziam uma visita. Jackson não estava lá. Depois de apresentar-se e mostrar sua preocupação com o bem-estar do garoto, Pellicano alega que "fez contato visual" com Jordan e algumas perguntas sobre "ques¬tôes bastante propositais" usando os mesmos protocolos empregados por assistentes sociais no encargo de serviços de bem-estar infantil.
As respostas que Jordan deu àquelas questões, naquele dia, nunca foram contestadas.
- Michael alguma vez o tocou? - foi perguntado. -Você alguma vez o viu nu na cama?
A resposta a ambas as perguntas foi um "não" enfático, com Jor¬dan insistindo que Jackson não fizera nada impróprio. Pellicano, apa-rentemente, foi embora naquele dia convencido de que não havia nada verídico nas alegações.
Na conversa gravada em fita com Schwartz, Evan Chandler tinha deixado claro que havia bolado um plano. E era hora, agora, de co-locar esse plano em ação. Quando June divorciou-se de Evan, anos atrás, ficou com a guarda plena de Jordan, o que, de acordo com a
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
lei do estado da Califórnia, a tornava guardiã legal do garoto. Evan estava determinado a mudar essa situação e tinha justamente a pessoa para ajudá-Io a conseguir isso.
O plano começou com um pedido simples. Evan pediu a June se Jordan poderia ficar com ele durante uma semana, a começar de 12 de julho. Sem perceber que o ex-marido não tinha intenção de devolver seu filho ao final do periodo combinado de visita, June concordou, deduzindo que Jordan voltaria para casa em 18 de julho. Em vez disso, Evan apelou para Barry Rothman, o advogado que tinha jurado "destruir todos na mira da maneira mais sorrateira, sórdida e cruel com que pudesse fazer isso".
A opção de Evan por Rothman foi de certa forma uma surpresa.
Embora advogado da indústria de entretenimento, ele tinha pouca experiência em vara de familia. O mais significativo, porém, era que sua reputação não era lá essas coisas.
De acordo com uma investigação feita pela revista GQ, sua carreira exibia "um padrão de manipulação e fraude". Na ocasião em que Chandler o contratou, ele já tinha mais de vinte processos contra si e havia sido punido três vezes pela Associação de Advogados da Califórnia. Um ano antes, na verdade, seu registro legal havia sido suspenso por doze meses. Depois, a suspensão foi revogada e ele foi colocado em periodo de experiência.
Sua secretária forense descreveu um encontro com o diminuto advogado "como encontrar um demônio da vida real saído direto das profundezas do inferno". Sua ex-esposa disse ao advogado dela que tinha ficado surpresa de que ninguém tivesse "acabado com ele", porque ele fez muitos inimigos. Depois de revisar o arquivo creditício durante um dos processos requeridos contra ele, um investigador chamado Ed Marcus concluiu em seu relatório para o Tribunal Superior da Califórnia que "[ele] parece ser um profissional caloteiro ... Nãopaga a quase nmguem .
Na época em que foi contratada por Evan Chandler, a firma de Rothman havia sofrido uma petição de falência, e sua carreira estava um bagaço. Ele estava sem dinheiro e correndo de um credor para outro. Enquanto isso, Michael Jackson valia meio bilhão de dólares.
Em 13 de julho de 1993, no dia seguinte da chegada de Jordan à casa do pai para uma "visita" de uma semana, Rothman e Chandler entraram em ação. Primeiro, Evan deixou claro que havia assumido unilateralmente a guarda do filho de treze anos - apresentou a June uma interpelação por escrito preparada por Rothman, proibindo duas coisas: levar ]ordan para fora do condado de Los Angeles, e deixar o garoto ter qualquer contato com Michael Jackson. Permitiu duas visitas por semana a June. Se ela se recusasse a assinar, ele deixou claro que estava preparado para causar um bocado de problemas. June mais tarde declarou que havia assinado o documento sob coação, porque, caso contrário, Evan tinha ameaçado nunca mais lhe devolver o garoto.
Em seguida, Rothman marcou uma consulta para Evan com um psiquiatra de Beverly Hills, chamado Mathis Abrams, um especialista em comportamento adolescente. Evan delineou um caso "hipotético" de um garoto de doze anos dormindo na mesma cama com uma celebridade, relevando detalhes a respeito do que estaria acontecen¬do com Jordan e Jackson. Claro, se Evan mencionasse o nome do filho ou da celebridade envolvida, isso exigiria imediata comunicação do fato como um caso de abuso sexual de menores sob a lei da Califórnia.
De acordo com a descrição de Evan Chandler do que aconteceu em seguida, o Dr. Abrams concluiu que um homem de trinta e quatro anos dormindo constantemente na mesma cama com um garoto de treze anos, quando havia outras camas disponíveis, constituía "conduta maliciosa e lasciva".
O psiquiatra sugeriu que ele levasse o filho para uma entrevista, mas Evan recusou, explicando que o filho ainda amava a celebridade e que, se os mantivesse separados, poderia perder o filho.
- Você já o perdeu - respondeu o Dr. Abrams.
Evan sempre declarou que essa conversa havia mudado sua "sus¬peita em crença". Porém, precisava de provas.
A essa altura, Evan Chandler era a única pessoa acusando Jackson de um ato de abuso sexual. O próprio Jordan negava veementemente que qualquer coisa imprópria tivesse acontecido. E o caso de Evan Chandler era muito frágil com tantas negativas repetidas.
Então, certo dia, o Dr. Evan Chandler, o dentista, resolveu que precisava tirar o último dente de leite de seu filho. Como o garoto ti-nha medo de agulhas, Evan chamou o anestesiologista Mark Torbiner para ajudá-lo numa" sedação consciente", administrando gás ao garoto, para que o dente pudesse ser extraído. Quando Jordan Chandler saiu do consultório dentário de seu pai naquele dia, a vida e a carreira de Michael Jackson jamais seriam as mesmas.
O plano começou com um pedido simples. Evan pediu a June se Jordan poderia ficar com ele durante uma semana, a começar de 12 de julho. Sem perceber que o ex-marido não tinha intenção de devolver seu filho ao final do periodo combinado de visita, June concordou, deduzindo que Jordan voltaria para casa em 18 de julho. Em vez disso, Evan apelou para Barry Rothman, o advogado que tinha jurado "destruir todos na mira da maneira mais sorrateira, sórdida e cruel com que pudesse fazer isso".
A opção de Evan por Rothman foi de certa forma uma surpresa.
Embora advogado da indústria de entretenimento, ele tinha pouca experiência em vara de familia. O mais significativo, porém, era que sua reputação não era lá essas coisas.
De acordo com uma investigação feita pela revista GQ, sua carreira exibia "um padrão de manipulação e fraude". Na ocasião em que Chandler o contratou, ele já tinha mais de vinte processos contra si e havia sido punido três vezes pela Associação de Advogados da Califórnia. Um ano antes, na verdade, seu registro legal havia sido suspenso por doze meses. Depois, a suspensão foi revogada e ele foi colocado em periodo de experiência.
Sua secretária forense descreveu um encontro com o diminuto advogado "como encontrar um demônio da vida real saído direto das profundezas do inferno". Sua ex-esposa disse ao advogado dela que tinha ficado surpresa de que ninguém tivesse "acabado com ele", porque ele fez muitos inimigos. Depois de revisar o arquivo creditício durante um dos processos requeridos contra ele, um investigador chamado Ed Marcus concluiu em seu relatório para o Tribunal Superior da Califórnia que "[ele] parece ser um profissional caloteiro ... Nãopaga a quase nmguem .
Na época em que foi contratada por Evan Chandler, a firma de Rothman havia sofrido uma petição de falência, e sua carreira estava um bagaço. Ele estava sem dinheiro e correndo de um credor para outro. Enquanto isso, Michael Jackson valia meio bilhão de dólares.
Em 13 de julho de 1993, no dia seguinte da chegada de Jordan à casa do pai para uma "visita" de uma semana, Rothman e Chandler entraram em ação. Primeiro, Evan deixou claro que havia assumido unilateralmente a guarda do filho de treze anos - apresentou a June uma interpelação por escrito preparada por Rothman, proibindo duas coisas: levar ]ordan para fora do condado de Los Angeles, e deixar o garoto ter qualquer contato com Michael Jackson. Permitiu duas visitas por semana a June. Se ela se recusasse a assinar, ele deixou claro que estava preparado para causar um bocado de problemas. June mais tarde declarou que havia assinado o documento sob coação, porque, caso contrário, Evan tinha ameaçado nunca mais lhe devolver o garoto.
Em seguida, Rothman marcou uma consulta para Evan com um psiquiatra de Beverly Hills, chamado Mathis Abrams, um especialista em comportamento adolescente. Evan delineou um caso "hipotético" de um garoto de doze anos dormindo na mesma cama com uma celebridade, relevando detalhes a respeito do que estaria acontecen¬do com Jordan e Jackson. Claro, se Evan mencionasse o nome do filho ou da celebridade envolvida, isso exigiria imediata comunicação do fato como um caso de abuso sexual de menores sob a lei da Califórnia.
De acordo com a descrição de Evan Chandler do que aconteceu em seguida, o Dr. Abrams concluiu que um homem de trinta e quatro anos dormindo constantemente na mesma cama com um garoto de treze anos, quando havia outras camas disponíveis, constituía "conduta maliciosa e lasciva".
O psiquiatra sugeriu que ele levasse o filho para uma entrevista, mas Evan recusou, explicando que o filho ainda amava a celebridade e que, se os mantivesse separados, poderia perder o filho.
- Você já o perdeu - respondeu o Dr. Abrams.
Evan sempre declarou que essa conversa havia mudado sua "sus¬peita em crença". Porém, precisava de provas.
A essa altura, Evan Chandler era a única pessoa acusando Jackson de um ato de abuso sexual. O próprio Jordan negava veementemente que qualquer coisa imprópria tivesse acontecido. E o caso de Evan Chandler era muito frágil com tantas negativas repetidas.
Então, certo dia, o Dr. Evan Chandler, o dentista, resolveu que precisava tirar o último dente de leite de seu filho. Como o garoto ti-nha medo de agulhas, Evan chamou o anestesiologista Mark Torbiner para ajudá-lo numa" sedação consciente", administrando gás ao garoto, para que o dente pudesse ser extraído. Quando Jordan Chandler saiu do consultório dentário de seu pai naquele dia, a vida e a carreira de Michael Jackson jamais seriam as mesmas.
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Diane Dimond citou o relato oficial de Evan Chandler da extração do dente em seu livro sobre o caso.
Quando Jordie saiu da sedação, pedi que me contasse sobre Michael e ele. Eu [falsamente] lhe disse que tinha colocado escutas em seu quarto e sabia de tudo, e que só queria ouvir isso dele ... Disse-lhe para não ficar constrangido ... eu sabia sobre o beijo e a masturbação e o sexo oraL Isso não é sobre eu ter descoberto alguma coisa. É sobre mentir. Se você mentir, então, vou acabar com ele [Jackson]
Depois de uma hora, tempo durante o qual Jordan permaneceu em silêncio, Evan retomou o interrogatório.
Evan: Vou tornar isso muito fácil pra você. Vou lhe fazer uma única pergunta. Tudo que tem a dizer é sim ou não.
Jordie: [falando suas primeiras palavras] Prometo.
Evan: Jord, alguma vez eu menti a você em sua vida inteira?
Jordie: Não.
Evan: Eu nunca vou mentir.
Jordie: Você não vai machucar Michael, certo?
Evan: Prometo.
Jordie: Qual é a pergunta?
Evan: Alguma vez Michael tocou seu pênis?
Inacreditavelmente, Jordan ainda hesitou. Mais tarde, Evan des¬creveu aqueles segundos como os dois mais longos de sua vida. Então, finalmente, Jordan respondeu com um murmúrio quase inaudivel: -Sim.
Ao acabar de obter a prova de que o filho fora molestado, o primeiro instinto de um pai seria chamar a polícia ou as autoridades de proteção à infância. Normalmente. Em vez disso, Evan Chandler chamou Barry Rothman.
Em 4 de agosto, Evan arranjou um encontro com Jackson e Anthony Pellicano, numa suíte no Westwood Marquis Hotel de Los Angeles, para discutir a situação. Levou Jordie junto. Quando estavamtodos sentados, Evan não mencionou a conversa com o filho na ca¬deira de dentista, mas, em vez disso, tirou uma cópia da carta do Dr. Abram e começou a lê-Ia desde o início. Quando terminou, apontou o dedo para Jackson e avisou:
- Vou arruiná-Io.
Cinco dias mais tarde, Anthony Pellicano chegou ao escritório de Barry Rothman, a pedido do advogado. Durante semanas, o detetive havia esperado o pedido de "ajuda financeira" que seu sexto sentido dizia que viria desde a primeira vez em que ouviu a fita que o fez suspeitar de um caso de extorsão. Rothman, porém, era muito esperto para ser direto e falar em dinheiro. Tinha uma ideia melhor. Era um advogado de entretenimento, e seu cliente era um roteirista. Pareceria bastante natural pedir a Michael Jackson que arranjasse um trabalho para Evan Chandler. A confusão toda poderia desaparecer se Jackson intermediasse um negócio para comprar quatro roteiros de Evan ao preço de 5 milhões de dólares cada. Custo total: 20 milhões de dólares.
Pellicano ficou furioso.
- De jeito nenhum, isso é extorsão - respondeu, e saiu como um furacão do escritório.
Seguiu-se, durante os dias seguintes, uma série de discussões por telefone. Finalmente, Pellicano respondeu à solicitação de Rothman por fax.
Jackson não havia feito nada errado, Pellicano declarou, e pagar os 20 milhões de dólares solicitados estava fora de cogitação. Porém, para resolver a disputa da guarda e permitir que Evan passasse mais tempo com Jordan trabalhando num roteiro junto com o filho, como tinham feito anteriormente no filme Robin Hood, Jackson estaria disposto a oferecer um acordo de 350 mil dólares pelo roteiro.
Em 13 de agosto de 1993, Rothman fez uma contraoferta. Chandler queria negociar três roteiros em vez de um. Pellicano continuou firme em um [Chandler alegaria depois que Jackson havia proposto, de início, três roteiros, e então mudou de ideia].
- Quase tive um negócio de 20 milhões de dólares - Chandler, desapontado, disse a Rothman, de acordo com uma secretária forense que ouviu por acaso a conversa.
Quando descobri que Anthony Pellicano tinha oferecido uma negociação de roteiro a Evan Chandler para que calasse a boca e sumisse,
Quando Jordie saiu da sedação, pedi que me contasse sobre Michael e ele. Eu [falsamente] lhe disse que tinha colocado escutas em seu quarto e sabia de tudo, e que só queria ouvir isso dele ... Disse-lhe para não ficar constrangido ... eu sabia sobre o beijo e a masturbação e o sexo oraL Isso não é sobre eu ter descoberto alguma coisa. É sobre mentir. Se você mentir, então, vou acabar com ele [Jackson]
Depois de uma hora, tempo durante o qual Jordan permaneceu em silêncio, Evan retomou o interrogatório.
Evan: Vou tornar isso muito fácil pra você. Vou lhe fazer uma única pergunta. Tudo que tem a dizer é sim ou não.
Jordie: [falando suas primeiras palavras] Prometo.
Evan: Jord, alguma vez eu menti a você em sua vida inteira?
Jordie: Não.
Evan: Eu nunca vou mentir.
Jordie: Você não vai machucar Michael, certo?
Evan: Prometo.
Jordie: Qual é a pergunta?
Evan: Alguma vez Michael tocou seu pênis?
Inacreditavelmente, Jordan ainda hesitou. Mais tarde, Evan des¬creveu aqueles segundos como os dois mais longos de sua vida. Então, finalmente, Jordan respondeu com um murmúrio quase inaudivel: -Sim.
Ao acabar de obter a prova de que o filho fora molestado, o primeiro instinto de um pai seria chamar a polícia ou as autoridades de proteção à infância. Normalmente. Em vez disso, Evan Chandler chamou Barry Rothman.
Em 4 de agosto, Evan arranjou um encontro com Jackson e Anthony Pellicano, numa suíte no Westwood Marquis Hotel de Los Angeles, para discutir a situação. Levou Jordie junto. Quando estavamtodos sentados, Evan não mencionou a conversa com o filho na ca¬deira de dentista, mas, em vez disso, tirou uma cópia da carta do Dr. Abram e começou a lê-Ia desde o início. Quando terminou, apontou o dedo para Jackson e avisou:
- Vou arruiná-Io.
Cinco dias mais tarde, Anthony Pellicano chegou ao escritório de Barry Rothman, a pedido do advogado. Durante semanas, o detetive havia esperado o pedido de "ajuda financeira" que seu sexto sentido dizia que viria desde a primeira vez em que ouviu a fita que o fez suspeitar de um caso de extorsão. Rothman, porém, era muito esperto para ser direto e falar em dinheiro. Tinha uma ideia melhor. Era um advogado de entretenimento, e seu cliente era um roteirista. Pareceria bastante natural pedir a Michael Jackson que arranjasse um trabalho para Evan Chandler. A confusão toda poderia desaparecer se Jackson intermediasse um negócio para comprar quatro roteiros de Evan ao preço de 5 milhões de dólares cada. Custo total: 20 milhões de dólares.
Pellicano ficou furioso.
- De jeito nenhum, isso é extorsão - respondeu, e saiu como um furacão do escritório.
Seguiu-se, durante os dias seguintes, uma série de discussões por telefone. Finalmente, Pellicano respondeu à solicitação de Rothman por fax.
Jackson não havia feito nada errado, Pellicano declarou, e pagar os 20 milhões de dólares solicitados estava fora de cogitação. Porém, para resolver a disputa da guarda e permitir que Evan passasse mais tempo com Jordan trabalhando num roteiro junto com o filho, como tinham feito anteriormente no filme Robin Hood, Jackson estaria disposto a oferecer um acordo de 350 mil dólares pelo roteiro.
Em 13 de agosto de 1993, Rothman fez uma contraoferta. Chandler queria negociar três roteiros em vez de um. Pellicano continuou firme em um [Chandler alegaria depois que Jackson havia proposto, de início, três roteiros, e então mudou de ideia].
- Quase tive um negócio de 20 milhões de dólares - Chandler, desapontado, disse a Rothman, de acordo com uma secretária forense que ouviu por acaso a conversa.
Quando descobri que Anthony Pellicano tinha oferecido uma negociação de roteiro a Evan Chandler para que calasse a boca e sumisse,
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
meu instinto normal a princípio foi interpretar o gesto como um su¬borno. Porém, depois, eu mesmo ofereci um acordo muito semelhante a um dos confrades de Pellicano que, coincidentemente, também havia trabalhado para Michael J ackson no controle de danos no caso de Jordan Chandler. E, assim, contei com algum insight sobre como essas coisas funcionam.
Em 1996, eu estava no meio de minha investigação e do livro sobre a morte misteriosa de Kurt Cobain quando cheguei em casa e dei de cara com um grandalhão barbudo esperando no pátio do prédio de meu apartamento em Montreal. O sujeito apresentou¬se como um detetive particular de San Francisco, contratado por Courtney Love.
- Quero conversar com você sobre seu livro - disse. - Vamos sair para jantar, em qualquer lugar onde queira ir.
Intrigado, mas curioso, aceitei o convite. Então, durante um jan¬tar de quatro horas num elegante restaurante italiano, Palladino co-meçou a me agradar, lisonjear e me intimidar, dizendo que eu me meteria num "grande problema" se não lhe mostrasse meu manuscrito. Em meio às ameaças, contou-me histórias sobre sua impressionante lista de clientes, que incluía Patty Hearst, Snoop Doggy Dogg e John DeLorean.
Na ocasião, deixou de mencionar outro de seus importantes clientes, Bill Clinton, cujo comitê de campanha o havia contratado para conter os "assédíos de moças bonitas" durante a campanha presidencial de Clinton em 1992. Palladino, na verdade, figurou com destaque nas audiências subsequentes de impeachment, embora nunca tenha sido acusado de algum delito.
Lá pela metade do jantar, o detetive enfiou a mão na pasta e puxou um grosso dossiê sobre minha vida, que cobria trabalhos passados, antigas namoradas, etc. Felizmente, eu não tinha nada a esconder. Caso contrário, poderia ter caído naquela tática intimidativa.
Quando me recusei a lhe dar o que ele queria, Palladino tinha mais um truque na manga. Sabendo que eu era um músico ambicioso, mencionou seus muitos contatos na indústria da música, inclusive Michael Jackson, e sugeriu que poderia me ajudar a conseguir um contrato de gravação. A implicação era evidente. Ou não era? Deixei claro que não estava interessado, e nunca descobri se a oferta era, de fato, um suborno direto destinado a me fazer abandonar a investigação. Porém, na época, achei a coisa séria o bastante para lançar dúvida
Em 1996, eu estava no meio de minha investigação e do livro sobre a morte misteriosa de Kurt Cobain quando cheguei em casa e dei de cara com um grandalhão barbudo esperando no pátio do prédio de meu apartamento em Montreal. O sujeito apresentou¬se como um detetive particular de San Francisco, contratado por Courtney Love.
- Quero conversar com você sobre seu livro - disse. - Vamos sair para jantar, em qualquer lugar onde queira ir.
Intrigado, mas curioso, aceitei o convite. Então, durante um jan¬tar de quatro horas num elegante restaurante italiano, Palladino co-meçou a me agradar, lisonjear e me intimidar, dizendo que eu me meteria num "grande problema" se não lhe mostrasse meu manuscrito. Em meio às ameaças, contou-me histórias sobre sua impressionante lista de clientes, que incluía Patty Hearst, Snoop Doggy Dogg e John DeLorean.
Na ocasião, deixou de mencionar outro de seus importantes clientes, Bill Clinton, cujo comitê de campanha o havia contratado para conter os "assédíos de moças bonitas" durante a campanha presidencial de Clinton em 1992. Palladino, na verdade, figurou com destaque nas audiências subsequentes de impeachment, embora nunca tenha sido acusado de algum delito.
Lá pela metade do jantar, o detetive enfiou a mão na pasta e puxou um grosso dossiê sobre minha vida, que cobria trabalhos passados, antigas namoradas, etc. Felizmente, eu não tinha nada a esconder. Caso contrário, poderia ter caído naquela tática intimidativa.
Quando me recusei a lhe dar o que ele queria, Palladino tinha mais um truque na manga. Sabendo que eu era um músico ambicioso, mencionou seus muitos contatos na indústria da música, inclusive Michael Jackson, e sugeriu que poderia me ajudar a conseguir um contrato de gravação. A implicação era evidente. Ou não era? Deixei claro que não estava interessado, e nunca descobri se a oferta era, de fato, um suborno direto destinado a me fazer abandonar a investigação. Porém, na época, achei a coisa séria o bastante para lançar dúvida
Dany MJ- Mensagens : 1372
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
maisssssssssssssss [2]
Jeane- Mensagens : 365
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Re: [LIVRO] Os últimos anos de Michael Jackson.
Oi Dany minha linda eu tenho esse livro tb, e não gostei muito a omo vc eu gosto muito de ler eu vi aqui que vc não postou mais linda porque isso??
se vc quizer eu te ajudo a cont postando ele ok e so me falar ta.
beijos amor
se vc quizer eu te ajudo a cont postando ele ok e so me falar ta.
beijos amor
Nany Jackson- Mensagens : 1672
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